ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(7ª
Parte)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A Alma é
Imortal, de Gabriel
Delanne, conforme
tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Que manifestações
registradas pelo Dr.
Moroni comprovam que as
comunicações espíritas
não decorrem de uma
simples exteriorização
do médium, mas da ação
de um Espírito a ele
estranho?
R.: São inúmeros os
fatos registrados pelo
Dr. Moroni. Eis um
deles: O médium - que
estava magneticamente
adormecido - exclamou de
súbito, agitando um
braço: “Ai!”,
acrescentando que fora
Isidoro (irmão de
Moroni, falecido alguns
anos antes) quem o
beliscara. Examinando
depois o braço do
médium, Dr. Moroni
encontrou ali,
efetivamente, uma marca
semelhante a um beliscão
e perguntou-lhe então:
“Se é verdade que meu
irmão se acha presente
aqui, dê-me ele uma
prova disso”. O médium,
sorrindo, respondeu:
“Olhe lá”, e apontou com
o dedo uma parede que
ficava distante. O
médico olhou e viu ali
um cabide, dependurado
num prego, mover-se
vivamente para a direita
e para a esquerda, como
se uma mão invisível o
empurrasse num e noutro
sentido. Note-se que
nesse caso a afirmativa
do médium foi confirmada
e corroborada por duas
manifestações materiais:
o beliscão em seu braço
e o movimento do cabide,
o que indica que o
fenômeno não se originou
de uma exteriorização do
médium, mas da ação de
um Espírito que lhe era
estranho. (A Alma é
Imortal, págs. 71 a 74.)
B. Três experiências
mediúnicas realizadas
com a participação do
médium Sauvage são
descritas no livro.
Quais são elas?
R.: Numa carta firmada
pelo telegrafista Luís
Delatre ele relata o
seguinte: Iniciada a
sessão, um Espírito
valeu-se das pancadas
para dizer seu nome:
Maria José. Presente à
reunião, o sr. Sauvage
disse: “É minha mãe.
Aliás, acabo de ver-lhe
o espectro diante de
mim; mas, passou apenas
e logo desapareceu”.
Logo depois dessa visão,
a mesa se pôs de novo em
movimento, dando pulos
tão violentos que
assustaram o grupo.
Feita uma oração, a mesa
se acalmou e outro
Espírito se anunciou
através de pancadas,
dizendo ser a primeira
mulher do sr. Grégoire,
presente à sessão. O
médium Sauvage viu então
uma mulher, com uma
coifa branca e um lenço
por cima. “É a touca
que usou na Bélgica
durante a sua
enfermidade”,
esclareceu Grégoire.
Luís Delatre revela
ainda que na mesma
sessão o sr. Sauvage viu
o Espírito de uma anciã,
bastante corpulenta,
rosto redondo, maçãs
salientes, olhos pardos,
cabelos castanhos, que
sorria a olhar para o
telegrafista. Era a sua
própria mãe, que -
valendo-se do sr.
Sauvage - conversou
longamente com o filho,
dando-lhe provas
convincentes da
realidade de sua
presença no recinto.
(Obra citada, págs. 76 a
78.)
C. Que pormenores
revelaram os sonhos
tidos pela Sra. Fleurot
com Blaise Pascal e que
é que esse fato revela?
R.: O Espírito de Pascal
apresentou-se com uma
deformidade no lábio
inferior que não
aparecia em nenhum
retrato seu existente
nas livrarias visitadas
pela Sra. Fleurot, que
só encontrou algo
parecido na casa de um
negociante de
antiguidades. O fato,
além de comprovar a
identidade do Espírito,
mostra que é possível
aos Espíritos retomar o
aspecto que tinham na
Terra, aspecto que podem
reproduzir com perfeita
fidelidade, até nas
mínimas
particularidades.
(Obra citada, págs. 80 a
82.)
Texto para leitura
63. Outras manifestações
interessantes foram
registradas pelo Dr.
Moroni, co-autor do
livro Alguns ensaios
de mediunidade hipnótica,
publicado em 1889.
Servia de instrumento ao
Dr. Moroni, para
descrever os Espíritos
que se manifestavam por
meio da mesa, uma mulher
chamada Isabel Cazetti.
Em muitas ocasiões
foi-lhe dado verificar
que eram contrárias às
crenças dos assistentes
as indicações que a
sonâmbula ministrava. E
esta descrevia às vezes
um Espírito que não era
o evocado e, com efeito,
a mesa deletreava um
nome diverso do Espírito
que fora chamado.
(Págs. 71 e 72)
64. Após transcrever
algumas manifestações
verificadas pelo Dr.
Moroni, Delanne conclui
que: I) Tais
experiências provam que
são mesmo os Espíritos,
e não entidades
quaisquer, que se
manifestam. II) As
pretensas explicações
baseadas na transmissão
do pensamento do
evocador ao médium não
se podem aplicar a fatos
como o descrito no item
anterior, uma vez que o
médium anuncia um nome
diferente do evocado e
no qual os assistentes
não pensam. III) As
circunstâncias em que se
dão os fenômenos e as
mensagens ditadas pelo
comunicante afastam a
idéia de que o autor da
manifestação seja um ser
híbrido, formado dos
pensamentos de todos os
assistentes, nem
tampouco elementais ou
influências demoníacas.
