Leproso ante a
manjedoura
Jésus Gonçalves
Rei nascido na extrema
singeleza,
Anjo sublime, compassivo
e santo,
Que, por amor, despiste
régio manto
E vestiste a estamenha
da pobreza.
O leproso feliz regressa
em pranto
E agradece-te o lodo da
tristeza
Da noite em que chorou
de alma indefesa,
Torturado por lágrimas
de espanto!...
Para mostrar-te, ó
Mestre! Assim divino,
Dadivoso e Celeste
Peregrino,
Nos sorrisos de luz da
Manjedoura.
Deixa que eu volte à
tenebrosa estrada,
Ostentando na fronte
macerada
A coroa da lepra
redentora.
Do livro Antologia
Mediúnica do Natal,
por Espíritos Diversos,
psicografado por
Francisco Cândido
Xavier.