vida.
Após a morte da
minha irmã, aos
21 anos de
idade, em um
acidente
automobilístico,
as coisas
perderam um
pouco o sentido.
Na busca de
entender os
porquês da vida,
saí à procura de
explicações
plausíveis para
o sofrimento, já
que na minha
religião na
época (católica)
não tinha
encontrado as
respostas. Ao
ler o Evangelho
segundo o
Espiritismo e O
Livro dos
Espíritos, vi
que minha busca
por respostas
havia chegado ao
fim. Então, dar
o primeiro passo
e entrar na Casa
Espírita se
tornou mais
fácil. Começar a
estudá-la foi
muito natural.
O Consolador: Em
quais atividades
você colabora no
Centro Espírita?
Desde que me
tornei espírita,
em 1995,
vinculei-me ao
Grupo Espírita
Seara do Mestre
(GESM), em Santo
Ângelo, onde
colaboro como
coordenador no
ESDE, passista,
palestrante,
evangelizador da
infância e
dirigente.
O Consolador:
Que cargos já
exerceu ou vem
exercendo no
movimento
espírita?
Já contribuí
como diretor do
departamento de
comunicação do
Grupo Espírita
Seara do Mestre
e da União
Municipal
Espírita – UME -
de Santo Ângelo,
que congrega 23
sociedades de 9
cidades da
região noroeste,
da qual fui
presidente no
período de 2005
a 2008.
O
Consolador: Tem
artigos
publicados em
outros
periódicos
espíritas, além
dos que são
publicados em
nossa revista?
Sim. Além da
oportunidade
valiosa de
trabalhar no
periódico
Seara Espírita,
onde participo
como
articulista, e
no conselho
editorial, desde
a sua criação,
abriram-se
alguns espaços
para que artigos
fossem
publicados em
outros órgãos de
divulgação da
doutrina, como o
próprio O
Consolador, o
Acre Espírita, O
Semeador, SEI,
Macaé Espírita e
Fraternidade
(Portugal).
O Consolador: Qual
o retorno dos
leitores que
tiveram contato
com seus artigos
na imprensa
espírita?
Sempre positivo.
Mesmo a crítica
que nos chegou
sempre foi com o
maior respeito e
com a intenção
de somar.
O Consolador:
Como atua nas
atividades de
divulgação da
Doutrina
Espírita? Qual a
importância dela
para o
trabalhador
espírita?
Além de escrever
para o Seara
Espírita e fazer
palestras nas
Casas Espíritas
da região,
procuramos levar
a doutrina aonde
formos chamado
como, por
exemplo, em
escolas e outras
associações.
Quando há
oportunidade,
colocamos
artigos com
temática
espírita também
nos órgãos de
imprensa leiga.
Algo a destacar
é o encarte de
1.500 exemplares
do periódico
Seara Espírita
todos os meses
em um jornal da
cidade, com
excelente
repercussão.
A Doutrina
Espírita com
todo o manancial
de informação e
consolo que
possui não deve
ser divulgada
somente dentro
das Sociedades
Espíritas. É
extremamente
necessário que
seja divulgada
em todos os
meios lícitos
possíveis para
toda a
sociedade. O
trabalhador
espírita não
pode ser tímido
nesta tarefa,
mas deve sempre
ser muito
criterioso na
forma e com os
meios com que
vai agir.
Enquanto
dirigente, temos
a prática já
consagrada na
região de
proporcionar
eventos
espíritas com
expositores
conhecidos
nacionalmente em
locais como
teatros e
ginásios para
que aquele que
ainda tenha
preconceitos que
o impeçam de
entrar na Casa
Espírita, em um
local “neutro”,
possa ouvir a
mensagem
espírita e,
gradualmente,
despir-se das
superstições.
Realmente, as
respostas a essa
prática têm sido
impressionantes.
O Consolador:
Sendo um
incentivador de
atividades
espíritas ao
grande público e
em ambiente fora
dos recintos
espíritas, como
avalia a
receptividade
atual ao
Espiritismo?
As pessoas estão
ávidas por
respostas às
suas dores e
dúvidas. A
Doutrina
Espírita, com a
sua lógica
cristalina,
atinge a todos
os corações e a
todas as mentes
que estão
abertas à Boa
Nova. Os eventos
que fizemos fora
dos recintos
espíritas
atingiram, na
maioria das
vezes,
resultados acima
do que
esperávamos,
demonstrando que
quando o
trabalho é feito
em equipe, com
união e
qualidade,
visando, sem
sensacionalismos,
a divulgar o
Espiritismo, a
espiritualidade
aposta no
evento,
transformando-o
em atividade de
sucesso.
O Consolador:
Que experiências
ou lições tem a
relatar destas
atividades?
