ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(6ª
Parte)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A Alma é
Imortal, de Gabriel
Delanne, conforme
tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Que são médiuns
videntes?
R.: Da mesma forma que
alguns sonâmbulos,
mergulhados em sono
magnético, podem ver os
Espíritos e descrevê-los
fielmente, há pessoas
que possuem essa
faculdade no estado de
vigília: são os médiuns
videntes. A vista
espiritual, vulgarmente
chamada dupla vista
ou segunda vista,
lucidez,
clarividência, ou,
enfim, telestesia
e agora criptestesia,
é um fenômeno menos raro
do que geralmente se
imagina. Muitas
pessoas são dotadas
dessa faculdade, sem
disso suspeitarem. (A
Alma é Imortal, págs. 61
a 63.)
B. Qual é a natureza do
envoltório
perispirítico?
R.: Num dos números da
Revista Espírita
de 1861, o doutor Glas,
evocado por Kardec,
esclarece que os fluidos
que compõem o
perispírito são muito
etéreos, não
suficientemente
materiais para nós, os
encarnados. Contudo,
pela prece, pela
vontade, pela fé, podem
tornar-se mais
ponderáveis, mais
materiais e sensíveis ao
tato, que é o que se dá
nas manifestações
físicas. Comentando a
informação, Delanne
observa que todos os
Espíritos têm dito que o
envoltório perispirítico
é, para eles, tão real,
quanto o corpo físico o
é para nós. Tem-se,
portanto, aí um ponto
firmado pelo testemunho
unânime de todos os que
hão sido interrogados, o
que explica e confirma
as visões dos sonâmbulos
e dos médiuns. (Obra
citada, págs. 65 a 67.)
C. Que fato relacionado
com o fenômeno das mesas
girantes, ocorrido em
Fossano, foi relatado
pelo professor Morgari
na Sociedade Espírita de
Turim?
R.: Em 20 de outubro de
1863, na Sociedade de
Estudos Espíritas de
Turim, o professor
Morgari relatou o
seguinte fato ocorrido
em Fossano, em que o
Espírito de determinada
mulher dirigiu tocantes
palavras ao professor
P..., seu marido. Depois
de falar-lhe, a esposa
manifestou o desejo de
ver os filhinhos do
casal, que dormiam,
naquele momento, em
aposentos contíguos. A
mesa passou então a
mover-se com grande
rapidez e penetrou no
aposento mais próximo,
onde uma das crianças,
menina de três anos,
dormia profundamente.
Acercando-se de seu
berço, a mesa se ergueu
e se inclinou para a
criancinha que, sempre a
dormir, lhe estendeu os
braços e exclamou:
“Mamãe! oh! mamãe!”
Inquirida pelo pai, a
menina confirmou que a
estava realmente vendo.
(Obra citada, págs.
70 e 71.)
Texto para leitura
51. Da mesma forma que
alguns sonâmbulos,
mergulhados em sono
magnético, podem ver os
Espíritos e descrevê-los
fielmente, há pessoas
que possuem essa
faculdade no estado de
vigília: os chamados
médiuns videntes.
(Pág. 61)
52. Vê-se, assim, que a
vista é uma faculdade do
Espírito e pode
exercer-se sem o
concurso do corpo, tanto
que os sonâmbulos vêem a
distância, com os olhos
fechados. Quando esses
fenômenos se produzem,
tem-se a comprovação da
existência de um sentido
novo, que se pode
designar pelo nome de
sentido espiritual.
(Pág. 62)
53. O sonambulismo e a
mediunidade são graus
diversos da atividade
desse sentido, que é,
como os demais, mais ou
menos desenvolvido, mais
ou menos sutil, conforme
os indivíduos. Todos,
porém, o possuem e é por
meio dele que percebemos
os eflúvios fluídicos
dos Espíritos e que nos
inspiramos com os seus
pensamentos. (Pág.
62)
54. A vista espiritual,
vulgarmente chamada
dupla vista ou
segunda vista,
lucidez,
clarividência, ou,
enfim, telestesia
e agora criptestesia,
é um fenômeno menos raro
do que geralmente se
imagina. Muitas
pessoas são dotadas
dessa faculdade, sem
disso suspeitarem.
