A infância é uma
fase de adaptação
necessária ao
reencarnante
1. A
alma de uma criança
pode ser mais
evoluída do que a de
um adulto; no
entanto, sua
inteligência –
durante a fase da
infância – não se
manifesta plenamente
porque seu organismo
físico não está
ainda
suficientemente
desenvolvido.
2. O estado de
perturbação por que
passa o Espírito no
ato da encarnação só
aos poucos vai
cessando e se
dissipa totalmente
com o pleno
desenvolvimento dos
órgãos.
3. A
infância é uma fase
de adaptação
necessária ao
Espírito que retorna
à existência
corpórea. Existente
nos diferentes
mundos, ela é,
porém, menos obtusa
nos planetas mais
adiantados.
4. Recém-saído do
mundo espiritual,
onde gozava de maior
liberdade e dispunha
de maiores recursos,
o Espírito se vê,
durante essa fase,
em dificuldades para
exprimir plenamente
seus pensamentos e
manifestar suas
sensações.
Durante a infância o
Espírito é mais
acessível aos
conselhos recebidos
5. Nessa fase da
vida, em que o
Espírito se vê
limitado em sua
liberdade, a
infância é uma
demonstração da
misericórdia de
Deus, que lhe
propicia uma dupla
vantagem:
·
O Espírito ganha o
tempo indispensável
a fim de se preparar
para as futuras e
difíceis tarefas da
nova existência
corpórea.
·
Pela fase que
atravessa, revestido
da simplicidade e da
inocência comuns a
todas as crianças,
desperta nos pais e
no núcleo a que
pertence muita
simpatia, interesse
e boa vontade, o que
facilitará o
desempenho de suas
tarefas no mundo.
6. Sabemos que, ao
desenvolver-se, a
criança apresentará,
nos anos que se
seguirem, as
tendências e
defeitos morais
inerentes ao seu
real adiantamento
espiritual, mas este
poderá, sem nenhuma
dúvida, ser
sensivelmente
modificado pela
influência recebida
desde o berço, de
seus pais e das
pessoas incumbidas
de educá-la.
7. Reencarnando sob
a forma inicial de
uma criança, o
Espírito é mais
acessível, durante
esse período, às
impressões que
recebe, capazes de
lhe auxiliarem o
adiantamento, para o
que devem contribuir
os pais e as pessoas
investidas dessa
tarefa, cuja
importância é
enfatizada por
Emmanuel no cap. CLI
de seu livro
“Caminho, Verdade e
Vida”: “A
juventude pode ser
comparada a
esperançosa saída de
um barco para viagem
importante. A
infância foi a
preparação, a
velhice será a
chegada ao porto”.
“Todas as fases
requisitam as lições
dos marinheiros
experientes,
aprendendo-se a
organizar e a
terminar a viagem
com êxito
desejável.”
A pureza e a
simplicidade da
criança constituem o
nosso objetivo
8. Como criança, o
Espírito enverga
temporariamente a
túnica da inocência,
um fato que atesta a
bondade e a
sabedoria de Deus,
porque sua aparente
inocência e
fragilidade
despertam o carinho
e a simpatia dos
adultos que o
cercam, facilitando
assim o processo de
sua reeducação.
9. Esse estado de
pureza e
simplicidade é tão
importante que o
próprio Mestre o
destacou numa
conhecida passagem
evangélica em que,
aludindo a uma
criança que dele se
aproximara,
declarou: “Em
verdade vos digo
que, se não vos
converterdes e não
vos tornardes como
crianças, de modo
algum entrareis no
reino dos Céus”.
10. O mais frio
celerado há de
lembrar um dia que
também ele já foi
criança, de
aparência inocente e
pura, e que de muito
lhe valeria ter
continuado a
cultivar semelhantes
virtudes, porquanto
sem a aquisição
delas, como ensinou
Jesus, não teremos
entrada no reino dos
Céus.
Respostas às
questões propostas
1. Qual é, segundo o
Espiritismo, a
utilidade do período
da existência
chamado infância?
R.: Sua utilidade é
muito grande. A
infância é uma fase
de adaptação
necessária ao
Espírito que retorna
à existência
corpórea. Existente
nos diferentes
mundos, ela é,
porém, menos obtusa
nos planetas mais
adiantados.
2. Que vantagens a
infância propicia ao
Espírito que retorna
à existência
corporal?
R.: São duas as
vantagens: 1a.
O Espírito ganha o
tempo indispensável
a fim de se preparar
para as futuras e
difíceis tarefas da
nova existência
corpórea. 2a.
Pela fase que
atravessa, revestido
da simplicidade e da
inocência comuns a
todas as crianças,
desperta nos pais e
no núcleo a que
pertence muita
simpatia, interesse
e boa vontade, o que
facilitará o
desempenho de suas
tarefas no mundo.
3. Durante a
infância, o
encarnado é mais ou
menos acessível às
impressões que
recebe?
R.: Nessa fase, o
Espírito é mais
acessível às
impressões que
recebe, capazes de
lhe auxiliarem o
adiantamento, para o
que devem contribuir
os pais e as pessoas
investidas dessa
tarefa.
4. Como Emmanuel, ao
comparar a
existência terrena a
uma longa viagem,
define a infância?
R.: Segundo
Emmanuel, a
juventude pode ser
comparada a
esperançosa saída de
um barco para viagem
importante. A
velhice será a
chegada ao porto. A
infância foi a
preparação.
5. Que nos ensinou
Jesus a respeito do
estado de pureza e
simplicidade comum
às crianças?
R.: Esse estado de
pureza e
simplicidade é tão
importante que o
próprio Mestre o
destacou numa
conhecida passagem
evangélica em que,
aludindo a uma
criança que dele se
aproximara,
declarou: “Em
verdade vos digo
que, se não vos
converterdes e não
vos tornardes como
crianças, de modo
algum entrareis no
reino dos Céus”.
Bibliografia:
O
Livro dos Espíritos,
de
Allan Kardec,
questões 115-A, 183,
379 a 385.
O
Evangelho segundo o
Espiritismo,
de
Allan Kardec,
capítulo VIII, itens
1 a 4.
O
Evangelho segundo
Marcos,
10:14.
O
Evangelho segundo
Mateus,
18:2-3.
Caminho, Verdade e
Vida,
de Emmanuel,
psicografia de Chico
Xavier, cap. CLI.
O
Espírito da Verdade,
de autoria de vários
Espíritos,
psicografia de Chico
Xavier e Waldo
Vieira, pp. 136 e
137.