ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(Parte
14)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A Alma é
Imortal, de Gabriel
Delanne, conforme
tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Que fato – que seria
muito tempo depois
confirmado pela
fotografia kirlian – foi
comprovado e descrito
pelo Sr. de Rochas?
R.: O corpo humano, como
foi demonstrado pelo Sr.
de Rochas, emite
eflúvios de coloração
variável, conforme os
pacientes. (A Alma é
Imortal, págs. 156 a
161.)
B. Quando o Sr. de
Rochas obteve a primeira
fotografia de um
sensitivo exteriorizado?
R.: Foi em 30-7-1892,
com a utilização na
experiência de uma chapa
de bromo-gelatina e,
como sensitiva, a Sra.
Lux. (Obra citada,
pág. 162.)
C. Alguma coisa de
natureza física que se
faça ao duplo
materializado pode
repercutir no corpo
material do médium?
R.: Sim. No seu tratado
de Magia Prática,
Papus refere o caso de
um oficial russo que,
presa de obsessão,
lançou-se de espada em
punho sobre a aparição e
lhe fendeu a cabeça. O
ferimento feito no
perispírito se
reproduziu na mulher
causadora do fenômeno,
que, devido a isso,
acabou morrendo. Dassier
cita muitos casos
semelhantes extraídos
dos arquivos judiciários
da Inglaterra. O caso
Joana Brooks é um deles.
Quando alguém disse que
estava vendo o Espírito
de Joana, então
desdobrada, um dos
presentes saltou e deu
um golpe de punhal no
lugar indicado. O
vidente disse que a
mulher ficara ferida na
mão. Indo no dia
seguinte à casa da
feiticeira, eles
verificaram que ela
estava realmente ferida.
(Obra citada, pág.
165.)
Texto para leitura
138. O Sr. de Rochas
chegou a estabelecer a
objetividade da luz
ódica, que o barão de
Reichenbach atribuía a
todos os corpos cujas
moléculas guardam uma
orientação determinada.
As experiências feitas
até então indicavam que
os eflúvios poderiam ser
devidos unicamente às
vibrações
constitucionais dos
corpos, transmitindo-se
ao éter ambiente.
(Pág. 156)
139. O corpo humano -
segundo de Rochas -
também emite eflúvios de
coloração variável,
conforme os pacientes.
(Pág. 156)
140. Após reportar
algumas experiências
descritas pelo Sr. de
Rochas, Delanne admite,
por hipótese, que a
característica essencial
dos movimentos
vibratórios é a
interferência, isto
é, a produção, por
efeito da combinação das
ondas, de faixas de
movimentos, em que as
vibrações são máximas, e
faixas de repouso, nas
quais o movimento
vibratório é nulo, ou
mínimo. (Pág. 158)
141. A força nervosa, em
vez de se espalhar pelo
ar e dissipar-se,
distribui-se em camadas
concêntricas ao corpo. É
preciso, pois, que uma
força a retenha,
porquanto, desde que
normalmente ela se escoa
pela extremidade dos
dedos, do mesmo modo que
a eletricidade pelas
pontas, forçosamente se
perderia no meio
ambiente, se não
existisse um envoltório
fluídico para retê-la.
(Pág. 159)
142. No estado normal, a
força nervosa circula no
corpo, pelos condutos
naturais, os nervos, e
chega à periferia pelas
mil ramificações
nervosas que se estendem
por baixo da pele. Sob a
influência do
magnetismo, o
perispírito se
exterioriza mais ou
menos, isto é, irradia
em volta de todo o seu
corpo e a força nervosa
se espalha no envoltório
fluídico e aí se propaga
em movimentos
ondulatórios. (Págs.
159 e 160)
143. Vimos que os
fantasmas de vivos
falam, o que implica a
existência neles, além
dos órgãos da palavra,
de certa quantidade de
força viva, cuja
presença é também
atestada por
deslocamentos de objetos
materiais, como o abrir
e fechar uma porta,
agitação de campainhas,
etc. (Pág. 161)
144. É necessário,
portanto, que eles tirem
essa força de qualquer
parte. Em tais casos,
tiram-na provavelmente
de seus corpos
materiais, visto que,
segundo ensina Kardec, a
alma, quando se
desprende, seja durante
o sono, seja nos casos
de bicorporeidade,
permanece ligada sempre
ao seu envoltório
terreno por um laço
fluídico. (Pág. 161)
145. O Sr. de Rochas
observou que, se se
fizer que uma zona
luminosa, isto é,
sensível, de um paciente
exteriorizado atravesse
um copo d’ água, a água
existente no copo se
iluminará rapidamente em
toda a sua massa,
desprendendo-se dela, ao
fim de algum tempo, uma
espécie de fumaça
luminosa. Ainda mais:
tomando-se desse copo e
transportando-o a certa
distância, ele observou
que o paciente se
conservava sensível, ou
seja, que se ressentia
de todos os toques
feitos na água, embora
àquela distância já não
restassem vestígios de
camadas sensíveis.
