ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(Parte
17)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A Alma é
Imortal, de Gabriel
Delanne, conforme
tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Qual foi a
importância da
participação de William
Crookes na pesquisa dos
fatos espíritas?
R.: Os incrédulos
negavam com obstinação
os fenômenos e muitas
polêmicas, mesmo entre
os espíritas, se
travaram, colocando em
dúvida os relatos
publicados, até que o
químico William Crookes,
um dos maiores vultos da
Ciência de então,
confirmou a
autenticidade absoluta
das materializações de
Katie King. As
experiências de Crookes,
além de comprovar a
existência do ser
espiritual,
estabeleceram que o
perispírito reproduz não
só o exterior de
uma pessoa, mas todas
as partes internas
do seu corpo, reduzindo
a pó a objeção, tantas
vezes formulada, de que
nas sessões espíritas as
aparições fotografadas
são simples
desdobramentos do
médium. (A Alma é
Imortal, págs. 190 a
192.)
B. Qual era o nome de
Katie King em sua última
encarnação?
R.: Annie Owen Morgan
foi o nome de Katie King
em sua última existência
terrena, quando, segundo
ela mesma informou,
vivera na Terra durante
o reinado de Carlos I.
(Obra citada, págs.
192 a 194.)
C. Qual foi o caso mais
concludente de
identificação de um
Espírito comunicante,
segundo o notável
pesquisador Aksakof?
R.: Foi a comunicação de
Estela Livermore por
intermédio da médium
Kate Fox. Sua caligrafia
era a reprodução
exata da que Estela
apresentava quando
encarnada. Sua
identidade foi, segundo
Livermore, estabelecida,
primeiro, pela sua
aparência, em seguida
pela sua caligrafia e,
finalmente, pela sua
individualidade mental,
sem falar de numerosas
outras provas, que ele
considerou tão-somente
provas complementares.
Além disso, deve-se
acrescentar que Estela
escreveu também algumas
comunicações em francês,
língua que Kate Fox
desconhecia
inteiramente, mas que a
desencarnada dominava.
(Obra citada, págs.
194 a 196.)
Texto para leitura
177. A Sra
Marryat revela ainda que
outros Espíritos se
materializavam
valendo-se da
mediunidade da Srta.
Cook e descreve a
aparição de sua própria
filha, morta em tenra
idade, que lhe apareceu
trazendo num dos lábios
a deformação com que
nascera. Na sessão, a
filha parecia contar
dezessete anos.
(Págs. 188 e 189)
178. Os incrédulos
negaram com obstinação
esses extraordinários
fenômenos e muitas
polêmicas, mesmo entre
os espíritas, se
travaram, colocando em
dúvida os relatos
mencionados, até que o
químico William Crookes,
um dos maiores vultos da
Ciência de então,
confirmou a
autenticidade absoluta
das materializações de
Katie King. (Pág.
190)
179. As experiências de
Crookes, além de
comprovar a existência
do ser espiritual,
estabelecem que o
perispírito reproduz não
só o exterior de
uma pessoa, mas todas
as partes internas
do seu corpo, reduzindo
a pó a objeção, tantas
vezes formulada, de que
nas sessões espíritas as
aparições fotografadas
são simples
desdobramentos do
médium. (Pág. 191)
180. Não só a altura de
Katie King e de Florence
Cook, mas a cor dos
cabelos, as pulsações e
os batimentos de uma e
de outra foram
registrados por William
Crookes, que comprovou
assim ter diante de si
duas individualidades
distintas, que em
nada se pareciam, salvo
o fato de serem jovens e
do mesmo sexo. (Págs.
191 e 192)
181. A última aparição
de Katie, conforme
relatado pelo jornal
The Spiritualist de
29/5/1874, ocorreu numa
sessão dirigida por
William Crookes.
Florence Cook se deitou
no chão, com a cabeça
sobre um travesseiro,
após ser conduzida por
Crookes ao gabinete
mediúnico. Katie
apareceu logo em
seguida, vestida de
branco, enquanto a
médium trajava um
vestido azul-claro. Após
distribuir flores aos
presentes, escreveu
cartas de adeus a alguns
amigos, pondo-lhes a
assinatura: Annie Owen
Morgan, seu verdadeiro
nome na última
existência terrena.
