CHRISTINA NUNES
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Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Mais uma vez, o
aborto
"...Portanto,
serás novamente
minha para a
satisfação do
ódio.
Vingar-me-ei!
Seguirás comigo!
Os raios mentais
destruidores
cruzavam-se, em
horrendo quadro,
de Espírito a
Espírito.
Enquanto
observava a
intensificação
das toxinas, ao
longo de toda a
trama celular,
Calderaro orava,
em silêncio,
invocando o
auxílio
exterior, ao que
me pareceu.
Efetivamente,
daí a instantes,
pequena turma de
trabalhadores
espirituais
penetrou o
recinto. O
orientador
ministrou
instruções.
Deveriam ajudar
a desventurada
mãe, que
permaneceria
junto da filha
infeliz, até a
consumação da
experiência...
...Consumou-se
para ambos
doloroso
processo de
obsessão
recíproca, de
amargas
conseqüências no
espaço e no
tempo, e cuja
extensão nenhum
de nós pode
prever."
(No Mundo
Maior -
André Luiz.
Editora FEB.)
No primeiro
texto, disse que
não intentava
abordar as
minúcias
complexas deste
problema. São
elas os casos de
estupro, de
desordem
psíquica
materna, dos
extremos de
necessidades de
ordem material e
psicológica nas
populações
miseráveis do
orbe, bem como
das gestações
com risco de
vida para mãe e
filho. Penso que
em tudo na vida
há que se levar
em conta a
relatividade de
cada contexto,
porque
certamente, aí,
haverá a
incidência
numerosa dos
episódios de
indução alheia,
de vitimização
involuntária nos
casos de
violência e de
condições
socioculturais
extremas.
As leis vigentes
na evolução,
todavia,
obedecendo à
totalidade do
histórico
evolutivo
individual,
regem cada caso
particular com
perfeição e
equilíbrio,
levando em
consideração
cada minúcia e
particularidade
do contexto
humano. De forma
que tais
ocorrências
acontecidas em
contexto
excepcional
justificam
não o crime
– mas atenuam,
em decorrência
das condições
diversificadas
em que ocorrem,
as conseqüências
para este ou
aquele indivíduo
que se viu
compelido a
praticá-lo,
porque em tudo
pesa como fator
diferenciador
a intenção!
Trata-se,
contudo, de
conjunturas
havidas em
situações
inteiramente
diversas do
sem-número de
casos em que, de
plena posse de
lucidez e de
escolha, mães e
pais optam por
tal saída para
livrar-se
extemporaneamente
da grave
responsabilidade
que lhes coube
previamente ao
reencarne, em
acordo com almas
em situação de
necessidade
premente de
ingresso na vida
física,
compulsoriamente
ou não, de
compromisso
seriíssimo
acordado entre
os participantes
do drama,
portanto, e que,
em se
negligenciando-o
e acovardando-se
a cumpri-lo
devidamente – em
detrimento, no
processo, da
missão conjunta
de elevadíssima
importância
alinhavada em
comum com
numerosos
participantes
que auxiliam na
sua preparação
em prol da
evolução
conjunta de
determinado
grupo –,
agrava-se e
complica-se, por
tempo
indeterminado, a
carência de seus
participantes de
se levar a bom
termo suas
dívidas
reencarnatórias
e projetos de
avanço mútuo.
São tais
questões
delicadas e
lastimáveis que
respondem a um
sem-número de
casos pungentes
em vidas
posteriores,
quando mães e
pais são
mobilizados
durante todo o
período de uma
vida em busca de
métodos que lhes
sanem as
estranhas
anomalias
inibidoras da
fertilidade, não
logrando, nada
obstante, o
sucesso
intentado com
ansiedade muitas
vezes doentia de
se trazer filhos
ao mundo.
Casos outros de
filhos nutrindo
ódio e aversão
espontâneos ao
regaço materno,
com ocorrências
trágicas de
crimes de morte
perpetrados
contra o próprio
sangue genitor,
e outros tantos
de dissensão,
dramas e fatais
desacertos
familiares que
pontificam o
ainda difícil e
tormentoso
estágio material
terreno para
tantas almas em
percurso
evolutivo na
carne.
O crime contra a
vida haverá de
ser sempre
crime! E sem
nenhuma dúvida,
com
conseqüências
tenebrosas para
quem se deixa
arrastar para as
sombras
compactas do
desgoverno
espiritual ao
praticá-lo – e,
de resto, contra
os seres
indefesos que
ganham a nossa
convivência na
intimidade
sagrada de uma
gestação para o
curto estágio
material,
indiscutivelmente
com vistas ao
exercício de
harmonização
comum e
eliminação de
diferenças, ou a
estreitar laços
importantes para
o prosseguimento
de nossas
jornadas rumo a
outros setores
da vida onde não
mais sejamos
atormentados
pelos monstros
advindos dos
pesadelos
forjados por nós
mesmos no
caminho da Vida
projetada pelo
Pai, não para um
sofrimento
eterno, mas para
a nossa
felicidade.
E felicidade é
Vida! Não morte!
Bem-aventurados
os mansos e
pacificadores,
porque a eles
pertence o Reino
dos Céus (Jesus
Cristo).