espíritas. Com o
tempo entrei no
ESDE, passei a
fazer palestras
e a coordenar
grupos de
estudo.
O
Consolador: Quais
as atividades
que você
desempenha no
Centro
Espírita?
Colaboro no
Atendimento
Fraterno,
coordeno grupo
de estudos e
realizo
palestras.
O Consolador:
Que cargos já
exerceu no
movimento
espírita ou vem
atualmente
exercendo?
Fui diretor e
presidente da
antiga União
Municipal
Espírita de
Santo Antônio da
Patrulha, órgão
unificador da
10ª. Região
Federativa, que
compreende o
Litoral Norte do
Rio Grande do
Sul. Desde o
início dos anos
90, faço parte
do grupo de
expositores da
FERGS. Assumi o
cargo de
presidente da
Sociedade
Espírita Amor e
Caridade por 2
mandatos.
O
Consolador: Tem
artigos
publicados?
Sim, tenho
vários artigos
publicados no
jornal Diálogo
Espírita e na
revista A
Reencarnação,
ambos órgão de
divulgação da
Federação
Espírita do RGS.
O Consolador:
No Movimento
Espírita você é
muito solicitado
como palestrante
para seminários
e palestras,
tanto para
trabalhadores
como para o
público. Quais
temas prefere
abordar e como
sente a
repercussão
dessas
atividades?
Tenho viajado
pelo Rio Grande
do Sul e Santa
Catarina
realizando
palestras e,
principalmente,
seminários para
o público em
geral. Os temas
a que venho me
dedicando, desde
vários anos,
primam por
questões
relacionais,
onde buscamos a
contribuição do
Espiritismo, num
constante
diálogo com
outras áreas do
conhecimento,
para discutir
temas como:
Convivência,
Amor, Família,
Felicidade,
Autoconhecimento
etc.
O Consolador:
Quais os títulos
de seus livros
já publicados?
Filosofia da
Convivência e O
Desafio da
Felicidade: em
um mundo em
transformação,
ambos
distribuídos
pela livraria
Francisco
Spinelli,
www.fergs.org.br
ou
(51)3224-1493.
O Consolador:
Qual a
repercussão de
seus livros?
Os livros, por
abordarem
questões que
envolvem o
universo
relacional e
emocional da
criatura humana,
têm sido bem
recebidos.
Participo de
feiras de livros
e programas de
rádio onde os
questionamentos,
de participantes
e ouvintes,
retomam os
dilemas
existenciais do
Espírito humano,
numa busca
constante por
paz e
felicidade.
Mantenho-me à
disposição de
todos pelo
e-mail
jerriroberto@terra.com.br.
O Consolador:
Fale-nos da
motivação para
abordar temas
como a filosofia
da convivência.
A motivação
partiu,
naturalmente,
dos próprios
desafios
ensejados pelo
ato de
conviver. Na
segunda Semana
Espírita de
Torres (RS), na
metade dos anos
90, realizei uma
palestra
intitulada: Os
sete códigos da
convivência. A
abordagem desse
tema chamou
muito a atenção
das pessoas,
houve muito
interesse pelo
assunto. O
retorno foi tão
interessante
que, com o
tempo, passei a
nutrir a idéia
de aprofundar
essa temática.
Surgiu daí o
livro Filosofia
da Convivência.
O Consolador:
Que lições tem a
relatar de sua
vivência
espírita?
A grande
experiência que
a tarefa
espírita nos
enseja, e que as
lições nos
oportunizam, é a
da conquista do
indivíduo sobre
si mesmo. É
necessário
compreendermos
que o amor não é
uma metáfora
religiosa, mas
uma proposta de
vida em
plenitude que
devemos, pelo
esforço,
vivenciar em
nossas famílias
e nas
Instituições
Espíritas. Noto,
salvo engano,
que nas
Sociedades
Espíritas, de
forma geral,
ainda a
fraternidade é
muito acanhada e
o amor um
discurso. A
lição que tenho
buscado aprender
é que precisamos
amar, nos
conhecendo
melhor. Uma vez
que somente
posso mudar o
que já vejo em
mim.
O Consolador:
Como avalia o
estado atual do
Estudo
Sistematizado da
Doutrina
Espírita (ESDE)
nos Centros
Espíritas?
Acredito que
estamos vivendo
um contexto
muito oportuno
na área do
conhecimento e
do estudo da
Doutrina.
Imagino que
nunca se estudou
tanto como
agora. Nossos
grupos estão com
grande procura,
pessoas ávidas
pelo
esclarecimento
que o
Espiritismo
oferece. Alerto,
no entanto, para
que os estudos
jamais sejam
dogmáticos, mas
que se
oportunize um
debate de idéias
fundamentadas
nas Obras
Básicas e nas
suplementares.
Devemos
revisitar Kardec
constantemente!
As Obras Básicas
NÃO esgotaram,
como pensam
alguns, o seu
dinamismo
essencial.
O Consolador:
Como analisa o
momento atual da
divulgação do
Espiritismo?
O Espiritismo
vive um período
fecundo em sua
divulgação. Está
na televisão, já
apareceu como
tema em novelas,
em documentários
de abrangência
nacional.
Recentemente
vimos o sucesso
do filme Bezerra
de Menezes nos
cinemas de todo
o Brasil, com
salas repletas!
Temos inúmeros
sites de ótima
qualidade,
divulgando com
responsabilidade
o conteúdo
doutrinário. O
CEI ai está,
ampliando os
horizontes do
Movimento
Espírita
organizado.
Então, minha
avaliação é
muito otimista!
O Consolador:
O que pensa
sobre a
educação?
Sou professor.
Penso que a
educação é, como
disse Kardec em
comentário à
questão 685 de O
Livro dos
Espíritos, um
elemento
altamente
dinâmico, capaz
de formar o
homem de bem.
Claro, estamos
nos referindo à
educação moral,
àquela que
produz hábitos
saudáveis e
nobilitantes,
que engrandece o
Espírito humano
e o faz melhor,
mais humano e
solidário. A
educação é um
processo de
extrair de
dentro, mas
também de
permitir
estímulos que
levem à reflexão
e à
interiorização
de valores, num
mundo em
constante crise
de seus
paradigmas
afirmativos.
O Consolador:
E quanto à
constatação de
muitos pais
isentarem-se de
sua parte na
educação dos
filhos esperando
que a escola e
os professores a
façam?
É um erro grave.
Tenho escrito
sobre isso.
Estou, em
conjunto com um
amigo espírita,
médico pediatra,
elaborando um
livro onde
iremos discutir
a família e suas
relações na
pós-modernidade.
Os pais cometem
um grave
equívoco quando
abrem mão dos
seus papéis, de
suas
responsabilidades.
Coisa que o
tempo e a
consciência irão
cobrar.
O Consolador:
Como o amigo
percebe os
desafios da
sociedade em
transformação
como a violência
gerada pelo
estresse das
pessoas?
Vivemos numa
sociedade
marcada de
paradoxos. Uma
sociedade que
ensina que a
vida é um valor
inestimável, mas
que também, a
todo o momento,
induz os
indivíduos a se
drogarem, a usar
o álcool, a
buscar o sucesso
e o êxito
através dos mais
esdrúxulos
comportamentos.
A violência é um
termômetro que
sinaliza a
necessidade de
uma revisão
urgente dos
valores
cultuados. Isso
irá conduzir a
um esgotamento
do modelo
materialista de
viver, onde o
ser humano
reconsidere o
seu papel no
mundo,
compreendendo a
vida sob uma
ótica mais
profunda. Do
mal, como dizem
os Espíritos,
Deus fará surgir
um bem!
O Consolador:
Suas palavras
finais.
Agradeço a
oportunidade
oferecida de
forma generosa.
Este é um
momento muito
importante de
nossas vidas,
onde estamos nos
ensaiando para
os valores da
alma, buscando
bem administrar
os do corpo. Mas
tudo isso tem um
grande
motivador: Jesus
Cristo. Na sua
sabedoria, a
violência irá se
recolher, como
peça de museu, e
as angústias
humanas
receberão o
bálsamo,
suavizando as
lutas do mundo.
Portanto, trazer
Jesus para
nossas reflexões
diárias, para
nossa meditação
e para nossa
convivência, é
tarefa imperiosa
para os dias que
vivemos. Muita
Paz!