EDUARDO AUGUSTO
LOURENÇO
eduardoalourenco@hotmail.com
Americana, São
Paulo (Brasil)
Pensamento e
Vontade
“Tendes ouvido o
que foi dito:
Não cometereis
adultério. Mas
eu vos digo:
Todo aquele que
olhar para uma
mulher com mau
desejo já
cometeu no seu
coração
adultério com
ela” (Jesus.
Evangelho de
Mateus, 5:27).
Quando foram
pronunciadas, há
mais de 2.000
anos, as
palavras do
Mestre Jesus,
devem ter
causado
estranheza aos
participantes do
inolvidável
sermão da
montanha.
Na época, Jesus
trazia a lei do
amor
incondicional. O
conceito de
adultério, até
então, era
somente
relacionado ao
fato em si.
Mas Jesus
esclarece que
também aquele
que pensa em
adulterar estará
assumindo graves
responsabilidades
com a sua
consciência em
relação ao fato.
O Mestre quis
demonstrar que
somos
responsáveis não
só pelo que
fazemos, mas,
também, pelo que
falamos e
pensamos.
E sendo o
pensamento a
“raiz” do que
iremos falar, ou
fazer, isso o
coloca em
altíssimo grau
de importância,
pois somos o que
pensamos.
É fácil
entendermos a
afirmação de
Jesus. Um
pensamento de
adultério se
irradiará na
direção da
pessoa que se
deseja,
influenciando-a
com essa energia
negativa,
perturbando-a
com a idéia de
traição e
sedução, podendo
perdurar dias e
noites. Perante
as Leis Divinas,
essa pessoa que
projetou o
pensamento é
responsável por
todo mal que for
feito por ele.
Grande é a
responsabilidade
que temos com os
nossos
pensamentos.
Ao analisarmos a
profundidade do
ensinamento de
Jesus,
percebemos como
é de alta
relevância
compreender o
funcionamento
dessas energias
mentais para
conseguirmos,
realmente, a
nossa tão
desejada
transformação
moral.
Nós somos filhos
da divindade, e
possuíamos a
força do
pensamento.
Nosso poder
mental criador,
centelha da
mente de “Deus”,
permite-nos
edificar a paz,
pois, “O reino
de Deus está
dentro de vós”
ou criar as
trevas íntimas
no cerne da
alma; a escolha
é sempre nossa,
paraíso e
inferno é grau
de consciência.
Todos nós somos
usinas mentais,
criando e
empregando o
pensamento e a
vontade. O ser
atua sobre os
fluidos
espirituais,
construindo os
seus mundos
particulares,
valendo-se do
laboratório vivo
do astral.
Por meio das
vibrações do
perispírito,
pode provocar
fenômenos
luminosos,
acústicos ou
olfativos
agradáveis ou
desagradáveis.
As construções
do mundo
invisível
revelam uma
grande
semelhança com
as de Terra, uma
vez que é
elaborada a
partir do gosto
estético ou das
recordações dos
seus arquitetos.
Em regiões
elevadas
moralmente, onde
reina o Belo e o
Bem, desfilam
criações
inimagináveis,
cidades,
jardins,
bosques, cuja
beleza
ultrapassa a dos
toscos
parâmetros
terrenos.
Por outro lado,
infestam o
invisível
inferior
ambiente de
horror
indescritível,
produtos das
mentes
enlouquecidas
pelo ódio, pelo
sofrimento, pelo
remorso, gerando
cenas macabras
que atormentam,
sobretudo
assassinos e
suicidas.
Pela lei de
atração e
afinidade,
reúnem-se ali
grupos ou
falanges de
Espíritos,
alimentando,
assim, seus
próprios
infernos,
fortalecendo as
algemas que os
escravizam a
esses antros
infernais.
Os nossos
pensamentos,
sentimentos,
tendências e
caráter acabam
atraindo as
companhias
espirituais com
as quais temos
afinidade:
“Dize-me com
quem tu andas e
eu te direi quem
tu és”.
Daí a
necessidade de
educar nossas
mentes,
elevando-lhes o
padrão
vibratório,
vigiando o
pensamento
contra o assalto
das trevas,
instaurando,
assim, a nossa
própria paz.
As ondas mentais
são energias
emitidas pela
mente, e que
podem ser
analisadas de
acordo com o
teor da sua
frequência
vibratória.
São elas que
possibilitam
estabelecer a
sintonia com
outras mentes
encarnadas ou
desencarnadas.
Quanto maior a
direção no Bem,
maior será a
frequência da
nossa onda
mental.
Assim sendo,
eleva a
frequência
vibratória tudo
aquilo que
reflete a
essência de uma
virtude: a
bondade, o
perdão, a
tolerância, a
compreensão, a
caridade, a
solidariedade, a
benevolência,
uma leitura
edificante, uma
oração...
Com o mesmo
mecanismo
acontece com as
nossas
irradiações
negativas.
Assim, se nos
colocarmos a
produzir
pensamentos que
ninguém
conhecerá sobre
a mulher ou o
homem do
próximo,
estaremos
projetando
formas-pensamento
negativas à
pessoa alvo, que
até poderão
causar-lhe algum
malefício.
Independentemente
disto, nós já
teremos certa
quota de
responsabilidade
e negatividade
perante as Leis
Divinas, por
causa da
semeadura
infeliz.