ORSON PETER
CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo
(Brasil)
Fechou o Centro?
Infelizmente
fechou. Já faz
muitos anos.
Fechou e não
abriu até hoje.
Foram mais de 30
anos de
dedicação ao
próximo, de
divulgação
espírita, de
atendimentos,
passes e
trabalhos. Um
fato, porém,
impressionante,
fruto de nossas
fraquezas
humanas,
determinou o
fechamento da
instituição.
Tudo estava sob
supervisão do
dedicado
dirigente.
Estava em suas
mãos todo o
complexo de
atividades,
concentrando e
centralizando em
si mesmo a
direção de todas
as atividades,
embora
movimentasse
numerosa equipe
de
colaboradores.
Um dia, no fato
natural da vida
humana, ocorreu
a desencarnação
de sua mãe.
Ele revoltou-se
e literalmente
“brigou” com
Deus. Em brados
de revolta
gritou aos céus:
“Estou aqui
há mais de
trinta anos
trabalhando e o
Senhor leva
minha mãe? Pois
vou fechar o
Centro”. E
fechou mesmo!
Pode? E nunca
mais abriu.
A pequena
história realça
o que é o
entendimento da
Doutrina
Espírita. Ele, o
entendimento,
está sujeito aos
nossos estágios
de maturidade
para bem
compreender seus
fundamentos.
Ora, a
desencarnação de
qualquer um de
nós é um fato
natural,
corriqueiro
digamos no
aspecto geral da
evolução dos
Espíritos.
O fato é que
pequenos
equívocos de
entendimento,
tentativas de
adaptação aos
nossos caprichos
e melindres que
nos permitimos
alteram
totalmente a
realidade dos
fatos e levam a
prejuízos e
caminhos nem
sempre
recomendáveis...
Isso em tudo.
Toda vez que
deixamos de
raciocinar, toda
vez que deixamos
de analisar com
isenção de
ânimo, e sempre
que nos fechamos
em pontos de
vista
individuais e
fechados
corremos o risco
de colocar a
perder grandes
oportunidades de
progresso e
auxílio ao
próximo. Tudo
porque nos
trancamos em
idéias
exclusivistas e
estacionárias.
Melhor arejar a
mente para
perceber as
maravilhas que
nos cercam e os
motivos de
entusiasmo para
direcionar
nossos esforços
no bem geral e
de nós mesmos.
Uma boa dica
para bem
entender essa
ampla questão é
ler os livros
Despedindo-se da
Terra e
Esculpindo o
Próprio Destino,
ambos na
psicografia do
médium André
Luiz Ruiz e
ditados pelo
Espírito Lúcius,
com edição do
Instituto de
Difusão
Espírita.
Com profundos
esclarecimentos
sobre a complexa
questão das
escolhas, do
livre-arbítrio,
dos
condicionamentos
que criamos a
nós mesmos, da
ausência de
raciocínio
diante dos
desafios, do
desespero que
nos permitimos,
e mesmo da
imaturidade
perante
diferentes
questões da vida
humana,
referidas obras
oferecem vasto
material de
reflexão. Não
deixe de ler.
Entenderemos com
mais precisão a
postura
fechada de
determinados
posicionamentos,
sempre tão
prejudiciais e
onerosos à paz e
harmonia que
procuramos.
Afinal, como
indica a
resposta à
questão 970 de
O Livro dos
Espíritos,
os sofrimentos
dos Espíritos
são tão
variáveis quanto
as causas que os
produziram.
Tanto que dizem
os Espíritos na
referida
resposta: “(...)
Podem se resumir
assim: invejarem
tudo o que lhes
falta para serem
felizes e não
poderem obtê-lo;
verem a
felicidade e não
poderem
atingi-la;
desgosto, ciúme,
raiva, desespero
daquilo que os
impede de ser
feliz; remorso,
ansiedade moral
indefinível.
Eles têm o
desejo de todos
os prazeres e
não podem
satisfazê-los, e
é o que os
tortura”.
Para não alongar
a abordagem,
considerando a
abundância de
reflexões que
referida
resposta
comporta, sugiro
ao leitor
ampliar
mentalmente as
considerações
devidas à velha
e sempre questão
dos
relacionamentos
humanos e seus
desdobramentos.