A Revue Spirite
de 1862
Allan Kardec
(7a
Parte)
Damos seqüência ao
estudo da Revue
Spirite
correspondente ao ano de
1862. O texto condensado
do volume citado será
aqui apresentado em 16
partes, com base na
tradução de Júlio Abreu
Filho publicada pela
EDICEL.
Questões preliminares
A. Ante as perseguições
que os espíritas
sofriam, que
recomendação fez Santo
Agostinho?
Em primeiro lugar, ele
recomendou coragem e
trabalho, afirmando que
chegaria o momento em
que não seria apenas a
portas fechadas que se
pregaria a doutrina
espírita. “Preparai-vos
– disse Agostinho – para
as perseguições pelo
estudo, pela prece, pela
caridade.” (Revue
Spirite de 1862, p.
125.)
B. Como o público
europeu recebeu o livro
“O Espiritismo em sua
expressão mais simples”?
A recepção a essa obra
de Kardec foi algo
inusitado, porque, além
de terem sido vendidos
cerca de dez mil
exemplares pouco tempo
depois de lançada, em
três meses ela já estava
traduzida para o alemão,
o russo e o polonês.
(Obra citada, pág. 126.)
C. Que é necessário para
combater a
incredulidade?
Para fazer alguém crer,
é necessário fazer
compreender. Enquanto
forem dadas como
verdades absolutas
coisas que a razão
repele, far-se-ão
incrédulos e
materialistas. (Obra
citada, pp. 143 a 145.)
Texto para leitura
69. Mártires do
Espiritismo, para Santo
Agostinho, são os que
escutam, a cada passo,
palavras insultuosas,
como louco,
insensato, visionário,
as afrontas da
incredulidade e outros
sofrimentos ainda mais
amargos. Mas a sua
recompensa será bela,
porque o lugar que o
Cristo prepara aos
mártires do Espiritismo
será ainda mais
brilhante. (P. 122)
70. Lázaro e Lamennais
lembram que só a idéia
será combatida e
ridicularizada, mas que
já passou a época das
fogueiras e dos
tormentos físicos. (PP.
123 e 124)
71. Comentando os
ataques feitos ao
Espiritismo pelos
católicos nos cursos de
Teologia e na Revue
Católica, que
atribui a doutrina
espírita à obra do
demônio, Erasto
recomenda que se deve
deixá-los falar e agir,
porquanto, no fundo de
suas consciências, eles
sentem que apenas os
espíritas estão com a
verdade. (PP. 124 e 125)
72. Focalizando ainda o
tema perseguição aos
espíritas, Santo
Agostinho recomenda
coragem e trabalho,
afirmando que chegará o
momento em que não será
apenas a portas fechadas
que se pregará a
doutrina santa do
Espiritismo.
“Preparai-vos –
aconselha Agostinho –
para as perseguições
pelo estudo, pela prece,
pela caridade.” (P. 125)
73. A
Revue informa
que o livro “O
Espiritismo em sua
expressão mais simples”,
do qual já foram
vendidos cerca de dez
mil exemplares, está em
nova impressão com
várias correções
importantes. Cerca de
noventa dias após
lançado, o livro já
estava traduzido para o
alemão, o russo e o
polonês. (P. 126)
74. Após mais de um ano
de sofrimentos cruéis,
faleceu a 21/4/1862 um
dos colegas de Kardec, o
Sr. Sanson. Evocado, a
seu pedido, uma hora
antes do enterro, Sanson
– que recobrou a lucidez
ao cabo de oito horas –
se disse ainda fraco e
trêmulo, mas lúcido e
sem suas antigas dores.
(PP. 127 a 130)
75. A
Revue transcreve
o discurso feito por
Kardec no enterro de
Sanson, o amigo que
suportou longos e cruéis
padecimentos com uma
paciência e uma
resignação muito
cristãs, dignas do
verdadeiro espírita que
ele fora. (PP. 132 a
136)
76. Convertido ao
Espiritismo pela simples
leitura do livro “O
Espiritismo em sua
expressão mais simples”,
que ele viu numa vitrine
de livraria, o capitão
Nivrac desencarnou dez
dias depois com as
idéias inteiramente
mudadas. É que, nesse
curto período, ele
resolveu ler e leu “O
Livro dos Espíritos”,
“O Livro dos Médiuns”
e alguns números da
Revue Spirite,
tornando-se um zeloso
propagandista do
Espiritismo. (PP. 136 e
137)
77. Evocado, o capitão
contou que, quando leu o
primeiro livro espírita,
ficou emocionado, porque
viu exposta ali uma
doutrina tão clara e
precisa, que Deus lhe
apareceu na sua bondade
e o futuro lhe pareceu
menos sombrio. Na
seqüência, falando sobre
a aceitação do
Espiritismo pelos
oficiais do Exército
francês, Nivrac disse
ser necessário que a
cabeça se torne séria,
para que o corpo a siga,
e afirmou que com o
Espiritismo o oficial
compreende melhor o seu
dever, confirmando
mensagem de outro
Espírito que também
entende que o soldado
espírita é mais fácil de
comandar. (PP. 137 a
139)
78. A Revue noticia
o caso Maximiliano V...,
de doze anos, que se
suicidou por amor.
Evocado, o Espírito do
rapaz disse ter sido
poeta numa outra
encarnação, quando
conheceu Elvira, a mesma
mulher por quem acabou
se matando. Consultado,
o Guia do médium
informou que a punição
do seu ato, apesar da
idade, seria terrível.
(PP. 139 a 143)
79. Após relatar como se
deu a conversão de Gauzy,
antigo oficial em Paris,
Kardec diz que esta
conversão é mais um
exemplo da causa mais
freqüente da
incredulidade. Para
fazer crer, é necessário
fazer compreender.
Enquanto forem dadas
como verdades absolutas
coisas que a razão
repele, far-se-ão
incrédulos e
materialistas. (PP. 143
a 145)
(Continua
no próximo número.)