(Págs. 72 e 73)
65. Na verdade, informa
Delanne, são as almas
dos mortos que afirmam a
sua sobrevivência por
ações mecânicas sobre a
matéria. Não apresentam
eles uma forma
indeterminada, mas a
forma do corpo terreno
que tiveram durante a
encarnação. A
inteligência se lhes
conservou lúcida e vivaz
e eles revelam-se em
plena atividade após a
morte. “Temos em
nossa presença -
atesta o autor desta
obra - o mesmo ser
que vivia outrora neste
mundo e que apenas mudou
de estado físico, sem
nada perder da sua
personalidade de
outrora.” (Pág. 73)
66. Numa das
experiências relatadas
pelo Dr. Moroni, o
médium - que estava
magneticamente
adormecido - exclamou de
súbito, agitando um
braço: “Ai!”,
acrescentando que fora
Isidoro (irmão de
Moroni, falecido alguns
anos antes) quem o
beliscara. Examinando
depois o braço do
médium, Dr. Moroni
encontrou ali,
efetivamente, uma marca
semelhante a um
beliscão. (Pág. 74)
67. O Dr. Moroni
perguntou-lhe então: “Se
é verdade que meu irmão
se acha presente aqui,
dê-me ele uma prova
disso”. O médium,
sorrindo, respondeu:
“Olhe lá”, e apontou com
o dedo uma parede que
ficava distante. O
médico olhou e viu ali
um cabide, dependurado
num prego, mover-se
vivamente para a direita
e para a esquerda, como
se uma mão invisível o
empurrasse num e noutro
sentido. (Pág. 74)
68. Notemos que nesse
caso a afirmativa do
médium foi confirmada,
corroborada por duas
manifestações materiais
- o beliscão em seu
braço e o movimento do
cabide -, o que indica
que o fenômeno não se
originou de uma
exteriorização do
médium, mas da ação de
um Espírito que lhe era
estranho. (Pág. 74)
69. Numa carta firmada
pelo telegrafista Luís
Delatre em 10-10-1896,
ele relata uma
experiência de
tiptologia realizada em
Meurchin, pequena aldeia
do Pas-de-Calais.
Iniciada a sessão, um
Espírito vale-se das
pancadas para dizer seu
nome: Maria José.
Presente à reunião, o
sr. Sauvage exclama:
“É minha mãe. Aliás,
acabo de ver-lhe o
espectro diante de mim;
mas, passou apenas e
logo desapareceu”. O
Espírito confirmou a
assertiva. (Págs. 76
e 77)
70. Logo depois dessa
visão, a mesa se pôs de
novo em movimento, dando
pulos tão violentos que
assustaram o grupo.
Feita uma oração, a mesa
se acalmou e outro
Espírito se anunciou
através de pancadas,
dizendo ser a primeira
mulher do sr. Grégoire,
presente à sessão. O
médium Sauvage viu então
uma mulher, com uma
coifa branca e um lenço
por cima. “É a touca
que usou na Bélgica
durante a sua
enfermidade”,
esclareceu Grégoire.
(Pág. 77)
71. Luís Delatre revela
ainda que na mesma
sessão o sr. Sauvage viu
o Espírito de uma anciã,
bastante corpulenta,
rosto redondo, maçãs
salientes, olhos pardos,
cabelos castanhos, que
sorria a olhar para o
telegrafista. Era a sua
própria mãe, que -
valendo-se do sr.
Sauvage - conversou
longamente com o filho,
dando-lhe provas
convincentes da
realidade de sua
presença no recinto.
(Págs. 77 e 78)
72. Achava-se o sr.
Alexandre Delanne em
Cimiez, perto de Nice,
onde se encontrou com o
professor Fleurot e sua
mulher, ocasião em que
dita senhora revelou-lhe
um sonho que tivera seis
meses antes com Blaise
Pascal. Pelo menos foi
esse o nome que se
formou por cima da
cabeça de um vulto com
quem ela conversara
durante o sonho. Para
certificar-se de que
vira realmente o grande
pensador francês, no dia
seguinte ela foi ao mais
afamado livreiro de
Nice, para comprar um
retrato de Blaise
Pascal, mas nenhuma das
gravuras reproduzia os
traços do desconhecido
que lhe falara.
(Págs. 80 e 81)
73. Voltando a ver
repetidas vezes, durante
o sono, o mesmo vulto,
que lhe prometeu velar
por ela durante sua
existência terrestre, a
sra. Fleurot
perguntou-lhe se, em
vida, haveria algum
retrato que reproduzisse
sua imagem, inclusive
uma pequena deformidade
do lábio que ele trazia
na forma espiritual.
Pascal disse-lhe que
sim: “Procura e
acharás!” (Pág. 81)
74. Após haver
vasculhado, em vão, as
livrarias de Marselha e
Lião, o casal teve a
inspiração de ir a
Clermont-Ferrand, onde
ambos viram coroada de
êxito a perseverança
demonstrada. Em casa de
um negociante de
antiguidades, havia um
retrato de Pascal, com a
deformação do lábio
inferior, tal qual a
sra. Fleurot vira em
sonho. (Pág. 81)
75. Além de comprovar a
real identidade do
Espírito, esse fato
justifica por que Pascal
dissera à sra. Fleurot
no primeiro dos sonhos:
“Se nos houvéramos
apresentado a ti sob uma
forma inteiramente
espiritualizada, não nos
terias visto, nem, ainda
menos, reconhecido”.
Embora os Espíritos
adiantados - como ensina
Kardec - sejam
invisíveis para os que
lhes são muito
inferiores quanto ao
moral, nada obsta a que
eles retomem o aspecto
que tinham na Terra,
aspecto que podem
reproduzir com perfeita
fidelidade, até nas
mínimas
particularidades.
(Pág. 82)
(Continua no próximo
número.)