(Pág. 161)
146. De Rochas pesquisou
depois sobre quais
substâncias armazenam a
sensibilidade,
verificando serem quase
sempre as mesmas que
guardam os odores: os
líquidos, os corpos
viscosos, sobretudo os
de origem animal, como a
gelatina e a cera, o
algodão, os tecidos de
malhas frouxas ou que se
desfiam, como os veludos
de lã, etc. (Pág.
161)
147. Foi a partir dessas
experiências que ele
teve a intuição de
fotografar os
sensitivos,
primeiramente despertos,
depois adormecidos, sem
estarem exteriorizados,
e por fim adormecidos e
exteriorizados. A
primeira fotografia ele
a fez em 30-7-1892,
utilizando na
experiência uma chapa de
bromo-gelatina e, como
sensitiva, a Sra.
Lux. (Pág. 162)
148. Na terceira
situação - estando a Sra
Lux adormecida e
exteriorizada - a chapa
utilizada permaneceu
algum tempo em contacto
com o corpo da
sensitiva, dentro do
chassis, antes de posta
na máquina. Picando com
um alfinete a primeira
chapa, ela nada sentiu.
Picando a segunda,
sentiu um pouco. Na
terceira, a sensitiva
sentiu vivamente e tudo
isso poucos instantes
após a operação.
Repetindo a experiência
no dia 2 de agosto, de
Rochas verificou que a
primeira chapa nada
produziu; a segunda
produziu alguma coisa;
mas a terceira chapa,
embora já revelada,
continuava tão sensível
quanto no dia 30 de
julho. Ao perfurar a
chapa com dois golpes
fortes na imagem de uma
das mãos, a Sra
Lux fez logo uma
contração e soltou
gritos de dor, embora
estivesse a dois metros
de distância e nada
visse. (Pág. 162)
149. Comentando o
assunto, Delanne atesta
que as experiências do
Sr. de Rochas foram
verificadas também pelo
Dr. Luys e pelo Dr. Paul
Joire, tendo este
concluído que a
exteriorização da
sensibilidade é um
fenômeno real, de forma
nenhuma dependente de
sugestão, conforme fora
insinuado pelo Dr.
Mavroukakis. (Pág.
163)
150. Na sequência,
Delanne transcreve um
caso em que a
clarividente Adèle
Maginot, ao ver certa
pessoa que se encontrava
distante num país muito
quente, sentiu no
próprio rosto o efeito
produzido pelo sol, um
fato de repercussão
sobre o corpo da ação
exercida sobre o
perispírito que, segundo
Delanne, já fora
observado inúmeras
vezes. (Págs. 163 e
164)
151. O Sr. Aksakof, em
experiência realizada
com Kate Fox, observou
certa vez que,
enfulijada a mão
fluídica da médium, a
fuligem foi transportada
para os seus dedos
materiais, que estavam
imobilizados pelo
pesquisador. (Pág.
165)
152. No seu tratado de
Magia Prática,
Papus refere o caso de
um oficial russo que,
presa de obsessão por
uma individualidade
encarnada, lançou-se de
espada em punho sobre a
aparição e lhe fendeu a
cabeça. O ferimento
feito no perispírito se
reproduziu na mulher
causadora do fenômeno,
que, devido a isso,
acabou morrendo.
(Pág. 165)
153. Dassier cita muitos
casos semelhantes
extraídos dos arquivos
judiciários da
Inglaterra. O caso Joana
Brooks é um deles.
Quando alguém disse que
estava vendo o Espírito
de Joana, então
desdobrada, um dos
presentes saltou e deu
um golpe de punhal no
lugar indicado. O
vidente disse que a
mulher ficara ferida na
mão. Indo no dia
seguinte à casa da
feiticeira, eles
verificaram que ela
estava realmente ferida.
(Pág. 165)
(Continua no próximo
número.)