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O Espiritismo responde
Ano 2 - N° 93 - 8 de Fevereiro de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
  

André Motta, de São Paulo (SP), dirigiu-nos as seguintes perguntas: 1) Já sonhei, no período da tarde, com pessoas que estavam efetivamente acordadas naqueles momentos. Como explicar tal fato? 2) Crianças que são adotadas em tenra idade, após a desencarnação, mantêm contato com a família biológica? 3) Durante o repouso físico, o Espírito sempre abandona a vestimenta carnal? 4) Em meados da década de 90, um ator/dublador brasileiro foi morto durante o sono, vítima de um projétil perdido que o atingiu na cama. Li, tempos atrás, que a desencarnação sempre ocorre com a presença do Espírito. Como explicar tal caso?

Eis, de forma resumida, as respostas, de acordo com o que nos é ensinado pela Doutrina Espírita:

1) Quando dormimos, nossa alma liberta-se temporariamente do corpo e podemos assim ter contatos com outras pessoas, encarnadas ou não, estejam estas dormindo ou acordadas. O fato se explica pela capacidade que a alma tem de emancipar-se. O chamado sonho é, então, a recordação do que se deu nesses momentos.

2) Conforme lição assinada por Emmanuel, a criança adotada não é estranha à pessoa que decidiu adotá-la. Já teria havido entre elas um relacionamento no passado e essa é a razão pela qual muitos decidem adotar uma criança que jamais viram e mesmo quando já haviam escolhido um outro tipo de pessoa, levados por um impulso que não conseguem explicar. Com respeito aos pais biológicos, pode ser que haja ou não um relacionamento anterior entre eles e a criança e, sendo assim, um contato posterior à desencarnação entre tais pessoas é perfeitamente possível.

3) Nem sempre a alma se desprende da vestimenta carnal e daí se afasta. Há aquelas que, mesmo durante o sono, parecem que dormem ao lado do corpo. Mas certamente isso deve abranger um pequeno número dentre os encarnados.

4) Não é a desencarnação mas, sim, o perigo que ameaça a vida de uma pessoa que faz com que sua alma volte e assista ao ato que lhe provocará a morte corpórea. E esse retorno ao local dos acontecimentos não se dá apenas nesses casos, mas em outras situações também, como Kardec já observou em artigo publicado na Revista Espírita.

Finalmente, é bom que o leitor saiba que usamos o vocábulo alma quando nos referimos ao ser espiritual encarnado, e Espírito quando nos referimos ao ser desencanado.

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita