FRANCISCO
REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de
Janeiro (Brasil)
É através do
estudo sério da
Doutrina
Espírita que
ficamos
conhecendo a
verdadeira razão
para entender
por que motivo
ninguém deve se
habilitar a
receber auxílio
sem a mesma
diligência em
prestá-lo a quem
dele se faça
necessitado.
Encontramos nas
importantes e
variadas obras
da codificação,
e ainda em
inúmeras outras
de elevado cunho
moral
doutrinário à
nossa inteira
disposição,
informações
preciosas de
como tudo
acontece à nossa
volta, isto é,
como tudo se
fundamenta nas
palavras do
Mestre de Nazaré
quando nos
afirmou “a
cada um segundo
as suas obras”.
Ficamos sabendo,
por exemplo, que
precisamos
proceder nossa
imediata e
constante
renovação moral,
nas esferas
física, mental e
espiritual,
alicerçada nos
padrões do bem,
através do
auxílio ao nosso
próximo pela
desinteressada
prática da
caridade em
favor do
necessitado,
seja ele quem
for,
compreendendo
que com esse
comportamento
estaremos nos
beneficiando
também, pela
conquista da
simpatia dos
abnegados
trabalhadores da
paz a serviço de
Jesus, que por
sua vez nos
estenderão mãos
amigas, nas
horas em que
formos os
verdadeiros
necessitados, e,
sem essa ajuda,
nossos caminhos
evolutivos nos
surgiriam muito
mais complicados
e difíceis de
ser transitados.
Precisamos
entender em
definitivo que
todo o mal por
nós praticado
conscientemente
provoca,
inevitavelmente,
de algum modo,
lesão em nossa
consciência, e
se fará fazer
sentir em forma
de distúrbio, em
nosso organismo
fisiológico,
mais cedo ou
mais tarde. Em
qualquer parte
do universo em
que nos
situarmos,
estaremos
submetidos à
mesma Lei de
amor e justiça,
e como Espíritos
em processo
evolutivo em
busca da
perfeição
relativa a que
estamos
destinados,
precisamos nos
associar aos
promotores do
bem e da paz no
universo
infinito, unindo
nossos parcos
recursos aos
inúmeros
colocados ao
nosso inteiro
dispor pela
Soberana
sabedoria do
Universo.
O estudo dos
postulados
espíritas muito
nos ajudarão a
clarear a razão
e nos assistirão
no esforço
individual,
esclarecendo-nos
de que forma
melhor poderemos
contribuir para
o perfeito
equilíbrio dos
princípios
superiores
elaborados por
Deus para o modo
de viver de cada
individualidade,
fazendo-nos
entender que a
justiça, sendo
instituição
divina, começa
exatamente em
nós mesmos, e
que a evolução
para a perfeição
é uma viagem
longa e difícil,
onde o bem nos
faculta
passagens menos
complicadas, e o
mal nos
interdita certos
trechos da mesma
estrada, o que
nos obriga a
paradas
obrigatórias ou
a contornos
longos e
acidentados.
Dessa forma,
como espíritas
que nos dizemos
ser, busquemos
nos ensinos dos
Espíritos
Superiores,
contidos na
codificação de
nossa Doutrina,
os necessários
recursos para
que melhor
possamos nos
apresentar ao
Divino Amigo de
todos nós, Jesus
de Nazaré, para
por nossa vez
contribuir de
forma positiva
na tarefa que
ELE confiou a
cada um de nós
na construção de
uma sociedade
mais humana,
decente e
cristã, conforme
segue:
Os bons
espíritas
“Bem
compreendido,
mas, sobretudo
bem sentido, o
Espiritismo leva
aos resultados
acima expostos,
que caracterizam
o verdadeiro
espírita, como o
cristão
verdadeiro, pois
que um o mesmo é
que outro. O
Espiritismo não
institui nenhuma
nova moral;
apenas facilita
aos homens a
inteligência e a
prática da do
Cristo,
facultando fé
inabalável e
esclarecida aos
que duvidam ou
vacilam.
