O Senhor tudo criou na
direção do bem.
Todas as criaturas, por
isto, são chamadas a
produzir
proveitosamente.
A erva tenra sustenta os
animais.
A fonte oculta socorre o
inseto humilde.
A árvore é abençoada
companheira dos homens.
A flor produzirá fruto.
O fruto dar-nos-á mesa
farta.
O rio distribui as
águas.
A chuva lava o céu e
sacia a terra sedenta.
A pedra faz o alicerce
de nossa casa.
A boa palavra revela o
bom caminho.
Como desconhecer os
santos propósitos da
vida, se a natureza que
a sustenta reflete os
sábios desígnios da
Providência?
Grande escola para o
nosso espírito, a Terra
é um livro gigantesco em
que podemos ler a
mensagem de amor
universal que o Pai
Celeste nos envia.
Desde a gota de orvalho
que alimenta o cacto
espinhoso, à luz do Sol
que brilha no alto para
todos os seres, podemos
sentir o apelo da
Infinita Sabedoria ao
serviço de cooperação na
felicidade, na paz e na
alegria dos semelhantes.
Todo homem e toda mulher
nascem no mundo para
tarefas santificantes,
segundo a Divina Lei.
Com alegria, o bom
administrador governa os
interesses do povo.
Com alegria, o bom
lavrador ara o solo e
protege a sementeira.
O homem que semeia no
chão, garantindo a
subsistência das
criaturas, é irmão
daquele que dirige o
pensamento das nações
para o conhecimento
divino.
A mulher que recebe
homenagens pelas suas
virtudes públicas é irmã
daquela que, na
intimidade do lar, se
sacrifica pela
criancinha doente.
Deus conhece as pessoas
pelo que produzem, assim
como nós conhecemos as
árvores pelos frutos que
nos estendem.
Em razão disto, os
homens bons são amados e
respeitados.
A presença deles atrai o
carinho e a veneração
dos semelhantes. Os
maus, todavia, são
portadores de ações e
palavras indesejáveis e
toda gente lhes evita o
convívio, tanto quanto
nos afastamos das
plantas espinhosas e
ingratas.
O homem bom compreende
que a vida lhe pede a
bênção do serviço e
levanta-se cada manhã,
pensando: — “Que belo
dia para trabalhar!”
O mau, porém, ergue-se
de mau humor. Não sabe
sorrir para os que o
cercam e costuma
exclamar: — “Dia
terrível! Que destino
cruel! Detesto o
trabalho e odeio a
vida!”
Um homem, qual esse,
precisa de auxílio dos
homens bons, porque em
não se dedicando ao
serviço digno será
realmente muito infeliz.
Transcrito do cap. 2 do
livro Alvorada Cristã,
psicografado pelo médium
Francisco Cândido
Xavier.