Reforma íntima:
tarefa
urgente
Reforma íntima, na visão
espírita, é o processo
necessário, benéfico e
contínuo de
autoconhecimento, o
esforço que cada um faz
para se melhorar
moralmente, tendo como
base os ensinamentos do
Cristo. Para isso Deus
dá a responsabilidade e
o mérito do burilamento
das imperfeições,
através do
livre-arbítrio
individual.
Santo Agostinho (1)
oferece instruções
simples e claras de como
proceder para que a
evolução seja
alavancada, tendo como
base o roteiro luminoso
do Evangelho:
“Fazei o que eu fazia,
quando vivi na Terra: ao
fim do dia, interrogava
a minha consciência,
passava em revista ao
que fizera e perguntava
a mim mesmo se não
faltara a algum dever,
se ninguém tivera motivo
para de mim se queixar.
Foi assim que cheguei a
me conhecer e a ver o
que em mim precisava de
reforma. Aquele que,
todas as noites,
evocasse todas as ações
que praticara durante o
dia e inquirisse a si
mesmo o bem ou o mal que
houvera feito, rogando a
Deus e ao seu anjo da
guarda que o
esclarecessem, grande
força adquiriria para se
aperfeiçoar, porque,
crede-me, Deus o
assistiria. Dirigi,
pois, a vós mesmos
perguntas,
interrogai-vos sobre o
que tendes feito e com
que objetivo procedestes
em tal ou tal
circunstância, sobre se
fizestes alguma coisa
que feita por outrem,
censuraríeis, sobre se
obrastes alguma ação que
não ousaríeis confessar.
(...)
“Examinai o que pudestes
ter obrado contra Deus,
depois contra teu
próximo e, finalmente,
contra vós mesmos. As
respostas vos darão, ou
o descanso para a vossa
consciência, ou a
indicação de um mal que
precise ser curado”.
Assim, compreende-se que
o importante é
estabelecer comparativos
apenas consigo mesmo,
dentro da jornada
evolutiva atual. Nesse
contexto, a autocrítica
é necessária, mas também
o autoperdão e a
determinação de mudar
hábitos, transformando
pensamentos e atitudes,
mudando o padrão
vibratório a que se está
acostumado.
A reforma íntima é a
chave para o progresso
individual, o caminho
para evitar os
sofrimentos morais que o
orgulho e o egoísmo
ocasionam. Através da
evolução moral, destino
de todos os Espíritos
criados por Deus, é
possível alcançar a
verdadeira felicidade,
neste mundo e, no
futuro, em mundos mais
adiantados.
Referências:
(1)
KARDEC, Allan. O
Livro dos Espíritos.
84ª ed. Rio [de
Janeiro]: FEB. 2003.
Questão 919, a.