Muitos,
entretanto, dos
que acreditam
nos fatos das
manifestações
não lhes
apreendem as
conseqüências,
nem o alcance
moral, ou, se os
apreendem, não
os aplicam a si
mesmos. A que
atribuir isso? A
alguma falta de
clareza da
Doutrina? Não,
pois que ela não
contém alegorias
nem figuras que
possam dar lugar
a falsas
interpretações.
A clareza é da
sua essência
mesma e é donde
lhe vem toda a
força, porque a
faz ir direito à
inteligência.
Nada tem de
misteriosa e
seus iniciados
não se acham de
posse de
qualquer
segredo, oculto
ao vulgo.
Será então
necessário, para
compreendê-la,
uma inteligência
fora do comum?
Não, tanto que
há homens de
notória
capacidade que
não a
compreendem, ao
passo que
inteligências
vulgares, moços
mesmo, apenas
saídos da
adolescência,
lhes apreendem,
com admirável
precisão, os
mais delicados
matizes. Provém
isso de que a
parte por assim
dizer material
da ciência
somente requer
olhos que
observem,
enquanto a parte
essencial exige
certo grau de
sensibilidade, a
que se pode
chamar
maturidade do
senso moral,
maturidade que
independe da
idade e do grau
de instrução,
porque é
peculiar ao
desenvolvimento,
em sentido
especial, do
Espírito
encamado.
Nalguns, ainda
muito tenazes
são os laços da
matéria para
permitirem que o
Espírito se
desprenda das
coisas da Terra;
a névoa que os
envolve
tira-lhes a
visão do
infinito, donde
resulta não
romperem
facilmente com
os seus pendores
nem com seus
hábitos, não
percebendo haja
qualquer coisa
melhor do que
aquilo de que
são dotados. Têm
a crença nos
Espíritos como
um simples fato,
mas que nada ou
bem pouco lhes
modifica as
tendências
instintivas.
Numa palavra:
não divisam mais
do que um raio
de luz,
insuficiente a
guiá-los e a
lhes facultar
uma vigorosa
aspiração, capaz
de lhes
sobrepujar as
inclinações.
Atêm-se mais aos
fenômenos do que
a moral, que se
lhes afigura
cediça e
monótona. Pedem
aos Espíritos
que
incessantemente
os iniciem em
novos mistérios,
sem procurar
saber se já se
tornaram dignos
de penetrar os
arcanos do
Criador. Esses
são os espíritas
imperfeitos,
alguns dos quais
ficam a meio
caminho ou se
afastam de seus
irmãos em
crença, porque
recuam ante a
obrigação de se
reformarem, ou
então guardam as
suas simpatias
para os que lhes
compartilham das
fraquezas ou das
prevenções.
Contudo, a
aceitação do
princípio da
doutrina é um
primeiro passo
que lhes tornará
mais fácil o
segundo, noutra
existência.
Aquele que pode
ser, com razão,
qualificado de
espírita
verdadeiro e
sincero, se acha
em grau superior
de adiantamento
moral. O
Espírito, que
nele domina de
modo mais
completo a
matéria, dá-lhe
uma percepção
mais clara do
futuro; os
princípios da
Doutrina lhe
fazem vibrar
fibras que nos
outros se
conservam
inertes. Em
suma: é tocado
no coração, pelo
que inabalável
se lhe torna a
fé. Um é qual
músico que
alguns acordes
bastam para
comover, ao
passo que outro
apenas ouve
sons.
Reconhece-se o
verdadeiro
espírita pela
sua
transformação
moral e pelos
esforços que
emprega para
domar suas
inclinações más.
Enquanto um se
contenta com o
seu horizonte
limitado, outro,
que apreende
alguma coisa de
melhor, se
esforça por
desligar-se dele
e sempre o
consegue, se tem
firme a vontade”.
¹
Muita paz.
Referências:
(1)
O Evangelho
segundo o
Espiritismo.
Cap. XVII, Sede
Perfeitos, item
4.