AURECI
FIGUEIREDO
MARTINS
aureci@globo.com
Porto Alegre,
Rio Grande do
Sul (Brasil)
Abortamento
doloso
Longe de mim a
pretensão de
convencer a quem
quer que seja,
mas peço vênia
para expressar
minha opinião
sobre
abortamento
induzido.
1. A vida é o
bem maior do
Homem e precisa
ser protegida
pelas leis
humanas. Se
houver
transigência
nesta proteção,
estaremos a
caminho da
legalização de
outros tantos
crimes de
lesa-vida,
como eugenia,
eutanásia etc.
2. Admita-se, e
acertadamente, a
provocação do
abortamento nos
casos em que
este for
indispensável à
preservação da
vida da
gestante. Mas,
afora esta
hipótese, penso
ser difícil
justificar-se a
eliminação de
seres humanos
frágeis e
indefesos.
3. Lícita é a
utilização de
métodos
contraceptivos
não abortivos,
todavia,
constatada a
gravidez
indesejada,
impõem-se o
respeito à Vida
e o amparo à
gestante.
4. Desde a
concepção, uma
vida humana,
individual e
autônoma, tem
seu início: ali
está a ligar-se
célula a célula
um ser humano
que se prepara
para retornar ao
palco da vida
física e assim
avançar no
processo
dialético da
evolução
espiritual
contínua,
ascendente e
infinita.
5. Entendo que,
como seres
espirituais,
nossa
propriedade
verdadeira é
constituída
pelos valores
intelectuais e
morais –
conhecimento,
ignorância,
virtudes e
vícios – e que
estamos
submetidos a uma
lei de evolução
que nos induz a
constante
expansão
consciencial.
6. Os bens
materiais,
inclusive o
corpo
descartável que
animamos, não
nos pertencem e,
ao final de cada
experiência
carnal, teremos
que prestar
contas do uso
que deles
fizermos.
7. Ainda que,
equivocadamente,
alguma mulher se
presuma dona do
seu corpo, como
pode
ela arvorar-se
em
proprietária do
corpo em
formação no seu
ventre? Ou
melhor, como
pode dispor da
vida que lhe
pulsa no
claustro uterino.
8. Nas pessoas
sensíveis, um
complexo de
culpa costuma
instalar-se na
consciência
maculada pela
prática do
abortamento
intencional, com
reflexos
mórbidos no
cosmo
psicossomático.
9. Sabe-se que,
nos países em
que vige a
legalização da
prática do
aborto, o número
de casos de
abortamentos dolosos
aumentou
enormemente, e
há notícias
sobre
espetáculos
macabros nas
clínicas
abortivas: a comercialização
dos restos
fetais para a
indústria de
cosméticos.
10. Espírita que
sou, guardo
comigo a
convicção de
que, nas voltas
que nossas vidas
dão, inexiste
espaço para o
acaso: tudo tem
uma causa justa
e um fim
providencial.
Como escreveu
Albert Einstein,
“Deus não joga
dados no
Universo”; e
acrescento: e
tampouco na vida
humana.
Por estas e
outras razões
aqui omitidas é
que, excetuada a
hipótese do item
2 acima, sou
definitivamente
contrário à
eliminação dos
nascituros.
Todavia, sei que
ninguém tem
condições de
julgar a
consciência
alheia. Além
disso, penso
inexistir
justificativa
para
alimentarmos
complexos de
culpa por erros
cometidos: quem
agrediu uma vida
que ampare
outra, pois que
a misericórdia
de Deus é
infinita.
Sugestão:
Veja, no
endereço abaixo,
as imagens de um
feto a reagir ao
brutal
despedaçamento
de seu corpinho
indefeso e ouça
o depoimento do
Dr. Bernard
Nathanson,
ex-proprietário
de uma
movimentada
clínica de
abortos:
http://br.youtube.com/watch?v=-tNU_1FteoE