– Dentro dos
quadros da
psiquiatria,
como psicopatia,
esquizofrenia,
etc., quais as
características
que poderiam se
enquadrar dentro
das obsessões?
Raul Teixeira: Reconhecemos,
com os
ensinamentos da
Doutrina
Espírita, que
todos aqueles
portadores das
esquizofrenias,
psicopatologias
variadas, dentro
de um processo
cármico, são
entidades
normalmente
vinculadas a
graves débitos,
a dívidas de
delitos sociais,
e, conforme nos
achamos dentro
desse quadro de
compromissos,
essas
psicopatologias
de multiplicada
denominação
assumem
intensidade
maior ou menor.
Conforme orienta
o instrutor
Calderaro ao
Espírito André
Luiz, no livro
No Mundo
Maior,[i]
ao estudar a
problemática do
cérebro, esses
companheiros
esquizofrênicos
entram em
“crises” quando,
no processo
natural e
inconsciente de
rememoração, se
vinculam ao seu
passado, quando
delinqüiram,
através de um
processo de
associação, de
assimilação
fluídica.
Nos casos de
epilepsias, tudo
nos leva a crer
que as entidades
credoras, em se
aproximando do
devedor,
diretamente ou
por meio de seu
pensamento,
promovem como
que um
acordamento da
culpa, e ele
mergulha, então,
no chamado
transe
epiléptico.
Nesse particular
do transe, por
ação de
espíritos,
encontramos
correspondentes
com o processo
mediúnico,
porque não
deixam de ser,
esses
indivíduos,
médiuns
enfermos,
desequilibrados,
apresentando,
por isso, uma
expressão
mediúnica
atormentada,
doente.
Convenhamos que
o exame da
Doutrina
Espírita, com
relação a esses
diversos casos,
nos dará
gradativamente
as dimensões
para que
saibamos
avaliar,
analisar os
problemas de
enfermidades
psicopatológicas,
tais como as que
acompanham a
esquizofrenia,
que é esse
conjunto de
tormentos, de
perturbações, de
doenças, que
verdadeiramente
não têm uma
etiologia
definida.
Nos casos de
patologia
psicológica ou
psiquiátrica,
deveremos nos
valer dos
conhecimentos
específicos na
área médica,
para que não
coloquemos
pessoas doentes
nas atividades
mediúnicas, o
que seria um
desastre. Muitas
pessoas se
mostram com
diversas
síndromes e
sintomas de
problemas
psíquicos,
quando a
invigilância e o
desconhecimento
espírita de
alguns os leva a
afirmar que é
mediunidade e
levar a criatura
para o exercício
mediúnico. Esses
graves equívocos
determinarão
graves
ocorrências.
O nosso Divaldo,
oportunamente,
narrou-nos um
episódio por ele
conhecido, a
respeito de um
cidadão que
sofrendo de
intensas e
continuadas
cefaléias foi
“orientado” por
alguém
irresponsável a
“desenvolver-se”,
porque era
médium, e que
nisso
encontraria a
cura esperada.
Buscados núcleos
de mediunismo
sem orientação
cristã, feitos
os “trabalhos”,
etc., o problema
não cedeu, ao
contrário,
agravou-se. Após
frustradas
tentativas lá e
cá, o moço foi
levado a uma
instituição
séria, onde o
servidor da
mediunidade que
o atendeu
constatou, pela
informação dos
Benfeitores
Espirituais, que
a família
deveria
providenciar
atendimento
médico para o
rapaz. Feito o
eletroencefalograma,
verificou-se uma
tumoração
cerebral já sem
possibilidade de
cura, devido ao
estado adiantado
do problema.
Muitas vezes
estamos
atrelados a
enfermidades
espirituais que
oferecem
respostas
somáticas, que
estão ligadas a
dramas profundos
e graves, que
não podem ser
atendidos como
se fossem
mediunidade,
numa leviandade
que não se
permite, em se
tratando de
Entidade
Espírita.
Noutros campos,
registramos nos
hospitais
psiquiátricos
diversos médiuns
em aturdimento,
obsidiados que
poderiam ser
devidamente
tratados com a
terapia
evangélico-espírita,
para depois
abraçarem a
tarefa
mediúnica.
Então, é
necessário que
estudemos e
assimilemos os
conceitos e
lições da
Doutrina
Espírita,
conhecendo a
prática do bom
senso, para que
saibamos
distinguir
aquilo que é
mediunidade,
precisando de
educação,
daquilo que seja
enfermidade
psicopatológica,
a exigir
tratamento
médico.
[i]
Francisco
Cândido
Xavier,
No
Mundo
Maior,
André
Luiz,
12ª
edição,
FEB,
Brasília
– DF,
1984.
Do livro
Diretrizes de
Segurança,
de autoria de
Divaldo P.
Franco e José
Raul Teixeira,
publicado pela
Editora Fráter Livros
Espíritas Ltda.,
de Niterói-RJ.