LEONARDO MACHADO
leomachadot@gmail.com
Recife, Pernambuco (Brasil)
Somos carteiros
peregrinos
“Eu plantei,
Apolo regou, mas
quem deu
crescimento foi
Deus. Por isso,
o que vale não é
quem planta, nem
quem rega, mas,
sim, aquele que
faz crescer, que
é Deus.”
(Primeira
Epístola de
Paulo aos
Coríntios, 3:6 e
7.)
Ainda me lembro
bem daquela
conversa. O
relógio já
marcava umas
onze horas e
trinta minutos
da noite.
Entretanto, o
diálogo, pelo
telefone, entre
mim e o querido
amigo Alberto
Almeida, parecia
não querer
parar.
Contava-lhe, na
ocasião, das
dificuldades que
eu ia
encontrando pelo
caminho,
enquanto ele ia
falando-me das
alegrias do
trabalho. E,
nesta prosa boa,
fruto da
sinceridade que
brota d’alma,
ele teve a
oportunidade de
me dizer algo,
tanto singelo,
quanto profundo.
– Leo, no
trabalho do bem,
nós somos
peregrinos a
entregar cartas
do Mestre Jesus.
Não somos a
mensagem, somos
somente os
carteiros.
Confesso que não
somente àquela
hora, mas
igualmente
agora, a fala do
Alberto me
encantou. Não
que eu nunca
houvesse pensado
sobre o conteúdo
dela. Contudo, a
forma clara com
a qual ele me
falava, além
disso o modo
amoroso e
humilde, calou
profundamente
nos refolhos do
meu íntimo.
Por isso mesmo,
colega jovem,
hoje quero
compartilhar
contigo estas
lições.
Se tu desejas
candidatar-te às
fileiras dos
trabalhadores do
amor,
transmitido
pelas variadas
formas o
Evangelho que
Deus enviou ao
mundo por meio
de Jesus,
lembra-te das
palavras de
Paulo, pois, por
mais que
plantemos e
reguemos, só a
fecundidade do
Pai pode fazer
crescer.
Em nossa imensa
pequenez, no
trabalho
cristão-espírita,
devemos ter a
consciência de
que somos – o
que deve ser
motivo de
inaudita alegria
e paz – somente
carteiros
peregrinos, como
me falou o
querido amigo,
que entregam
cartas do Cristo
à humanidade, ao
mesmo tempo em
que aprendem o
conteúdo das
mesmas –
acrescento de
minha parte.
Em diversos
setores do mundo
e da vida
pode-se até
querer glórias
mil. No labor do
bem, contudo, a
única “glória”
que se deve
procurar ter é
aquela que advém
da paz de
consciência do
dever cumprido.
Por isso mesmo,
tudo quanto
fizermos,
devemos fazer de
boa mente, “pois
é para o Senhor,
e não para os
homens”.
(Epístola de
Paulo aos
Colossenses,
3:23.)
Dessa forma,
juventude amiga,
em nome do bem,
inspirados na
mensagem do
Mestre maior,
trabalhemos com
a paciência e a
humildade de um
carteiro
peregrino.