Sim, disputais novos
recursos de
esclarecimento e
redenção no precioso
santuário da carne...
Muitos de vós aguardais
para breve essa dádiva,
através de petições que
não nos é lícito
examinar.
Indubitavelmente, na
maioria das vezes, nosso
regresso ao trabalho no
mundo físico exprime
verdadeiro prêmio de
luz...
Para que obtenhamos tal
concessão, porém, é
indispensável nosso
concurso com a Lei
Divina, obedecendo-lhe
aos regulamentos que
definem o Bem Infinito,
em todas as suas
manifestações.
É preciso modificar os
nossos «clichês» mentais
para que a nossa volta à
escola terrestre
signifique recomposição
e refazimento. Essa
transformação, contudo,
não será levada a efeito
apenas à força de
preces, meditações e
conclusões em torno do
passado.
Faz-se imprescindível a
dinâmica da ação.
O serviço será sempre o
grande renovador de
nossa vida consciencial,
habilitando-nos à
experiência
reconstrutiva, sob a
inspiração de nosso
Divino Mestre e Senhor.
Não conquistaremos o
vestuário carnal entre
os homens sem aquisição
de simpatia entre eles.
É necessário gerar no
espírito daqueles nossos
associados do pretérito,
que se encontram no
educandário humano, a
atitude favorável à
solução dos nossos
problemas.
Templos religiosos,
estabelecimentos
hospitalares, círculos
de assistência moral,
domicílios angustiados,
cárceres de sofrimento,
palcos de tortura
expiatória... eis nosso
vasto setor de concurso
fraterno!
Nessas esferas de
regeneração e
corrigenda, companheiros
encarnados e
desencarnados,
padecentes e aflitos,
expressam o material de
nossa preparação.
A fim de esquecer velhas
provas, aliviemos as
provas alheias.
Para desobstruir o
caminho de nossa
consciência culpada,
devemos favorecer a
libertação dos que
suportam fardos mais
pesados que os nossos,
porque ajudando aos
nossos semelhantes
angariaremos o auxílio
deles, fazendo-nos, ao
mesmo tempo, credores do
amparo daqueles Irmãos
Maiores que nos estendem
próvidos braços da Vida
Superior.
Pacifiquemos o espírito,
oferecendo mãos amigas
aos que peregrinam
conosco, e construiremos
o trilho de acesso à
preciosa luta de que
carecemos na própria
reabilitação.
Somente a atividade em
socorro ao próximo
conseguirá renovar-nos a
fonte do pensamento,
traçando-nos seguras
diretrizes, pois sob o
guante de nossas
lembranças
constringentes o esforço
da reencarnação
redundará impraticável,
de vez que nossas
reminiscências infelizes
são fatores
desequilibrantes de
nosso mundo vibratório,
impedindo-nos a formação
de novo instrumento
fisiológico suscetível
de conduzir-nos à
reorganização do próprio
destino.
Expurguemos a mente,
apagando recordações
indesejáveis e elevando
o nível de nossas
esperanças, porque, na
realidade, somos
arquitetos de nossa
ascensão.
Somente ao preço de uma
vontade vigorosa e
pertinaz, situada no bem
comum, é que lograremos
conquistar o interesse
dos Grandes Instrutores
em prol da concretização
de nossas aspirações
mais nobres.
Regenerando a química de
nossos sentimentos, o
que decerto nos custará
renunciação e
sacrifício, atingiremos
mais clara visão para
reencontrar os laços de
nosso pretérito, e,
então, segundo os
dispositivos da
hereditariedade, que
traduz parentesco de
inclinações e
compromissos, seremos
requisitados pelas
criaturas que se afinam
conosco, tanto quanto,
desde agora, estão elas
sendo requisitadas por
nossos anseios.
Reaproximar-nos-emos,
desse modo, de quantos
se harmonizam com a
experiência em que nos
demoramos, e,
aderindo-lhes à
existência, seremos
defrontados pelas provas
condizentes com a nossa
natureza inferior,
comungando-lhes o pão
de luta, indispensável à
recuperação de nossa
felicidade.
Mas, se nos abeiramos de
nossos futuros pais e de
nossos futuros lares,
envoltos na tempestade
da incompreensão e da
indisciplina, apenas
espalharemos, ao redor
de nós, desarmonia e
frustração, porquanto,
em verdade, o nosso
caminho na vida será
sempre a projeção de nós
mesmos.
Purifiquemo-nos por
dentro quanto seja
possível, olvidando todo
o mal!
Lançar sobre os
elementos genésicos a
energia viciada dos
lamentáveis enganos que
nos precipitaram à
sombra, será prejudicar
o corpo que a herança
terrena nos reserva,
reduzindo-nos as
possibilidades de
vitória no combate de
amanhã.
Só existe, portanto,
para nós um remédio
eficaz: — O trabalho
digno com que possamos
erguer o espírito ao
plano superior que
presentemente buscamos.
Trabalho que nos corrija
e nos aproxime de Deus.
Mensagem
recebida
psicofonicamente na
noite de 27 de maio de
1954 pelo médium
Francisco Cândido
Xavier, transcrita do
cap. 12 do livro
Instruções Psicofônicas.