ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(Parte
13)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A Alma é
Imortal, de Gabriel
Delanne, conforme
tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Os Espíritos podem
ver a si mesmos num
espelho normalmente
usado pelos encarnados?
R.: Não. Conforme Kardec
consignou na Revista
Espírita, o Espírito
do Dr. Vignal informou
que não podia ver a si
mesmo num espelho, sem a
operação pela qual o
Espírito se torna
tangível. (A Alma é
Imortal, págs. 146 e
147.)
B. Os pesquisadores dos
fenômenos espíritas
também relatam
comunicações mediúnicas
transmitidas por
Espíritos encarnados?
R.: Sim. O fato foi
relatado por diversos
pesquisadores, a exemplo
de Alexandre Aksakof,
Hardinge Britten e o Sr.
Damiani. (Obra
citada, págs. 147 a
152.)
C. Qual é o fenômeno que
apresenta, segundo
Delanne, o mais alto
ponto de objetividade da
ação extracorpórea do
homem?
R.: É o chamado fenômeno
de materialização do
duplo de pessoas vivas,
o qual, na opinião de
Delanne, apresenta o
mais alto ponto de
objetividade da ação
extracorpórea do homem,
visto que se traduz por
efeitos intelectuais,
físicos e plásticos.
(Obra citada, págs. 152
a 155.)
Texto para leitura
129. Kardec consigna na
Revista Espírita
muitos exemplos de
comunicações de pessoas
vivas, como a do
Espírito do Dr. Vignal
que, espontaneamente,
deu por um médium
escrevente pormenores
sobre esse modo de
manifestação.
Descrevendo como
percebia a luz, as cores
e os objetos materiais,
Dr. Vignal informou que
não podia ver a si mesmo
num espelho, sem a
operação pela qual o
Espírito se torna
tangível, e comprovou a
sua individualidade pela
existência do
perispírito, que -
embora fluídico - tinha
para ele a mesma
realidade que o seu
envoltório material.
(Págs. 146 e 147)
130. Em outra
comunicação relatada
pela Revista
Espírita, a srta.
Indermulhe, surda e muda
de nascença, consegue
exprimir com clareza
seus pensamentos. Por
certas particularidades
características que
estabelecem a sua
identidade, um irmão a
reconheceu. Pode-se,
portanto, evocar o
Espírito de um cretino
ou o de um alienado e
convencer-se
experimentalmente de que
o princípio pensante, o
seu Espírito, não é
louco. É o corpo que se
acha enfermo e não
obedece por isso às
volições da alma, donde
dolorosa e horrível
situação que constitui
uma das mais temíveis
provas. (Pág. 147)
131. Alexandre Aksakof
também relata em sua
obra acima citada
numerosos casos de
encarnados
manifestando-se a amigos
ou a estranhos pelos
processos espiríticos.
Eis alguns desses casos
mencionados neste livro
por Delanne: I) O
conhecido escritor russo
Wsevolod Solowiof conta
que freqüentemente sua
mão era presa de uma
influência estranha à
sua vontade e, então,
escrevia com extrema
rapidez e clareza, mas
da direita para a
esquerda, de sorte a não
se poder ler o escrito
senão colocando-o diante
de um espelho ou por
transparência. II) Um
dia, sua mão escreveu o
nome Vera, uma
prima que o avisou de
que teriam um encontro
no dia seguinte, no
Jardim de Verão. À
família, a jovem disse
ter visitado seu primo
em sonho e anunciado o
encontro que teriam, o
que efetivamente se deu.
III) A srta. Sofia
Swoboda, julgando estar
na presença de sua
professora, a sra. W...,
transmitiu-lhe, sem
saber, uma mensagem, no
momento em que a
professora tomara do
lápis para tentar um
contato com seu defunto
marido. No dia seguinte,
Sofia reconheceu não só
a sua caligrafia como o
assunto que ficou
registrado na mensagem
psicografada pela
professora. (Págs.
147 a 149)
132. Exemplos de
Espíritos de pessoas
vivas manifestando-se
pela incorporação são
referidos pela conhecida
escritora Hardinge
Britten e pelo sr.
Damiani. (Pág. 151)
133. Conta a sra.
Britten que, numa sessão
realizada em casa do sr.
Cuttler, em 1853, um
médium feminino pôs-se a
falar em alemão, embora
ignorasse completamente
esse idioma. A
individualidade que por
ela se manifestava
dizia-se mãe da srta.
Brant, jovem alemã que
se achava presente.
Passado algum tempo, um
amigo da família, vindo
da Alemanha, trouxe a
notícia de que a sra.
Brant, após prolongado
sono letárgico
decorrente de séria
enfermidade, declarara,
ao despertar, ter estado
com a filha num aposento
espaçoso, na América.
(Pág. 151)
134. O sr. Damiani diz,
a seu turno, que nas
sessões da baronesa
Cerrapica, em Nápoles,
receberam-se muitas
vezes comunicações
provindas de pessoas
vivas, como se deu com o
Dr. Nehrer, que vivia na
Hungria e se comunicou
com ele por intermédio
da baronesa. (Págs.
151 e 152)
135. O capítulo é
encerrado com o relato
de vários casos de
materializações de
duplos de pessoas vivas,
fenômeno esse que
apresenta, segundo
Delanne, o mais alto
ponto de objetividade da
ação extracorpórea do
homem, visto que se
traduz por efeitos
intelectuais, físicos e
plásticos. (Pág. 152)
136. Eis alguns dos
casos relatados por
Delanne: I) Nas
experiências realizadas
em presença do prof.
Mapes, este pôde
comprovar o
desdobramento do braço e
das mangas do médium.
II) Diz o sr. Cox que,
enquanto uma corrente
elétrica permanecia
jungida ao médium, uma
forma humana completa
foi vista por todos: era
a forma da sra. Fay,
integral, com sua
cabeleira, seu porte,
seu vestido de seda
azul, seus braços nus
até ao cotovelo,
adornados com braceletes
de finas pérolas. III)
Nas experiências feitas
com Eusápia Paladino foi
possível comprovar-se
materialmente o seu
desdobramento. (Págs.
152 a 154)
137. A par das
narrativas dos
sonâmbulos e dos
videntes, as
comunicações dos
Espíritos, confirmadas
pelas fotografias e
pelas materializações de
vivos e de
desencarnados, atestam
que a alma tem sempre
uma forma fluídica.
(Pág. 155)
(Continua no próximo
número.)