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Clássicos do Espiritismo
Ano 2 - N° 86 - 14 de Dezembro de 2008

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Alma é Imortal

 Gabriel Delanne

(5ª Parte)

Damos continuidade ao estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Qual foi a contribuição de Cahagnet, autor de Os Arcanos da vida futura desvendados, à comprovação dos fatos espíritas? 

R.: Sua contribuição foi muito grande, porque Cahagnet mostrou que Espíritos que viveram entre nós se mostram, conversam, movem-se e afirmam categoricamente que a morte não os atingiu. Por causa dessas idéias, ele foi atacado por todos os lados, mas, combatendo vigorosamente seus contraditores, reduziu-os ao silêncio. (A Alma é Imortal, págs. 53 e 54.)  

B. O Espírito pode reproduzir, quando desencarnado, a forma que tinha na Terra, de maneira a ser reconhecido?

R.: Sim. Os fatos comprovam que o Espírito conserva ou pode retomar no espaço a forma que tinha na Terra, reproduzindo-a com extraordinária fidelidade, de maneira a ser reconhecido, mesmo por estranhos. (Obra citada, págs. 56 a 58.) 

C. Como os Espíritos obtêm as vestes por eles usadas no plano espiritual?

R.: Os Espíritos criam, voluntariamente ou não, suas vestimentas fluídicas, como esta obra comprova de modo cabal. (Obra citada, págs. 58 a 60.) 

Texto para leitura 

44. Com Cahagnet, autor de Os Arcanos da vida futura desvendados, não há dúvida: Espíritos que viveram entre nós se mostram, conversam, movem-se e afirmam categoricamente que a morte não os atingiu. Evidentemente, quando seu livro surgiu, tudo o que a ignorância, o fanatismo e a tolice fizeram posteriormente contra a doutrina espírita foi então despejado sobre o pobre magnetizador. (Pág. 53)

45. Cahagnet era, porém, um lutador soberbo que, combatendo vigorosamente seus contraditores, reduziu-os ao silêncio. O ponto culminante de sua obra - que contém as descrições de experiências realizadas com oito extáticos que possuíam a faculdade de ver os desencarnados - foi atingido com um deles: Adélia Maginot, com quem obteve longa série de evocações. Há na obra mais de 150 atas firmadas por testemunhas que declararam haver reconhecido os Espíritos descritos pela sonâmbula. (Pág. 54)

46. Após reproduzir um dos casos tratados por Cahagnet, Delanne esclarece que ninguém jamais contestou a boa-fé do grande magnetizador, mas, reconhecendo-o homem honesto, seus contemporâneos pretenderam que aqueles fenômenos podiam explicar-se todos por uma transmissão de pensamento, entre o consultante e o paciente, uma objeção sem nenhum valor, porque vai contra as circunstâncias dos fatos. (Pág. 56)

47. O caso testemunhado pelo padre Almignana, que pediu a Adélia evocasse a irmã de sua criada, de nome Antonieta Carré, morta alguns anos antes, é expressivo e concludente no sentido de que a suposta transmissão de pensamento não explica todos os fenômenos. (Págs. 56 a 58)

48. As narrativas contidas na obra de Cahagnet constituem documentos preciosos, porque se acham autenticados, e mostram que o Espírito conserva ou pode retomar no espaço a forma que tinha na Terra, reproduzindo-a com extraordinária fidelidade, de maneira a ser reconhecido, mesmo por estranhos. (Pág. 58)

49. Uma questão importante, discutida à época de Cahagnet, foram as roupas pelos Espíritos vistos pelos sonâmbulos. O barão du Potet ridicularizou o que Cahagnet havia dito, no primeiro volume de sua obra, a respeito das vestes espirituais. Ele e outros negavam-se a admitir que os Espíritos usem vestes terrenas. (Págs. 58 e 59)

50. Delanne transcreve as palavras com que Cahagnet rebateu tais críticas, e diz que, na verdade, o Espírito cria, voluntariamente ou não, a sua vestidura fluídica, como mais tarde se verá neste livro. O importante, porém, para Delanne é o fato de que, graças ao sonambulismo, o homem se acha na posse de um meio de ver os Espíritos e certificar que eles se apresentam com uma forma corpórea que reproduz fielmente o corpo físico que tinham na Terra. (Pág. 60) (Continua no próximo número.)

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita