WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Vida comunitária
“Queiramos
ou não, é da Lei
que nossa
existência
pertença às
existências que
nos rodeia.”
(Emmanuel, “Fonte
Viva”, item
154, psicografia
de Francisco
Cândido Xavier.)
Ninguém consegue
viver
inteiramente
isolado.
Influenciamos
aqueles que nos
rodeiam e
recebemos
influências do
nosso meio.
Interagindo uns
sobre os outros,
construímos o
mundo que
vivemos, e, se
por ventura, ele
não é o oásis de
paz que sonhamos
ou porto que
possa ancorar as
nossas
aspirações,
obviamente,
nossos atos e
atitudes não
estão de acordo
com os padrões
da dignidade,
decência e
sublimidade,
como deveriam.
Com freqüência,
lamentamos os
exemplos
infelizes e
nocivos que as
pessoas grassam
no meio social,
no entanto,
raramente nos
propomos a
verificar que
tipo de
comportamento
estamos
divulgando na
comunidade.
Temos pressa em
observar o que
os outros fazem
e somos lentos
demais para
perceber o que
estamos fazendo.
A construção de
um mundo melhor,
condizente com
os nossos
anseios de
serenidade é
tarefa para
todos. Atribuir
tal empreitada
somente aos
governos,
líderes
religiosos e
homens públicos
é transferir a
nossa cota de
participação no
desenvolvimento
social.
Naturalmente,
não podemos
menosprezar o
esforço daqueles
que saem à
frente abrindo
caminhos para o
povo, mas o
povo, por sua
vez, também não
pode deitar nas
redes macias da
comodidade, à
espera dos
frutos provindos
das árvores que
não plantaram.
Nossa omissão,
no quadro
social, é sinal
de indiferença.
Se, diante de um
incêndio, não
podemos de
imediato contar
com a presença
do corpo de
bombeiros, não
estamos
impedidos de
jogar alguns
baldes de água,
tentando
diminuir a ira
das chamas.
Assim, também,
no contexto da
sociedade em que
vivemos. Quando
os órgãos
responsáveis
ainda não
puderem resolver
os problemas que
assolam as
pessoas, façamos
a nossa parte,
ofertemos a
nossa cota de
contribuição e,
por certo,
estaremos
influenciando
aqueles que nos
observam, pois
ensinamos muito
mais pelos
exemplos do que
pelo que
falamos.
Muitas crianças
estão com fome.
Inúmeros pais
deambulam à
procura de
emprego. Mães
choram ao ver os
filhos em
penúria.
Famílias se
entristecem ao
perceber seus
membros
caminhando por
veredas sombrias
e degradantes.
Jovens
decepcionados e
aturdidos
procuram nas
viciações
tóxicas a vazão
dos seus dramas.
Dores,
sofrimento,
angústias,
desilusões...
Quanto ainda
temos por fazer!
Assim, sabendo
que não vivemos
exclusivamente
para nós,
pensemos em
servir, no
contexto social
em que
mourejamos. À
medida que nos
preocupamos com
os outros, pela
lei de ação e
reação, sem
dúvida, os
outros, em nos
observando o
comportamento,
nas nossas
dificuldades,
também se
prestarão a nos
servir. Há muito
já nos fora
informado: “é
dando que se
recebe”.
A vida, sábia
como é, sempre
nos devolve
aquilo que a ela
endereçamos. O
bem em favor do
próximo,
aumentado,
voltará em nossa
direção, nos
beneficiando. O
mau que fere o
irmão,
acrescido,
retornará para
junto de nós,
nos
prejudicando.
Somos livres
para decidir.
Imperioso,
então,
refletirmos
maduramente
sobre nossos
atos e
comportamentos,
observando com
afinco o que
realmente
estamos
oferecendo à
sociedade que
nos acolhe, uma
vez que nossas
semeaduras, que
são livres,
podem estar
plantando a
nossa felicidade
ou... a nossa
infelicidade.