LUIS ROBERTO
SCHOLL
robertoscholl@terra.com.br
Santo Ângelo,
Rio Grande do
Sul (Brasil)
O
Pai que nunca
desiste
Todos os pais
sentem,
intuitivamente,
a profunda
responsabilidade
que têm perante
os filhos. A
dedicação, o
esmero, os
cuidados
diferenciam
apenas nos graus
de compreensão,
entendimento do
que,
efetivamente, é
o melhor para a
educação dos
filhos.
A vaidade e o
egoísmo levam,
muitas vezes, os
pais a
equivocarem-se
nos excessos ou
na falta de
atenção. Um
pensador disse
que as crianças
são estragadas
pela indiferença
ou pela
severidade,
jamais pela
bondade. O amor,
como forma
sublime de
educação, não
contaminado pela
vaidade ou
superproteção é
a forma de
implantarmos o
reino da
fraternidade em
nosso lar.
Emmanuel destaca
a importância da
orientação
segura da prole
quando afirma
que
“independência
desregrada gera
violência, tanto
quanto violência
gera
independência
desregrada”.
1
Ao compreender
que o papel dos
pais não é a
propriedade, mas
a guarda
provisória de um
ser espiritual
imortal, com
muitas
reencarnações,
entende-se que
eles devam
preparar-se para
aceitar o filho
com qualidades a
serem
aprimoradas e
imperfeições a
serem
corrigidas, com
dedicação,
benevolência,
paciência e
persistência.
A parábola do
filho pródigo (Lc
14, 11-32) é o
exemplo do Pai
que nunca
desiste, que ama
incondicionalmente
a todos os
filhos e está de
braços abertos,
aguardando o
retorno daquele
que se equivoca.
Deus é este pai,
que não tem
pressa, que
criou o tempo e
as
reencarnações,
as provas e
expiações para
que o filho
pródigo (toda a
humanidade)
tenha
oportunidades de
se arrepender e
resgatar os
erros cometidos.
Não condena
nenhum de seus
filhos a penas e
sofrimentos
eternos,
oportunizando
tantas vezes
forem
necessárias para
o crescimento do
indivíduo. O
Evangelho de
Cristo coloca
como regra áurea
para a evolução
o perdão às
ofensas, sendo
contraditório se
o próprio
Criador, suprema
inteligência e
bondade, agisse
contrariamente,
não oferecendo a
reencarnação
como o “Seu
perdão”.
Como pais
humanos, ainda
falíveis, com
inúmeras
imperfeições, é
de extrema
necessidade a
compreensão e a
prática do
perdão: consigo
mesmo, pelos
erros cometidos
e, sobretudo,
com os filhos
que erram nas
suas escolhas,
apesar de muitas
vezes bem
orientados,
procurando ser o
pai que nunca
desiste, com a
certeza de que a
semente boa
plantada
frutificará,
mais cedo ou
mais tarde,
nesta ou em
outra
reencarnação.
Referências:
(1)
XAVIER,
Francisco;
PIRES, J.
Herculano. Na
Era do Espírito.
Pelo Espírito
Emmanuel. São
Bernardo do
Campo: GEEM,
1973, p.49.