Brasil
Pedro de Alcântara
Sopra o vento do Ódio e
da Vingança,
Aniquilando a Paz do
mundo inteiro,
Embora o Amor Divino do
Cordeiro
Seja a fonte da
Bem-aventurança.
Mas a terra ditosa da
Esperança
Vive nas claridades do
Cruzeiro,
Onde o Evangelho é o
Doce Mensageiro
Das bênçãos da Verdade e
da Bonança.
Meu Brasil, guarda a luz
dessa vitória,
Que é o mais belo florão
de tua glória
Nos caminhos da
espiritualidade.
Ama a Deus. Faze o bem.
Todo o problema
Está na compreensão
clara e suprema
Do Trabalho, do Amor e
da Verdade.
Pedro de Alcântara,
nosso último imperador,
deixou alguns sonetos,
que, bem o sabemos, há
quem diga não serem da
sua lavra. De qualquer
forma, entretanto, o que
se não poderá negar é a
estreita afinidade deste
soneto com os que, de
Dom Pedro, conhecemos. O
soneto acima,
psicografado por
Francisco Cândido
Xavier, integra o livro
Parnaso de
Além-Túmulo.