– Como deve
processar-se
a
doutrinação
dos
desencarnados
nas reuniões
mediúnicas?
Raul
Teixeira:
A
doutrinação,
ou
esclarecimento,
dirigida aos
companheiros
desencarnados
que se
apresentam
nas reuniões
de
intercâmbio
mediúnico,
deve ser
processada
dentro de um
clima de
entendimento
e respeito,
estando
certo o
doutrinador,
ou
esclarecedor,
de estar
dialogando
com um ser
humano, cuja
diferença
mais notável
é a de estar
o Espírito
despojado do
corpo
físico.
Refletindo
sobre tal
verdade, o
doutrinador
não ignorará
que o
desencarnado
continua com
possibilidades
de sentir
simpatia ou
antipatia,
de nutrir
amor ou
ódio,
alegria ou
tristeza,
euforia ou
depressão.
Que ele pode
ainda ser
lúcido ou
embotado,
zombeteiro,
leviano,
emotivo ou
frio de
sentimentos.
A
doutrinação,
a partir
dessa
reflexão, se
desenvolverá
como um
diálogo com
outro ser
humano,
quando pelo
menos um dos
conversadores
é nobre e
atencioso.
Assim,
evitar-se-ão,
por parte do
doutrinador,
ameaças,
chantagens,
irritação ou
desdém.
Em tudo, o
bom senso. O
doutrinador
deixa a
entidade
falar, dizer
a que veio,
o que
deseja, e,
daí, vai
conversando,
perguntando
sem
agressão,
chamando o
desencarnado
à meditação,
à
compreensão,
admitindo,
contudo, que
nem sempre
será tarefa
muito fácil
ou imediata,
como entre
pessoas
encarnadas
que têm
dificuldade
de entender
as coisas,
por
múltiplas
razões, e
passam
longos meses
ou mesmo
anos, às
vezes, para
reformar uma
opinião ou
abrir mão de
determinados
costumes ou
procedimentos.