WELLINGTON BALBO
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Bauru, São Paulo (Brasil)
Ano novo e boas
lembranças
O capítulo V de
O Evangelho
segundo o
Espiritismo,
“Bem Aventurados
os Aflitos”, é
um magnífico
convite à
reflexão,
principalmente
quando chegamos
nessa época de
final de ano, em
que nos vemos
envidados a
fazer um balanço
existencial. E
neste mesmo
capítulo está o
tópico
“Esquecimento do
passado”, de
onde retirei um
parágrafo para
motivo de nossos
estudos.
“Deus nos deu
para
melhorarmos,
justamente o que
necessitamos e
nos é
suficiente: a
voz da
consciência e as
tendências
instintivas; e
nos tira o que
poderia
prejudicar-nos”.
Como lemos no
parágrafo acima,
a bondade divina
atende
perfeitamente
nossas
necessidades.
Deus, em sua
infinita
misericórdia
deixa o
necessário para
nosso
adiantamento e
nos faz esquecer
temporariamente
o que poderia
nos prejudicar.
Portanto, não há
razões para nos
debatermos em um
passado que nos
traria
constrangimentos,
diminuindo nossa
estima ou
exaltando nosso
orgulho. Deus é
o divino
educador e prima
por nos ensinar
a viver, por
isso não precisa
nos torturar
fazendo-nos
lembrar de
nossos desvarios
para que
aprendamos. Não
necessitamos
lembrar-nos de
um passado
repleto de lixos
emocionais, de
mágoas,
tristezas e
rebeldias que
tanto nos
fizeram sofrer.
Deus apaga
temporariamente
o passado
tortuoso, mas
não apaga de
nossa
consciência o
passado
saudável, o
passado de amor,
de amizade e de
boa convivência,
aliás, este
passado deve ser
cultivado em
nosso coração.
Deus não apaga a
lembrança dos
amigos de
infância, da
primeira
professora que
tanto bem nos
fez, do primeiro
amor que tanta
emoção nos
causou...
O esquecimento é
para o passado
sinistro e
tenebroso de
equívocos
perpetrados, de
desesperança e
dor. Este
passado devemos
temporariamente
esquecer. Mas o
passado das boas
lembranças
permanecem.
Ainda bem! E
como é bom
voltar ao
passado e viajar
no tempo das
doces
recordações!
É com carinho
que me lembro de
minha mãe que
tão nova se
mudou para a
pátria
espiritual, é
com ternura que
me lembro dos
amigos de
infância em
Imperatriz-MA.
Ah, não posso
esquecer os
amigos da época
da escola, da
faculdade, das
empresas por
onde passei.
Todos trazem
alegres
lembranças,
doces
recordações.
Tenho certeza
que você, caro
leitor e
leitora, também
está puxando na
memória os
amigos, os
acontecimentos
felizes, as
eternas
lembranças dos
afetos queridos.
Este passado a
bondade divina
não apaga.
Alguns poderão
questionar: –
Mas tive um
passado de dor,
desilusão e
sofrimento, como
esquecê-lo? Como
esquecer aqueles
que me fizeram
sofrer? Como
esquecer
ocorrências que
tanto mal me
causaram?
A você, caro
leitor e
leitora, podemos
afirmar que dói
muito mais fazer
sofrer do que
sofrer. Quem fez
sofrer
habilita-se ao
pagamento, no
entanto, quem
sofreu pode
seguir em
frente,
renovando as
idéias, a vida e
construindo um
novo futuro.
A propósito, o
findar do ano é
propício para
duas coisas:
lembrar os
acontecimentos
felizes e
esquecer as
passagens
infelizes.
Enfim, o findar
do ano é tempo
de refletir e
recomeçar. Se a
mágoa o visitou,
perdoe. Feriram
seu coração?
Perdoe.
Causaram-lhe
prejuízos?
Perdoe. Perdoe
sempre, esqueça
o mal e
lembre-se: Viver
bem é questão de
escolha e
recomeçar é um
direito de
todos. Deus nos
quer felizes,
por isso, ano
novo, novos
projetos e fé na
vida!
A você, caro
leitor e
leitora, meus
votos de feliz
ano novo, que as
boas lembranças
estejam sempre
aquecendo seu
coração,
estimulando-o a
prosseguir com
coragem e
esperança,
porquanto o
tempo não pára,
jamais!
Pensemos nisso.