Conhece-te
a ti
mesmo
"O
conhecimento
de si
mesmo é
a chave
do
progresso
individual."
(Santo
Agostinho)
(1)
Na
questão
do
autojulgamento,
costumamos
ser
muito
benevolentes
e
parciais,
vez que
ainda
trazemos
"uma
trave"
nos
olhos.
Por não
desconhecer
essa
ancestral
tendência
humana,
Santo
Agostinho
pergunta
e ao
mesmo
tempo
desenvolve
uma
esclarecedora
resposta
(1):
"Como
alguém
há de
julgar-se
a si
mesmo?
Não está
aí a
ilusão
do
amor-próprio
para
atenuar
as
faltas e
torná-las
desculpáveis?
O
avarento
se
considera
apenas
econômico
e
previdente;
o
orgulhoso
julga
que em
si só há
dignidade.
Isto é
muito
real,
mas
tendes
um meio
de
verificação
que não
pode
iludir-vos:
Quando
estiverdes
indecisos
sobre o
valor de
uma de
vossas
ações,
inquiri
como a
qualificaríeis,
se
praticada
por
outra
pessoa.
Se a
censurais
noutrem,
não na
podereis
ter por
legítima
quando
fordes o
seu
autor,
pois que
Deus não
usa de
duas
medidas
na
aplicação
de Sua
justiça.
Procurai
também
saber o
que dela
pensam
os
vossos
semelhantes
e não
desprezeis
a
opinião
dos
vossos
inimigos,
porquanto
esses
nenhum
interesse
têm em
mascarar
a
Verdade
e Deus
muitas
vezes os
coloca
ao vosso
lado
como um
espelho,
a fim de
que
sejais
advertidos
com mais
franqueza
do que o
faria um
amigo;
perscrute,
conseguintemente,
a sua
consciência
aquele
que se
sinta
possuído
do
desejo
sério de
melhorar-se,
a fim de
extirpar
de si os
maus
pendores,
como do
seu
jardim
arranca
as ervas
daninhas;
dê
balanço
no seu
dia
moral
para, a
exemplo
do
comerciante,
avaliar
suas
perdas e
seus
lucros e
eu vos
asseguro
que a
conta
destes
será
mais
avultada
que a
daquelas.
Formulai,
de vós
para
convosco,
questões
nítidas
e
precisas
e não
temais
multiplicá-las.
Justo é
que se
gastem
alguns
minutos
para
conquistar
uma
felicidade
eterna.
Não
trabalhais
todos os
dias com
o fito
de
juntar
haveres
que vos
garantam
repouso
na
velhice?
Que é
esse
descanso
de
alguns
dias em
comparação
com o
que
espera o
homem de
bem? Não
valerá
este
outro a
pena de
alguns
esforços?"
Allan
Kardec,
complementando
estas
ilações
de Santo
Agostinho,
afirma
(1):
"Muitas
faltas
que
cometemos
nos
passam
despercebidas.
Se,
efetivamente,
seguindo
o
conselho
de Stº.
Agostinho,
interrogássemos
mais
amiúde a
nossa
consciência,
veríamos
quantas
vezes
falimos
sem que
o
suspeitemos,
unicamente
por não
perscrutarmos
a
natureza
e o
móvel de
nossos
atos.
A forma
interrogativa
tem
alguma
coisa de
mais
preciso
do que
qualquer
máxima,
que
muitas
vezes
deixamos
de
aplicar
a nós
mesmos.
Aquela
exige
respostas
categóricas,
por um
sim ou
por um
não, que
não
abrem
lugar
para
qualquer
alternativa.
Pela
soma que
derem as
respostas,
poderemos
computar
a soma
de bem
ou de
mal que
existe
em nós".
Conhecendo
de
sobejo a
economia
espiritual
de
quantos
ainda
mourejamos
nas
veredas
da
regeneração,
leciona
Joanna
de
Ângelis
(2):
"Ocorrências
imprevisíveis,
sucessos,
malogros,
alta e
queda de
valores
amoedados
respondem
pelo
resultado
da
empresa
ao
fecharem-se
as
contas.
O mesmo
se dá
com a
economia
moral,
onde
faz-se
mister
proceder-se
a uma
avaliação
das
conquistas
realizadas
durante
a
ocorrência
de cada
período,
para bem
aquilatar-se
de como
se vai e
de como
programar
a nova
etapa.
Quem
conhece
Jesus é
convidado
a
investir
nos
divinos
cofres
do amor
as
moedas
que a
sabedoria
lhe
faculta
em forma
de maior
iluminação,
pela
renúncia,
caridade,
perdão e
esperança.
De
tempos
em
tempos
torna-se
necessário
um
cotejo
do que
foi
feito em
relação
ao
programado,
para
medir-se
o
comportamento
durante
o
trânsito
dos
compromissos.
Constatada
a
presença
de
equívocos,
disponhamo-nos
a
corrigi-los;
identificados
os
êxitos,
preparemo-nos
para
multiplicá-los;
logrados
os
sucessos,
apliquemo-los
em favor
do bem
geral...
Entanto,
tenhamos
coragem
de
realizar
uma
avaliação
honesta,
sem
desculpas
e sem
excesso
de
intransigência.
Espíritos
em
processo
lapidador,
ainda
não nos
libertamos
da ganga
que
impede
se
reflita
no
íntimo o
brilho
do amor
de
Jesus.
Proponhamo-nos
à pausa
da
reflexão
com a
coragem
de nos
despirmos
perante
a
consciência,
como se
a
desencarnação
nos
houvesse
surpreendido
e nos
não
fosse
possível
omitir,
escamotear
ou fugir
à
responsabilidade
que
adquirimos
perante
a Vida
face à
dádiva
da
reencarnação.
Experiência
que
passa
enseja
lição
que
permanece;
e, de
aprendizado
em
aprendizado,
o
relógio
da
Eternidade
nos
propiciará
o
crescimento
rumo a
Deus e à
aquisição
da
virtude
da paz".
Referências:
(1)
Kardec,
A.O
Livro
dos
Espíritos,
Questão
919-a.
(2)
Joanna
de
Ângelis/Franco,
Divaldo
P.,
Alegria
de Viver,
Capítulo
8.