Alexandre, reportando-se a
um assunto inúmeras vezes
focalizado nesta revista,
pergunta por que ocorrem
influências espirituais
sobre os homens. E
acrescenta: Tais influências
cessarão um dia?
Quando o Espírito está
pronto para as primeiras
encarnações na espécie
humana, passa a gozar de
algo que não existe nos
reinos inferiores da
Natureza: o livre-arbítrio,
a liberdade de definir o seu
caminho, de escolher sua
forma de agir.
Dissertando sobre esse
direito de escolher, os
Espíritos superiores
explicam que o
livre-arbítrio se desenvolve
à medida que adquirimos a
consciência de nós mesmos.
Se não pudéssemos escolher,
não haveria liberdade. A
causa que nos leva a tomar
esse ou aquele caminho está,
porém, fora de nós, nas
influências que recebemos,
às quais podemos resistir ou
ceder, usando o
livre-arbítrio que Deus nos
concedeu.
É isso que está contido na
grande figura emblemática da
queda do homem e do pecado
original: uns cederam à
tentação, outros resistiram,
como explica muito bem a
questão 122 de O Livro
dos Espíritos.
Recebemos então, desde as
primeiras existências,
influências boas e más,
ocultas ou ostensivas,
fugazes ou duradouras.
Aliás, as chamadas tentações
são tratadas no Antigo e no
Novo Testamento, como
podemos ver no Eclesiástico,
na Epístola de Thiago e nos
ensinamentos de Jesus.
Isso terminará algum dia?
Claro, mas essas influências
nos acompanharão em toda a
nossa trajetória como
Espíritos, até que tenhamos
conseguido tanto império
sobre nós mesmos que os maus
desistam de nos perturbarem,
o que mostra com clareza que
é nessa luta milenária que
forjamos o nosso caráter e
fortificamos o nosso
espírito.
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