EDUARDO AUGUSTO
LOURENÇO
eduardoalourenco@hotmail.com
Americana, São
Paulo (Brasil)
As várias
moradas
“Há muitas
moradas na casa
de meu Pai; se
assim não fosse,
já eu te teria
dito, pois vou
para preparar-te
o lugar. Depois
que tenha ido e
que te houver
preparado o
lugar, voltarei
e te retirarei
para mim, a fim
de que, onde eu
estiver também
tu aí estejas.”
(João, cap. XIV,
vv. 1 a 3.)
Neste imenso
horizonte, onde
novas
constelações são
criadas, e novos
mundos são
formados, seria
muita pequenez
da nossa parte e
um enorme
egoísmo do homem
achar que ele
está sozinho,
pois, a casa do
Pai é todo o
Universo. Estas
palavras do
Cristo vêm nos
dizer das
diferentes
moradas que são
os planetas que
gravitam no
espaço infinito,
oferecendo ao
Espírito imortal
a possibilidade
de vir a
encarnar nestas
muitas moradas
de acordo com o
seu nível
evolutivo,
conforme a
constituição da
matéria,
moldando-se e
adaptando-se com
os referenciais
impregnados na
atmosfera
física, de
acordo com o seu
estado de
consciência, com
o aspecto
ambiental, com
as sensações que
experimenta, com
as percepções
sentidas, que
podem ser muito
diferentes.
Muitos podem
transitar pelo
espaço, e
conhecer outros
mundos pelo peso
sutil da própria
matéria
conquistada com
esforço e
dedicação;
outros estão
presos ainda à
matéria, vivendo
a lei da atração
ou gravidade.
O filósofo
Platão
acreditava que
existiam dois
mundos, um mundo
invisível ao
homem,
constituído de
idéias ou
formas; e o
nosso próprio
mundo,
constituído de
objetos e
coisas. As
propriedades de
um objeto em
nosso mundo como
a cor,
consistência,
brilho, beleza
seriam
consequências da
forma deste
objeto no mundo
das formas ou
idéias.
O próprio homem,
na ânsia do
conhecimento e
de querer
desvendar este
imenso espaço,
analisando os
planetas, as
estrelas e as
galáxias,
desenvolveram
uma ciência
chamada
astronomia
que,
etimologicamente,
significa “lei
das
estrelas”,
com origem
grega.
Os povos antigos
acreditavam
existir um
ensinamento
vindo das
estrelas, hoje é
uma
ciência,
que abre um
leque de
categorias
paralelo aos
interesses da
física,
da
matemática
e da
biologia.
Os povos vedas
há
3100 a.C.
referem-se aos
27
asterismos
ou nakshatras
associados aos
movimentos do
Sol, e também às
12 divisões
zodiacais
do céu. Os
antigos gregos
desenvolveram
amplas
contribuições
para a
astronomia,
entre elas, a
definição de
magnitude
aparente,
que é uma escala
para comparação
do
brilho
das
estrelas,
desenvolvida
pelo
astrônomo
grego
Hiparco
há mais de 2000
anos.
O Geocentrismo
Aristotélico
dizia que a
Terra é o centro
do Universo e a
lua, o sol e os
outros planetas
giram ao seu
redor, presos em
esferas
cristalinas.
Nicolau Krebs
nasceu em 1401
em Cusa, de
família modesta.
Foi educado
junto dos
irmãos da vida
comum
em Deventer,
onde sofreu a
influência do
misticismo
alemão; em
seguida estudou
na Universidade
de Heidelberg,
foco de
nominalismo, e
na de Pádua,
onde aprendeu a
matemática, o
direito, a
astronomia,
escreveu que a
Terra se move, e
não o céu,
refutando o
sistema
ptolomaico.
Copérnico, em
1543,
foi um
astrônomo
e
matemático,
outro grande
cientista,
influenciado
pelo
neoplatonismo
para chegar à
sua teoria
heliocêntrica
que afirma ser o
Sol o centro do
sistema solar.
Pois se, como o
neoplatonismo
supunha, a luz é
o que no mundo
físico mais se
aproxima da
idéia absoluta
de “Deus”, o Sol
não podia dar
voltas ao redor
de um corpo
opaco, sem luz
própria, como a
Terra. Dessa
forma, era esta
que devia girar,
assim como os
outros planetas,
em torno do Sol,
substancialmente
mais digno que a
Terra, Mercúrio,
Marte e outros.
Giordano Bruno
nasceu em 1548,
era filósofo, e
sua idéia era de
que o universo
era infinito, e
que muitos
mundos deveriam
existir, além
daquele então
conhecido. Foi
uma das grandes
idéias
estimuladoras da
ciência, durante
o Renascimento.
O seu livro “Sobre
o Universo
Infinito e
Mundos” faz
sua afirmação da
existência de
outros mundos
povoados por
seres
inteligentes.
No início de
1597, Kepler,
astrônomo e
físico, publica
seu primeiro
livro, “Mistérios
do Universo”.
Nele, defendia o
heliocentrismo
de Copérnico, e
propunha que o
tamanho de cada
órbita
planetária é
estabelecido por
um sólido
geométrico
(poliedro)
circunscrito à
órbita anterior.
