LUIS ROBERTO
SCHOLL
robertoscholl@terra.com.br
Santo Ângelo,
Rio Grande do
Sul (Brasil)
Processos para
afastar
maus
Espíritos
Os Espíritos são
os próprios
homens
despojados do
seu invólucro
grosseiro e
constituem todo
um mundo, toda
uma população
que enche os
espaços, circula
ao nosso redor,
mistura-se em
tudo quanto
fazemos. Se nos
fosse possível
levantar o véu
que os oculta,
os veríamos indo
e vindo,
seguindo-nos ou
nos evitando,
segundo o grau
de simpatia.
Sendo a alma o
que sobrevive ao
corpo, leva ela
consigo para o
além as
qualidades e os
defeitos, de
acordo com as
experiências
evolutivas de
cada um.
Professando ou
não os conceitos
espíritas,
crendo ou não na
vida após a
morte,
percebendo ou
não a
interferência
dos Espíritos
sobre os homens,
realidade e
razão comprovam
este
inter-relacionamento
e a influência,
mais ou menos
acentuada, dos
“mortos” sobre
os “vivos”.
Allan Kardec
pergunta aos
Espíritos na
questão 459, de
O Livro dos
Espíritos,
se eles influem
sobre os nossos
pensamentos e
ações. A
resposta é
categórica:
“Muito mais do
que imaginais.
Influem a tal
ponto que, de
ordinário, são
eles que vos
dirigem”.
Algumas pessoas
que percebem a
influência entre
os dois mundos,
mas desconhecem
os mecanismos
desta
ocorrência,
procuram através
de processos ou
fórmulas afastar
os maus e atrair
os bons
Espíritos.
Adotam rituais,
amuletos, velas,
vestimentas
especiais, criam
palavras
cabalísticas,
gestos místicos,
acreditando que
assim estarão
livres de
influências
nefastas.
Todos esses
procedimentos
nada mais servem
do que para a
diversão dos
Espíritos
galhofeiros e
brincalhões e,
muitas vezes,
até atraem os
maus, de acordo
com as intenções
da ação.
Não há nenhuma
fórmula ou
expediente
material que
possa servir de
preservativo
eficaz. Mas,
então, como
podemos nos
precaver contra
a má influência?
Pode-se
estabelecer como
princípio que os
maus Espíritos
se encontram ou
permanecem onde
alguma coisa
lhes atrai.
Assim, eles se
intrometem na
vida cotidiana
quando encontram
sintonia nos
pensamentos e
nas ações do
indivíduo. Entre
as causas que os
atraem, devemos
colocar em
primeiro lugar
as imperfeições
morais de toda a
ordem, porque o
mal sempre
simpatiza com o
mal, assim como
o bem sintoniza
com o bem.
Também há,
muitas vezes,
nos processos
reencarnatórios,
compatibilidade
com Espíritos na
erraticidade,
comprometimentos
com o mal, desde
vidas
pregressas,
sendo estes
atraídos por tal
expediente. De
qualquer forma,
é sempre a baixa
vibração, a
sintonia em
frequência
inferior, os
maus pensamentos
que abrem acesso
à
espiritualidade
que ainda se
compraz no mal.
A priori, para
não os atrair,
deve-se evitar
tudo o que possa
dar abertura
para sua
influenciação. O
propósito que
move os
Espíritos ainda
não
comprometidos
com a prática
evangélica do
amor e do perdão
como diretrizes
para a
felicidade é
analisar e
descobrir os
pontos fracos e
as falhas morais
mais acentuadas
das pessoas,
exacerbando-as
para o
cometimento de
equívocos,
contentando-se
em estacioná-las
nas más
inclinações. O
orgulho, a
ambição e o
egoísmo são os
entraves que
impedem o homem
de evoluir e
servem de
chamariz para a
má influência.
A retidão de
pensamentos, as
boas intenções,
a ação no bem, o
perdão
incondicional e
a prática da
caridade nas
suas formas mais
nobres são
maneiras
eficazes de se
livrar das
influências
negativas, pois
esses valores
entram em
contradição com
os da
espiritualidade
inferior.
Encher o
coração de
bondade e amor e
ter as mãos
operantes no bem
são as fórmulas
de atrair e
unir-se à
benevolência dos
Espíritos
superiores.
Referências:
KARDEC, Allan.
Revista
Espírita,
vol II, set.
1859.
Sobradinho, DF:
EDICEL.