ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(Parte
16)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A Alma é
Imortal, de Gabriel
Delanne, conforme
tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Que é que o Sr. de
Bodisco, camareiro do
czar da Rússia, obteve
ao fotografar Espíritos
materializados?
R.: Quatro fotografias
tirou o Sr. de Bodisco,
mostrando fases diversas
da materialização, desde
aquela em que a aparição
astral cerca o médium,
até a da condensação de
uma forma, vendo-se a
seu lado o médium em
letargia. (A Alma é
Imortal, págs. 179 e
180.)
B. A médium Florence
Cook já havia trabalhado
com outros pesquisadores
antes de conhecer
William Crookes? Em que
data o o Espírito de
Katie King se
materializou pela
primeira vez?
R.: Sim. Quando Crookes
conheceu a Srta.
Florence Cook, já havia
muito tempo que Katie se
materializava. Foi em 22
de abril de 1872, quando
a médium contava apenas
dezesseis anos, que
Katie King se
materializou pela
primeira vez. (Obra
citada, págs. 182 a
185.)
C. No início, Katie King
não podia mostrar-se sob
uma luz mais forte. Que
fato ocorreu nessa época
quando os pesquisadores
aumentaram as luzes no
ambiente?
R.: Quando a equipe
decidiu aumentar a
claridade, Katie pôs-se
de pé junto à parede e
abriu os braços em cruz,
aguardando a sua
dissolução. Acenderam-se
três bicos de gás e
Katie resistiu apenas
por um instante à
claridade. Em seguida,
todos viram-na
fundir-se, como uma
boneca de cera exposta
ao fogo. (Obra
citada, págs. 185 a
188.)
Texto para leitura
164. Após transcrever
uma experiência notável
registrada por Aksakof
em sua obra citada,
Delanne reporta-se às
experiências de
materialização feitas
pelo Sr. de Bodisco,
camareiro do czar, o
qual entendia que o
corpo astral é, na
natureza, o mais
importante de todos os
corpos. “Ele constitui -
asseverou o Sr. de
Bodisco - a única parte
imperecível do
corpo humano. É o
zooéter, ou matéria
primordial, ou força
vital.” (Pág. 179)
165. Quatro fotografias
tirou o Sr. de Bodisco,
mostrando fases diversas
da materialização, desde
aquela em que a aparição
astral cerca o médium,
até a da condensação de
uma forma, vendo-se a
seu lado o médium em
letargia. (Págs. 179
e 180)
166. A respeito dos
fenômenos de
materialização, que
constituem, segundo o
autor, as mais altas e
irrefragáveis
demonstrações da
imortalidade, Delanne
recomenda se consultem:
Animismo e
Espiritismo, de
Aksakof; Ensaio de
Espiritismo Científico,
de Metzger; Depois da
Morte, de Léon
Denis, e Psiquismo
Experimental, de
Erny. (Pág. 180)
167. Os fatos de
materialização mais
célebres se deram,
porém, com a médium
Florence Cook,
instrumento de que
serviu o Espírito Katie
King, examinado, entre
outros, pelo renomado
químico inglês Sir
William Crookes.
(Pág. 180)
168. Um erro que,
todavia, se comete é
pensar que Katie King
foi examinada apenas por
Crookes. Na verdade,
quando ele pôde
verificar a mediunidade
da Srta. Cook, já havia
muito tempo que Katie se
materializava. Foi em 22
de abril de 1872, quando
a médium contava apenas
dezesseis anos, que
Katie King se
materializou pela
primeira vez, embora
parcialmente. Na
reunião, ela trouxe
também algumas folhas
frescas de hera, planta
que não existia no
jardim da casa. (Pág.
182)
169. No dia 25 de abril
seguinte, o Sr. Harrison
- a convite de Katie
King - se fez presente à
reunião, que foi
realizada em casa do Sr.
Cook, pai da médium, da
qual fez ele uma
reportagem publicada no
seu jornal, The
Spiritualist. A
médium não estava
adormecida, pois o Sr.
Harrison ouviu
nitidamente o diálogo
que Katie e ela travaram
no início da sessão.
Vê-se por esse diálogo
que a aparição não era o
duplo da médium e que a
vontade consciente da
Srta. Cook parecia
opor-se ao desejo do
Espírito de
manifestar-se
visivelmente. (Pág.
183)
170. O Sr. Harrison pôde
apreciar, em sessões
ulteriores, o
desenvolvimento do
fenômeno. Nessa época, a
médium permanecia quase
sempre acordada,
enquanto se achava
presente o Espírito.
Depois, Katie não mais
apareceu sem que Cook
estivesse em transe.
(Pág. 184)
171. Para assegurar a
veracidade dos fatos,
muitos controles foram
utilizados nas
experiências com a Srta.
Cook. Certa vez, suas
mãos foram atadas, sendo
postos selos de cera
sobre os nós. Katie
mostrou-se, então, com
as mãos inteiramente
livres. Muitas
fotografias de Katie,
completamente
materializada, foram
então obtidas. (Pág.
185)
172. Um fato digno de
nota, diz Delanne, é que
todas as sessões da
Srta. Cook se realizavam
gratuitamente. A médium
não precisava, porém,
preocupar-se com o seu
sustento, porquanto
desde os primórdios de
suas faculdades
mediúnicas o Sr.
Blackburn, de
Manchester, concedeu-lhe
importante dote que lhe
assegurou a
subsistência. (Pág.
185)
173. Foi na primavera de
1873 que se obtiveram as
primeiras fotografias de
Katie King. Delanne
descreve os cuidados que
os experimentadores
tiveram para evitar a
possibilidade de fraude
nessas sessões. (Págs.
185 a 187)
174. Diz a Sra
Florence Marryat que um
dia perguntaram a Katie
por que não podia
mostrar-se sob uma luz
mais forte, pois ela só
permitia aceso um bico
de gás e assim mesmo com
a chama muito baixa.
Katie pareceu irritada
com a pergunta e disse
que não sabia por que
não podia suportar uma
luz mais intensa. Se
eles duvidavam disso,
que acendessem as luzes
e veriam o que
ocorreria. (Pág. 187)
175. A equipe decidiu,
no entanto, aumentar a
claridade, com o
consentimento de Katie.
Ela pôs-se então de pé
junto à parede e abriu
os braços em cruz,
aguardando a sua
dissolução. Acenderam-se
três bicos de gás e
Katie resistiu apenas
por um instante à
claridade. Em seguida,
todos viram-na
fundir-se, como uma
boneca de cera exposta
ao fogo. (Pág. 188)
176. Coisa curiosa! Com
o exercício o Espírito
adquiriu maior força,
pois que William Crookes
pôde, depois, bater mais
de quarenta chapas com
auxílio da luz elétrica.
(Pág. 188)
(Continua no próximo
número.)