(Pág. 63)
55. Após transcrever um
texto escrito por
Kardec, publicado na
Revista Espírita de
junho de 1867, Delanne
diz que havia quinze
anos que vinha estudando
a mediunidade vidente,
que nem sempre se
manifesta com o cunho de
constância que se nota
em algumas narrativas.
As mais das vezes, ela é
fugitiva, temporária,
mas, ainda assim,
faculta-nos a certeza de
que a crença na
imortalidade não é vã
ilusão e sim uma
realidade grandiosa,
consoladora e
demonstrada. (Pág.
64)
56. O envoltório sutil
da alma foi objeto de
perseverantes estudos da
parte de Kardec. Em seus
colóquios com os
Espíritos ele pôde
conhecer o corpo
fluídico e compreender o
papel e a utilidade
desse corpo. Quem deseje
conhecer a gênese dessa
descoberta - assevera
Delanne - deve ler a
Revista Espírita, do
período de 1858 a 1869.
(Pág. 65)
57. Num dos números da
Revista Espírita -
em 1861 - o doutor
Glas, evocado por
Kardec, esclarece que os
fluidos que compõem o
perispírito são muito
etéreos, não
suficientemente
materiais para nós, os
encarnados. Contudo,
pela prece, pela
vontade, pela fé, podem
tornar-se mais
ponderáveis, mais
materiais e sensíveis ao
tato, que é o que se dá
nas manifestações
físicas. (Pág. 66)
58. Comentando a
informação, Delanne
observa que todos os
Espíritos têm dito que o
envoltório perispirítico
é, para eles, tão real,
quanto o corpo físico o
é para nós. Tem-se,
portanto, aí um ponto
firmado pelo testemunho
unânime de todos os que
hão sido interrogados, o
que explica e confirma
as visões dos sonâmbulos
e dos médiuns. (Pág.
67)
59. Desde o começo das
manifestações espíritas,
organizaram-se grupos de
estudo em quase todas as
cidades da França. Os
resultados obtidos com
suas pesquisas se
registravam quase sempre
em atas, cujas súmulas
eram enviadas à
imprensa. A doutrina
espírita, portanto, não
foi imaginada;
constituiu-se
lentamente, e a obra de
Kardec, resumindo essa
imensa investigação,
mais não é do que a
compilação lógica de tão
vasta documentação.
(Pág. 67)
60. Num desses relatos,
conforme publicado em
1864 pelo jornal O
Salvador dos Povos,
de Bordéus, vê-se que um
sonâmbulo presente à
sessão descreve os
Espíritos ali presentes,
inclusive o de um padre
que ali estava para
manifestar-se. Em
seguida, o médium
escrevente recebe uma
comunicação do padre
C... A visão sonambúlica
confirmou, nesse caso, a
autenticidade do agente
que fazia o médium
escrever, demonstrando o
nenhum valor da teoria
que diz que as
comunicações procedem
sempre do inconsciente
de quem escreve.
(Pág. 69)
61. A 20 de outubro de
1863, na Sociedade de
Estudos Espíritas de
Turim, o professor
Morgari relatou um fato
muito interessante
ocorrido em Fossano,
quando o Espírito de
determinada mulher
dirigiu tocantes
palavras ao professor
P..., seu marido. Depois
de falar-lhe, a
pranteada esposa
manifestou o desejo de
ver os filhinhos do
casal, que dormiam,
naquele momento, em
aposentos contíguos. A
mesa passou então a
mover-se com grande
rapidez e penetrou no
aposento mais próximo,
onde uma das crianças,
menina de três anos,
dormia profundamente.
Acercando-se de seu
berço, a mesa se ergueu
e se inclinou, no ar,
para a criancinha que,
sempre a dormir, lhe
estendeu os braços e
exclamou: “Mamãe! oh!
mamãe!” Inquirida
pelo pai, a menina
confirmou que a estava
realmente vendo.
(Págs. 70 e 71)
62. O testemunho de uma
criança de três anos
reconhecendo sua mãe não
poderá ser suspeito, nem
mesmo aos mais cépticos.
“Ninguém -
assevera Delanne -
poderá ver aí qualquer
sugestão, pois que a
criança dormia e era
aquela a primeira vez
que seu pai e sua tia se
ocupavam com o
Espiritismo. O que aí há
é a confirmação da
crença de que a mãe
sobrevivia no espaço e
continuava a
prodigalizar seu amor ao
marido e aos filhos.”
(Pág. 71)
(Continua no próximo
número.)