É muito
gratificante
receber o
retorno do que
se faz. Já
tivemos a
oportunidade de
ler relatos na
página do GESM (www.searadomestre.com.br),
especialmente
com o
aproveitamento
que os artigos
estão tendo em
diversos lugares
no Brasil e até
no exterior.
Destaco o relato
de um leitor
que, após ler
uma história
sobre o perdão,
resolveu
esquecer-se do
orgulho,
reatando
relações com seu
irmão, com o
qual estava
brigado há
muitos anos. Só
isso já valeu
todo esforço.
O Consolador:
Sua atuação no
Movimento
Espírita
destaca-se pela
ação como
dirigente e em
atividades de
palestras
doutrinárias.
Qual sua
motivação para
desempenhá-las?
A primeira e
maior motivação
é para que eu
consiga
conquistar a
transformação
íntima,
extremamente
necessária. É
claro que, sendo
o Espiritismo
tão necessário
para mim,
certamente ele
também pode
auxiliar o
próximo. Então,
destituída de
qualquer forma
de proselitismo,
a participação
efetiva no
movimento
espírita para a
divulgação da
Doutrina Luz,
auxiliando, é um
grande fator
motivador.
O Consolador:
Como avalia a
situação atual
do Movimento
Espírita?
Com grandes
expectativas.
Olhando para o
passado,
percebemos quão
foi difícil para
os espíritas de
então trazer o
movimento com a
coesão que
encontramos
hoje. Vejo
dificuldades,
mas, acima de
tudo, enormes
possibilidades
de trabalho,
imensas
oportunidades de
servir.
Precisamos,
todos os
espíritas,
deixar um pouco
o orgulho de
lado e unir-nos
na causa maior
que é a do
Cristo.
O Consolador:
Como analisa o
momento atual da
divulgação do
Espiritismo?
O Espiritismo
vive um período
fecundo em sua
divulgação. Está
na televisão, já
apareceu como
tema em novelas,
em documentários
de abrangência
nacional.
Recentemente
vimos o sucesso
do filme sobre a
vida de Bezerra
de Menezes nos
cinemas de todo
o Brasil, com
salas repletas!
Temos inúmeros
sites de ótima
qualidade,
divulgando com
responsabilidade
o conteúdo
doutrinário. O
Conselho
Espírita
Internacional
(CEI) ai está,
ampliando os
horizontes do
Movimento
Espírita
organizado.
Então, nossa
avaliação é
muito otimista!
O Consolador:
Qual sua opinião
sobre o sucesso
de obras com
temática
espírita como o
filme sobre
Bezerra de
Menezes?
Percebemos, na
procura por
filmes com
temática
espírita e
espiritualista,
a absoluta
necessidade das
pessoas por algo
que as
“preencha”. Cada
vez mais o vazio
existencial se
faz presente no
íntimo de cada
um e o
materialismo, o
conforto físico,
as facilidades
materiais não
satisfazem o
indivíduo.
Precisamos
conquistar para
o nosso coração
os tesouros que
não possam ser
corroídos pelo
tempo, nem
possam ser
levados pelos
“ladrões”. A paz
que buscamos não
será encontrada
nas coisas do
mundo, mas é
nele que devemos
atuar com
consciência e
serenidade. Isto
explica a ávida
busca das
pessoas pelos
filmes
espiritualistas
e pelos livros
com esta mesma
temática. Aqui
vale ressaltar a
necessária
qualificação das
Casas Espíritas
e dos espíritas
para receber
este público
sedento pela
proposta
espírita.
O Consolador:
Como avalia a
importância do
estudo da
Doutrina
Espírita para os
trabalhadores e
dirigentes?
Hoje não se pode
mais conceber o
Espiritismo sem
um estudo sério
e continuado. É
fundamental,
quando se quer
divulgar uma
idéia, saber
qual é a sua
proposta.
Somente por meio
do estudo do
Espiritismo, e a
consequente
prática do
“viver Kardec”,
é que poderemos
transmitir a
doutrina com a
qualidade que
ela merece.
O Consolador:
Suas palavras
finais.
Saudamos, com
extrema alegria,
o dinamismo dos
companheiros que
coordenam esta
excelente
iniciativa que é
a revista
eletrônica
semanal O
Consolador,
que utiliza um
meio de
comunicação, a
internet, ainda
pouco explorado
na divulgação
doutrinária.
Acredito que
nós, os
espíritas,
deveríamos
sempre
contribuir com
os jornais e
revistas já
existentes,
procurando nos
unir como um
feixe de varas,
para que todos
estes veículos
se fortaleçam na
união, seja
através da sua
divulgação, de
assinaturas e
também de apoio.