Corporativismo
misoneísta
“E,
chamando-os,
disseram-lhes
que
absolutamente
não
falassem,
nem
ensinassem,
em nome
de
Jesus” (Atos
dos
Apóstolos,
4:18).
Em
linguagem
atual,
poderíamos
chamar
de “formação
de quadrilha”, tal
o
corporativismo
formado pelos sacerdotes,
saduceus
e
fariseus,
ao tempo de Jesus...
Misoneístas
por excelência
tinham
verdadeiro
horror
a
tudo
que
ameaçasse
o
status
quo
vigente,
no qual se locupletavam. (1)
Era
público
e
notório
– e
até
mesmo
reconhecido
pelos
sacerdotes,
saduceus
e
fariseus
– o
poder
exercido
por
Jesus e, depois de Sua morte, o poder dos Apóstolos exercido em
Seu nome...
Fatos
além
da
compreensão
daquela
caterva
de
malfeitores
travestidos
de
religiosos
aconteciam
à
luz
do
dia
sob
o
influxo
do
nome
de
Jesus...
Pedro e
João,
em
especial,
eram
considerados
pedras
nas sandálias dos sacerdotes
e
seus
esbirros.
Para
aflição
deles,
ambos
subiam –
rotineiramente
– ao Templo de Salomão, à hora
nona, para orar. Numa dessas ocasiões, depararam-se com um coxo de nascença, que há mais de
quarenta
anos
esmolava
junto
à Porta Formosa
do
exuberante
símbolo
da
religiosidade
judaica, que lhes
implorou
um
auxílio...(2)
Pedro,
com João, fitando os olhos nele, disse: “olha para nós”... Imaginando que
ia
ganhar
uma
esmola,
o
pobre homem
encarou-os.
Mas
Pedro
disse:
“Não
tenho
prata
nem
ouro; mas o que tenho, isso
te dou: em
nome de Jesus
Cristo,
o
Nazareno,
levanta-te
e anda”.
E o
coxo
ficou
curado –
instantaneamente
– para assombro da multidão que já se acotovelava... Naquela
oportunidade,
quase cinco
mil pessoas
se
converteram
à
fé
cristã.
Enciumada
e
invejosa,
a
súcia
formada
pelos
sacerdotes,
fariseus e saduceus os meteu na prisão. Mas não ficaram
lá muito
tempo...
Era
inegável
e
gritante
a
supremacia
de Pedro
e João!
E isso enfurecia – ainda
mais – os “donos”
da
verdade,
que pelo menos tinham a dignidade
de
reconhecer-lhes
a
superioridade.
Aqueles
sucessos lhes abalavam o poder, visto que
operavam
em
nome
d`Aquele
que
haviam
condenado
há
não muito tempo.
Outro
fato
que
deixava
aquela
malta
de bandidos perplexa
era o poder
de
persuasão
exercido
por
criaturas
totalmente
incultas,
tais
como
Pedro e
João,
pescadores rudes...
Mas
o
ex-coxo
estava
ali, diante deles, totalmente
curado
após
uma
Vida
inteira de limitações! Contra fatos, que fazer?!...
Preferindo
a
comodidade
das
trevas
em que
estagnavam,
admoestaram
os
discípulos
de
Jesus,
ordenando-lhes
que não ensinassem mais
em Seu
nome. É
evidente que
Pedro e
João
fizeram
ouvidos moucos ao desesperado e acintoso
apelo
dos
integrantes
daquele corporativismo misoneísta.
Hoje
em
dia
não é lá
muito diferente!...
O
alvo predileto
desse
corporativismo
das trevas, ainda vivo e atuante,
constituído
por
pseudo-religiosos,
é o Espiritismo, o Cristianismo
Redivivo, que
continua
lhes
causando
o mesmo incômodo.
Portanto,
os
espíritas
cristãos,
tal
como Pedro e João,
não
podemos
– de
forma
alguma –
abandonar,
descoroçoados,
o
eito testemunhal do serviço
espiritista,
visto
que aquele
que “perseverar até o fim
receberá
a
coroa
da
Vida”.
Assim
como
o
paleocristianismo,
o Espiritismo veio
para ficar eternamente entre
nós, fazendo-nos recordar os ensinos messiânicos e ensinando-nos todas as coisas tal como o prometido por
Jesus.
Referências:
(1)
Misoneísmo
é a
tendência
de
espírito
ou
atitude
sistemática
de
hostilidade
à
inovação,
à
mudança
(nos
hábitos,
ou
padrões
estabelecidos).
(2) Atos
dos
Apóstolos,
3:1 a 26
e 4:1 a
22.