Depois, com uma tesoura,
cortou uma mecha de seus
cabelos, oferecendo
certa porção deles a
cada um, fazendo o mesmo
com o seu vestido.
(Págs. 192 e 193)
182. Ao fim da sessão,
após transmitir diversas
instruções ao Sr.
Crookes, Katie penetrou
no gabinete e despertou
a médium, que lhe pediu,
banhada em lágrimas, que
se demorasse mais um
pouco. Katie lhe disse,
porém, que havia
cumprido a sua missão e
que, por causa disso,
deveria partir, como de
fato ocorreu. (Pág.
193)
183. As aparições de
Katie King foram tantas,
que não se pode duvidar
um instante sequer de
que fosse um Espírito
que assim se
manifestava; contudo,
não era possível
verificar-se-lhe a
identidade, visto que,
segundo informara, ela
havia vivido muitos
séculos antes, sob o
reinado de Carlos I, com
o nome de Annie Owen
Morgan. (Pág. 194)
184. No caso de
Florence, a filha da Sra
Florence Marryat, vimos
que a jovem se fez
reconhecer por um sinal
particular do lábio, que
comprovou materialmente
a sua identidade.
Afirma, porém, o Sr.
Aksakof ser impossível
deparar-se com um caso
mais concludente de
identidade de um
Espírito materializado,
do que o de Estela,
morta em 1860. (Pág.
194)
185. Duraram cinco anos,
de 1861 a 1866, as
materializações de
Estela, sendo médium a
célebre Kate Fox, com
quem o Sr. Livermore
realizou 388 sessões,
cujas particularidades
ele publicou num jornal.
As sessões transcorriam
em completa obscuridade,
mas o Sr. Livermore, na
maioria das vezes,
estando a sós com Kate,
segurava-lhe as mãos o
tempo todo. Kate ficava
sempre em estado normal,
tornando-se, pois,
testemunha consciente de
tudo o que se passava.
(Pág. 194)
186. Foi gradual a
materialização de Estela
e somente na 43a
sessão foi possível ao
Sr. Livermore
reconhecê-la, sob
intensa claridade, de
origem misteriosa,
ligada ao fenômeno e, em
geral, sob a direção de
outra figura que a
acompanhava e auxiliava
em suas manifestações.
Esse Espírito chamava-se
Franklin. (Pág. 195)
187. Além de mostrar-se,
Estela deixou uma
centena de comunicações
por ela escritas em
folhas de papel que o
Sr. Livermore levava,
previamente marcadas
pelas suas mãos.
Enquanto a aparição
escrevia, ele - tendo
as mãos de Kate Fox
entre as suas - via
perfeitamente a mão e a
figura da esposa
desencarnada. (Pág.
195)
188. A caligrafia dessas
comunicações é
reprodução exata da
caligrafia da Sra
Estela Livermore, quando
encarnada. A respeito
das aparições da esposa,
o Sr. Livermore diria
mais tarde ao Sr.
Benjamin Coleman, de
Londres: “Sua identidade
foi estabelecida, de
modo a não deixar
subsistisse a menor
dúvida: primeiro, pela
sua aparência, em
seguida pela sua
caligrafia e,
finalmente, pela sua
individualidade mental,
sem falar de numerosas
outras provas, que
seriam concludentes nos
casos ordinários, mas
que não levei em conta,
senão como provas
complementares”.
(Pág. 195)
189. Além das provas já
referidas, deve-se
acrescentar que Estela
escreveu também algumas
comunicações em francês,
língua que Kate Fox
desconhecia
inteiramente, mas que
Estela dominava. A
propósito disso, o Sr.
Aksakof, tão difícil em
matéria de provas,
escreveu: “Temos aqui
uma dupla prova de
identidade, dada não
só pela caligrafia,
semelhante, em todos os
pontos, à do defunto,
mas também por ser
desconhecida do médium a
língua em que está
escrita a mensagem. O
caso é extremamente
importante e, ao nosso
parecer, apresenta
uma prova
absoluta de identidade”.
(Pág. 196)
(Continua no próximo
número.)