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O Espiritismo responde
Ano 2 - N° 97 - 8 de Março de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
  

De André Motta, de São Paulo (SP), eis as duas perguntas a que nos referimos na edição passada:

1) Recentemente verificamos a posse de Barack Hussein Obama como presidente dos Estados Unidos da América. Sabe-se que se trata de uma superpotência militar e econômica e, portanto, as decisões tomadas por seu presidente podem afetar diretamente todo o planeta. Pergunto-lhe: Há, de alguma forma, a ação de Amigos Espirituais na eleição presidencial americana? E uma vez empossado, tal presidente recebe, por algum meio, orientações de Amigos Espirituais na condução dos inúmeros problemas que o cargo acarreta?

2) A classe política brasileira é reconhecidamente corrupta e incompetente. Apenas alguns nomes do cenário político estão livres de processos judiciais. De qualquer maneira, tais senhores foram eleitos de modo democrático, através do voto popular. Sistematicamente escolhemos péssimos representantes e durante o mandato, somos bombardeados por ações abjetas, incompatíveis com homens de bem. Pergunto: Nossos políticos não são apenas o reflexo lamentável de nossa população estúpida e despreparada? Serão necessários vários anos, para que nos tornemos um país sério, conforme afirmou o ex-presidente da França, o general de Gaulle?

Com base em tudo que temos aprendido com a Doutrina Espírita, eis como vemos as questões apresentadas:

1) As nações, tal como as instituições e as pessoas, têm também seus protetores invisíveis. É à ação dessas potências espirituais que Emmanuel se refere em seu livro “A Caminho da Luz”, pp. 217 e 218, quando menciona os “ascendentes místicos” que dominam os centros do progresso humano em todos os seus departamentos. O propósito dos Benfeitores Espirituais será sempre o bem e sua influenciação sobre os governantes, obviamente, terá sempre tal direção. Mas não podemos esquecer que somos dotados de livre- arbítrio e que, diante de uma inspiração qualquer, a decisão final cabe apenas a nós, como indivíduos ou como governantes.

2) O atraso moral não é apanágio apenas do nosso país, mas é o padrão do mundo em que vivemos, onde o mal e seus derivados reinam soberanamente na forma de guerras, corrupção, iniquidade, violência, desigualdades sociais e injustiças que se verificam em todos os continentes, e não apenas em alguns poucos lugares. Em 1948, ano em que escreveu o livro “Voltei”, psicografado por Chico Xavier, Frederico Figner transmitiu-nos a informação de que mais da metade dos habitantes deste planeta era constituída por Espíritos semicivilizados ou bárbaros e que as pessoas aptas à espiritualidade superior não passavam de 30% da população global. Não admira, pois, reconhecer que a transformação do mundo exigirá ainda muitos séculos de luta, de sofrimento e de trabalho no bem, quando então a paz, a concórdia e o entendimento entre as pessoas serão a tônica do planeta.

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita