12. Estando em viagem, o
Sr. Delanne (pai do
notável escritor Gabriel
Delanne, então uma
criança) conta que
evocou em Lille sua
esposa, que ficara em
Paris. O diálogo mantido
por Delanne e a alma De
sua mulher é descrito na
Revue, acrescido
da informação de que os
fatos narrados na
conversa foram depois
devidamente confirmados.
(PP. 20 a 23)
13. A
Revue reporta-se
a uma terrível tragédia
ocorrida em Dalton (EUA)
em que um jovem negro
foi sumariamente julgado
e levado à forca. Dizem
os jornais que enquanto
o corpo do rapaz se
debatia nas convulsões
da morte era vítima dos
insultos e violências
dos espectadores, que
lhe deram vários tiros
de pistola, aumentando
assim a tortura da
morte. Ébria de cólera,
a multidão arrastou o
corpo pelas ruas de
Dalton e, depois de
percorrida a vila em
todos os sentidos,
dirigiu-se para a frente
de uma igreja de negros,
onde o cadáver foi
mutilado e queimado numa
enorme fogueira. Uma
mensagem recebida na
Sociedade Espírita de
Paris comentou o fato e
as consequências de
tanta ferocidade. (PP.
23 a 25)
14. Sanson (Espírito),
lembrando a proximidade
do inverno, concita os
espíritas a que,
aproveitando seus
instantes livres,
visitem e ajudem os que
passam por privações e
necessidades de ordem
física ou moral. (PP. 25
e 26)
15. A
lei do progresso é
tratada por um Espírito
protetor, que diz que em
certas épocas -- isto é,
em momentos previstos,
designados -- surge um
homem que abre uma via
nova à Humanidade. “Por
vezes - diz o
comunicante - tal
homem é o último entre
os humildes, entre os
pequenos; contudo
penetra nas altas
esferas do
desconhecido.” (PP. 26 e
27)
16. Na seção de
Bibliografia a Revue
noticia o
lançamento do livro
“A Pluralidade dos
Mundos Habitados”,
onde Camille Flammarion,
do Observatório Imperial
de Paris e membro da
Sociedade Espírita de
Paris, apresenta seus
estudos sobre a
habitabilidade das
terras celestes
discutidos do ponto de
vista da Astronomia e da
Filosofia. (PP. 28 a 31)
17. A
Revue informa
ter aberto uma lista em
favor dos operários de
Rouen, a cujos
sofrimentos - diz a
nota - ninguém pode
ficar indiferente.
Convidando o leitor a
contribuir com seu
auxílio, a nota informa
que vários grupos e
sociedades espíritas já
haviam enviado, até
aquele momento, o
produto de sua
arrecadação. (P. 32)
18. Novo artigo - o
terceiro - sobre os
possessos de Morzine
abre a edição de
fevereiro e nele Kardec
refere vários casos de
obsessão e os meios
utilizados no tratamento
realizado, ressaltando
sempre o inconveniente
de nos entregarmos às
evocações sem
conhecimento de causa e
sem objetivo sério. (PP.
33 a 35)
19. A
Revue transcreve
um dos casos, verificado
com a mulher de um
marinheiro radicado em
Boulogne-sur-Mer, a qual
se encontrava nos
últimos quinze anos sob
o domínio de uma triste
subjugação. Quase todas
as noites, despertada
por volta de meia-noite,
a mulher era atirada
fora do leito, por vezes
seminua, e obrigada a
sair de casa e correr
pelo campo. Após marchar
por duas ou três horas,
somente ao parar ela
tomava consciência de
seu ato, e nem mesmo
orar ela conseguia,
porquanto, ao tentar
fazê-lo, suas ideias se
misturavam a coisas
bizarras e até sujas.
(P. 35)
20. Kardec reconhece que
em certos casos de
perturbação a causa pode
ser puramente material,
mas há outros em que a
intervenção de uma
inteligência oculta é
evidente, pois que,
combatendo essa
inteligência, para-se o
mal, ao passo que
atacando apenas a
suposta causa material
nada se consegue. (P.
36)
21. Uns - lembra o
Codificador -
atribuem essa ação aos
demônios; o Espiritismo
a atribui a Espíritos,
às vezes tão malvados
quanto os supostos
demônios, mas a quem o
futuro não está fechado
e que se melhorarão à
medida que neles se
desenvolver o senso
moral, na sucessão das
existências corpóreas.
(P. 37)
(Continua no próximo
número.)