–
Será
plausível
que se
desenrole a
doutrinação
de
desencarnados
por meio de
uma pequena
palestra, em
que o
doutrinador
possa
expressar-se
como quem
faz uma
conclamação?
Raul
Teixeira:
O
doutrinador
dispensará
sempre os
discursos
durante a
doutrinação,
entendendo-se
aqui
discurso não
como a linha
ideológica
utilizada,
mas, sim, a
falação
interminável,
que não dá
ensejo à
outra parte
de se
exprimir, de
se explicar.
Muitas
vezes, na
ânsia de ver
as entidades
esclarecidas
e renovadas,
o
doutrinador
se perde
numa
excessiva e
cansativa
cantilena,
de todo
improdutiva
e enervante.
O diálogo
com os
desencarnados
deverá ser
sóbrio e
consistente,
ponderado e
clarificador,
permitindo
boa
assimilação
por parte do
Espírito e
excelente
treino
lógico para
o
doutrinador.
–
Pode-se
dizer que a
responsabilidade
do
doutrinador
é do mesmo
nível da dos
demais
médiuns
participantes
da sessão?
Raul
Teixeira:
É
quase o
mesmo que
indagar se a
responsabilidade
do timoneiro
é a mesma da
tripulação
de um navio.
O Livro dos
Médiuns,
no seu item
331
(capítulo
29º), na
palavra
esclarecida
de Allan
Kardec,
assevera que
“a reunião é
um ser
coletivo”.
Em sendo
assim, não
poremos
dúvida de
que todos
são
grandemente
importantes
no
desenrolar
da sessão.
Sem laivos
de dúvida,
as
responsabilidades
se
equiparam,
sendo que
cada qual
estará
atendendo às
suas
funções, mas
todas são do
mesmo modo
importantes.
Se o timão
estiver bem
conduzido e
a casa de
máquinas mal
cuidada ou
relaxada,
poderão
decorrer
graves
acidentes. O
contrário
também
ensejaria
sérias
consequências.
Assim,
médiuns,
doutrinadores,
aplicadores
de passes
precisarão
estudar e
renovar-se,
para melhor
atender aos
seus
deveres.