Este modelo
matemático
poderia prever
os tamanhos
relativos das
órbitas.
Galileu foi um
dos primeiros a
observar o céu
noturno com um
telescópio,
e após construir
um telescópio
refrator 20x,
descobriu as
quatro maiores
luas
de
Júpiter
em 1610. Essa
foi a primeira
observação
conhecida de
satélites
orbitando outro
planeta. Ele
também observou
que a nossa
Lua
apresentava
crateras, e
explicou
corretamente
sobre as
manchas solares.
Isso, somado ao
fato de Galileu
ter notado que
Vênus exibia um
completo
conjunto de
fases, similar
às
fases da Lua,
foi visto como
incompatível com
o modelo
geocêntrico
defendido pela
Igreja, o que
levou a muita
controvérsia.
Isaac Newton,
físico,
matemático e
astrônomo
inglês, nasceu
em 25 de
dezembro de
1642, na cidade
de Woolsthorpe,
Lincolnshire. Ao
afirmar o
princípio da
gravitação
universal,
elimina a
dependência da
ação divina, e
influencia
profundamente o
pensamento
filosófico do
século XVIII.
Ele é o fundador
da mecânica
clássica.
O físico
Albert Einstein
trouxe a teoria
da Relatividade.
Esta teoria se
baseia no
princípio de que
toda medição do
espaço e do
tempo é
subjetiva. Isto
levou Einstein a
desenvolver mais
tarde uma teoria
baseada em duas
premissas: o
princípio da
relatividade,
segundo o qual
as leis físicas
são as mesmas em
todos os
sistemas de
inércia de
referência; e o
princípio da
invariabilidade
da velocidade da
luz, o qual
afirma que a luz
se move com
velocidade
constante no
vácuo.
O Big Bang
é a teoria
científica
segundo a qual o
Universo
emergiu de um
estado
extremamente
denso
e
quente
há cerca de 13,7
bilhões de anos,
originando uma
grande explosão
de um átomo
primordial.
A teoria
baseia-se em
diversas
observações que
indicam que o
Universo está em
expansão,
designa a fase
densa e quente
pela qual passou
o
Universo.
Essa fase
marcante da
expansão é
comparada a uma
grande
explosão
dando início à
criação.
Os astrônomos em
2007 descobrem
um novo planeta
semelhante à
Terra,
com
características
similares ao
nosso planeta,
através de uma
rede de
telescópios
distribuída por
todo o mundo. O
novo planeta foi
batizado de OGLE-2005-BLG-
390Lb e orbita
em torno de uma
estrela
vermelha, com
cinco vezes
menos massa que
o Sol,
localizada a uma
distância de
20.000 anos-luz,
não muito longe
do centro da Via
Láctea.
A semelhança do
planeta com a
Terra se dá
principalmente
no tamanho e na
composição,
segundo o
francês,
Stéphane
Brillant,
astrônomo do ESO.
Em termos de
massa, está mais
próximo da Terra
do que qualquer
outro planeta
descoberto. Por
dentro, há um
centro de
formação rochosa
que também o
torna muito
parecido com o
nosso planeta.
A busca por uma
segunda Terra é
a força motriz
da pesquisa, e
esta descoberta
representa um
grande salto à
frente,
considerando que
este planeta é o
mais parecido
com a Terra que
conhecemos até
agora, podendo
também ter vida,
conforme
acrescentou o
alemão Daniel
Kubas, outro
membro da equipe
de cientistas.
O
OGLE se encontra
a uma distância
de sua estrela
três vezes maior
que entre a
Terra e o Sol, e
leva 10 anos
para executar
seu movimento de
translação.
Em 1971, o
Espírito
Emmanuel,
através da
mediunidade de
Francisco
Cândido Xavier,
no programa
“Pinga Fogo”,
disse que o
homem poderia
fazer contato
com outras
civilizações
planetárias, mas
dependeria muito
da evolução dos
espíritos
terrenos, na
questão
principalmente
do campo moral,
na qual o homem
teria que se
desprender das
guerras, da
violência e do
instinto do
poder e da
posse, para não
criar desordens
planetárias.
Jesus quando
falava das
muitas moradas
referia-se aos
vários estágios
sucessivos das
encarnações,
declarando-nos
ainda que o
Universo é
constituído de
várias
residências do
Pai, vários
planetas em que
podemos realizar
experiências,
aprendizagem e
evoluir até o
nosso
aperfeiçoamento.
"Todos os globos
que circulam no
espaço são
habitados?"
A esta pergunta
formulada por
Kardec,
responderam os
Espíritos:
"Sim, e o homem
terreno está bem
longe de ser,
como acredita, o
primeiro em
inteligência,
bondade e
perfeição. Há,
entretanto,
homens que se
julgam espíritos
fortes e
imaginam que só
este pequeno
globo tem o
privilégio de
ser habitado por
seres racionais.
Orgulho e
vaidade! Creem
que Deus criou o
Universo somente
para eles." (O
Livro dos
Espíritos,
pergunta 55.)