WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
A
caridade ampla
“A caridade,
segundo Jesus,
não se restringe
à esmola, mas
abrange todas as
relações com os
nossos
semelhantes,
quer se trate de
nossos
inferiores,
iguais ou
superiores”.
(Allan Kardec,
questão 886, de
O Livro dos
Espíritos.)
Com bastante
frequência,
ouvimos
comentários
informando que a
caridade é a
distribuição de
alimento,
roupas, calçados
e outros, aos
pobres. Via de
regra, quando se
fala em ser
caridoso, logo
se imagina a
possibilidade de
ofertar algo de
material a quem
esteja passando
por alguma
dificuldade.
Sem dúvida,
socorrer aqueles
que,
momentaneamente,
sofrem pela
escassez
material, é um
gesto de
fraternidade e
altruísmo, que
tem o seu real
valor, haja
vista a alegria
e a satisfação
que vislumbramos
nos semblantes
daqueles que são
atendidos em
suas
necessidades
básicas, mas a
caridade não se
resume
tão-somente
nesses gestos,
obviamente é
muito mais
abrangente e
alcança
horizontes bem
mais amplos.
Fazemos caridade
quando iniciamos
o nosso dia de
bom humor,
cumprimentando
alegremente
nossos
familiares,
irradiando
otimismo e
esperanças por
onde passamos.
Fazemos caridade
quando damos
atenção aos
nossos filhos,
especialmente
quando pequenos,
pois que estão à
procura de um
norte, de um
caminho que
possa
conduzi-los a um
oásis de paz e
equilíbrio.
Fazemos caridade
quando
exemplificamos
respeito,
dignidade e
honradez,
principalmente
dentro do lar,
pois a nossa
posição de
firmeza e
retidão de
caráter servirá
como referencial
àqueles que
convivem
conosco.
Fazemos caridade
quando sabemos
calar a uma
ofensa,
silenciar uma
fofoca ou
neutralizar uma
crítica
infundada, não
permitindo que o
negativismo e a
maledicência
prossigam
semeando a
infelicidade e o
sofrimento.
Fazemos caridade
quando
acariciamos uma
criança órfã, ou
que vive em
lares onde a
indiferença e o
abandono
campeiam à
solta,
mostrando-lhe o
lado bom da
vida, como que a
informar-lhe
sobre a
possibilidade de
tudo um dia
mudar.
Fazemos caridade
quando
conseguimos
algum tempo para
ouvir as queixas
de quem passa
por sérios
problemas
existenciais, e
que naquele
instante parece
não encontrar
soluções para as
dores que o
atormenta.
Fazemos caridade
quando sabemos
compreender um
familiar em
desequilíbrio,
que apresenta os
sintomas da
cólera,
irritabilidade
ou da violência,
tratando-o com
paciência e
tolerância.
Fazemos caridade
quando
trabalhamos além
das horas
destinadas ao
labor
profissional,
canalizando
parte do nosso
tempo de
descanso em
favor daqueles
que estendem as
mãos em súplicas
silenciosas,
aguardando, de
nossa parte, um
gesto de carinho
ou uma palavra
de compreensão.
Fazemos caridade
quando vivemos
com otimismo, e,
mesmo nos
instantes mais
difíceis,
continuamos a
disseminar uma
mensagem de
esperança e
determinação.
Fazemos caridade
quando
demonstramos
nossa plena
convicção no
amor divino,
nossa resignação
ante situações
que não podem
ser mudadas no
momento, ou
quando agimos
como verdadeiros
e autênticos
cristãos.
Como podemos
perceber, a
caridade é muito
ampla,
abrangente e,
para que vivamos
bem,
imprescindível
se torna que a
compreendamos em
toda a sua
extensão,
exercitando-a
com frequência.