A verdadeira revolução:
a derrota do
materialismo como
condição para a
regeneração
"A
única revolução possível
é dentro de nós.”
(Mahatma Gandhi)
No transcorrer da
História, a humanidade
testemunhou numerosas
revoluções que mudaram o
destino das
coletividades e fizeram
avançar as sociedades
através de inúmeras e
profundas transformações
nas estruturas sociais,
políticas e econômicas.
No entanto, a mudança
mais fundamental e
necessária ainda não se
concretizou na Terra,
uma vez que é impossível
que haja uma revolução
verdadeira sem que antes
aconteça a revolução no
íntimo de cada ser
humano, ou seja, uma
renovação de dentro para
fora, um trabalho de
iluminação da própria
alma que esteja baseado
no desenvolvimento e na
vivência de valores
morais.
Como pode pretender o
homem subverter os
fundamentos sociais sem
antes reformar-se
intimamente?
São natimortas as
tentativas de revolução
do mundo exterior sem
antes derrotar os
verdadeiros inimigos da
humanidade, que residem
dentro de cada um de
nós: o egoísmo e o
orgulho.
Os tempos são chegados e
a Terra se aproxima do
ápice da sua evolução
material. O
materialismo, crença
perniciosa de que a vida
se resume a uma
existência material e
precária durante a qual
o que realmente
interessa ao homem é
gozar os prazeres dos
sentidos sem
preocupar-se com o
futuro, não mais se
sustenta, porque é um
absurdo lógico e moral
cada vez mais
inaceitável. É
urgentemente necessário
colocar em cheque a
idéia e a crença do
materialismo e combater
todas as suas funestas
implicações sociais.
Colocando a morte como
uma vilã implacável que
vem ceifar para sempre a
vida dos homens e
privá-los eternamente da
companhia dos seus entes
queridos, o materialismo
lança-os ao desespero e
planta a semente do
pessimismo destruidor,
sendo totalmente
contraditória com o amor
e a bondade infinita de
Deus. Além disso, essa
idéia obtusa gera a
discórdia e a competição
desenfreada entre os
homens, levando-os a não
respeitar os laços
fraternos que os unem,
por impeli-los ao
conflito na busca
desesperada do bem-estar
puramente material, pois
para o materialismo a
vida terrestre é tudo e
nada há além.
A conscientização dos
efeitos negativos do
materialismo faz
tornar-se urgente a
necessidade de
substituição do
paradigma materialista,
que já demonstra claros
sinais de esgotamento
devido à sua
insuficiência para
suprir a necessidade de
luz do espírito humano,
além de provar-se
maléfico porque compele
os homens ao conflito e
à destruição de si
mesmos e do planeta.
Assim, é preciso que
haja a adoção de um novo
modelo de ação para a
humanidade que seja
condizente com a vida e
coerente com a
benevolência do Criador.
Esse novo paradigma só
pode estar alicerçado
sobre uma nova
racionalidade, não mais
de cunho calculista e
egoísta, mas sim de
caráter
humanitário-moral, que
coloque o ser humano
enquanto espírito
imortal no centro de
todas as preocupações
sociais.
Portanto, podemos dizer
que, se há uma revolução
possível na Terra, ela
se dará somente quando o
homem passar a
reconhecer que nossa
natureza é sobretudo
espiritual e que somos
seres espirituais
passando por uma
experiência
físico-material
transitória, com o
primordial objetivo de
burilamento do nosso
espírito imortal e
destinado a perfeição
através das várias
encarnações.
Como natural decorrência
dessa aceitação, a
dimensão espiritual do
ser humano passará a ser
igualmente reconhecida e
incorporada na ciência,
na filosofia, nas artes,
nas relações sociais e
por toda a parte. E é a
partir desse
reconhecimento que cairá
por terra o paradigma
materialista que vem
mantendo a humanidade
aprisionada na masmorra
da incredulidade, do
pessimismo e da penúria
moral.
A falência do
materialismo, portanto,
é inevitável, uma vez
que carrega em si o
germe da sua própria
derrocada, porque opera
numa lógica destrutiva e
absolutamente
incompatível com as
necessidades evolutivas
do planeta e dos seres
que nele habitam.
Ademais, a derrota dessa
idéia malsã é a condição
sem a qual não é
possível que a Terra
evolua rumo a um mundo
de regeneração como está
previsto na Lei do
Progresso, pois o
materialismo sufoca a
caridade e dissolve os
laços de solidariedade e
cooperação que devem
unir os homens nessa
tarefa gigantesca.
Portanto, a
predominância do
espírito sobre a
matéria, meta
fundamental de todos
nós, é o ideal a ser
atingido, e o será
quando formos
suficientemente lúcidos
e fortes para nos
reformarmos intimamente
e vencermos nossos
adversários que vivem em
nós há séculos,
derrotando assim os
verdadeiros inimigos da
nossa evolução.