ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(Parte
10)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A Alma é
Imortal, de Gabriel
Delanne, conforme
tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Que é preciso para a
alma desprender-se?
R.: Segundo Delanne,
para a alma
desprender-se é preciso
que o corpo esteja
mergulhado em sono, ou
que os laços que a
prendem ao corpo se
hajam afrouxado por uma
emoção forte ou por
doença. As práticas
magnéticas ou os agentes
anestésicos acarretam
também, por vezes, os
mesmos resultados. (A
Alma é Imortal, págs.
113 e 114.)
B. Que fenômenos foram
assinalados na vida de
Afonso de Liguori,
Antônio de Pádua e Maria
de Agreda?
R.: Fenômenos de
desdobramento, os quais,
no caso de Maria de
Agreda, se produziram
durante muitos anos.
(Obra citada, págs. 118
e 119.)
C. Há relatos confiáveis
dando conta de que as
aparições produzem
impressões sobre os
animais?
R.: Sim, e esses
relatos, além de
numerosos, procedem de
fontes diversas.
(Obra citada, págs. 121
a 124.)
Texto para leitura
100. Refere Leuret, na
obra Fragmentos
psicológicos sobre a
loucura, que um
homem convalescente de
grave febre se julgava
formado de dois
indivíduos, um dos quais
se encontrava de cama,
enquanto o outro
passeava. Pariset, que
fora atacado, quando
jovem, de um tifo
epidêmico, passou muitos
dias num aniquilamento
próximo da morte. Certa
manhã, despertou feliz
e, coisa maravilhosa,
julgava ter dois corpos,
que pareciam deitados em
leitos diferentes.
(Pág. 113)
101. Cahagnet, o célebre
magnetizador, diz ter
conhecido muitas pessoas
com quem se deram fatos
desses - desdobramentos
- que, diz ele, são
muito freqüentes em
estado de doença.
(Pág. 113)
102. Observa Delanne
que, de modo geral, os
relatos mostram que para
a alma desprender-se é
preciso que o corpo
esteja mergulhado em
sono, ou que os laços
que a prendem ao corpo
se hajam afrouxado por
uma emoção forte ou por
doença. As práticas
magnéticas ou os agentes
anestésicos acarretam
também, por vezes, os
mesmos resultados.
(Pág. 114)
103. Outra constatação
importante, resultante
dos exemplos citados, é
que a forma visível da
alma é cópia
absolutamente fiel do
corpo terrestre. A
identidade entre a
pessoa e seu duplo é
completa, e não se
limita à reprodução dos
contornos exteriores do
ser material, pois que
alcança até a íntima
estrutura perispirítica,
ou seja, todos os órgãos
do ser humano existem na
sua reprodução fluídica.
(Pág. 114)
104. Em seu livro A
Humanidade Póstuma,
Dassier relata o caso de
uma mulher que procurou
um adivinho que vivia
recluso, nas cercanias
de Filadélfia (EUA), com
o objetivo de obter
notícias de seu marido,
um capitão de navio que
partira para longa
viagem pela Europa e
pela África. O adivinho
adormeceu num aposento
contíguo ao da consulta
e, desdobrando-se,
encontrou o capitão num
café em Londres,
colhendo a informação de
que em breve ele
regressaria ao lar. De
volta à casa, o
marinheiro confirmou
ter-se encontrado
realmente com o adivinho
em Londres. (Págs.
115 e 116)
105. Delanne encerra o
capítulo transcrevendo
um caso de desdobramento
provocado relatado na
Revista Espírita de
1858 e o conhecido
episódio que se deu com
Afonso de Liguori,
constante do livro A
História Geral da
Igreja, escrita pelo
barão Henrion. Como se
sabe, estando adormecido
em sua casa por dois
dias, Afonso de Liguori,
ao despertar, informou
ter assistido o papa
Clemente XIV, que havia
acabado de morrer. O
fato ocorreu a 22-9-1774
e reza a história que
Clemente XIV deixou de
viver às 7 horas da
manhã do referido dia,
assistido, entre outros,
por Afonso de Liguori.
(Págs. 118 e 119)
106. Casos análogos, diz
Delanne, ocorreram com
Santo Antônio de Pádua,
S. Francisco Xavier e,
sobretudo, com Maria de
Agreda, cujos
desdobramentos se
produziram durante
muitos anos. (Pág.
119)
107. Sob o título
Aparição real de minha
mulher depois de morta,
o Dr. Woetzel publicou
em 1804 um livro que
causou grande sensação
nos primeiros anos do
século XIX. Woetzel
pedira à sua mulher,
quando enferma, que, se
ela viesse a morrer, lhe
aparecesse. Algumas
semanas depois de sua
morte, uma janela do seu
quarto se abriu e ele
viu a forma de sua
esposa, que lhe disse
com voz meiga:
“Carlos, sou imortal; um
dia tornaremos a
ver-nos”. A aparição
e essas palavras
repetiram-se segunda
vez, mostrando-se a
falecida vestida de
branco e com o aspecto
que tinha em vida.
(Págs. 120 e 121)
108. Um cão, que da
primeira vez não dera
sinal de ter percebido
coisa alguma, da segunda
se pôs a farejar e a
descrever um círculo,
como se o fizesse em
torno de alguma pessoa
conhecida. (Pág. 121)
109. O Dr. Justinus
Kerner, em sua obra
sobre a vidente de
Prévorst, refere também
que, toda vez que o
Espírito lhe aparecia,
um galgo negro parecia
sentir-lhe a presença e
corria para junto de
alguém logo que a
aparição se tornava
perceptível à vidente.
Desde o dia em que viu o
vulto, o cão nunca mais
quis ficar sozinho
durante a noite.
(Pág. 121)
110. Vários fatos,
relatados na seqüência
por Delanne, demonstram
que as aparições, como
verificado pelo Dr.
Kerner, produzem
impressões sobre os
animais. Ora, conforme
observou o naturalista
Alfred Russel Wallace,
isso não ocorreria se
fossem verdadeiras as
teorias da alucinação e
da telepatia. (Págs.
121 e 122)
111. Além disso, se nas
aparições ocorrem
fenômenos físicos
produzidos por ela,
evidente se torna que
não é uma imagem mental
quem as executa.
(Págs. 123 e 124)
(Continua no próximo
número.)