Elizabeth, tratando do tema
pluralidade dos mundos
habitados, pergunta se
existe intercâmbio entre os
planetas. E aduz: Se existe,
como esse intercâmbio se
concretiza?
A pluralidade dos mundos
habitados é, como já se
disse tantas vezes, um dos
princípios fundamentais do
Espiritismo.
Na obra da criação divina,
entre os mundos destinados à
encarnação de Espíritos em
estágio probatório ou
expiatório, encontra-se a
Terra, uma das inumeráveis
habitações do ser humano.
Evidentemente, existem
muitos outros mundos que
abrigam humanidades
semelhantes à nossa, não
sendo o homem terreno o
único ser corpóreo dotado de
inteligência, racionalidade
e senso moral no Universo
imenso.
Criado simples e ignorante,
dotado de livre-arbítrio,
inclinado tanto para o bem
quanto para o mal, falível
portanto, o Espírito
sujeita-se a encarnar e
reencarnar, experimentando
múltiplas existências
corporais na Terra ou em
outros planetas, tantas
quantas forem necessárias
para ultimar sua depuração e
seu progresso.
Esse processo admirável
realiza-se por meio das
emigrações e imigrações de
Espíritos, ou seja, da
alternância sucessiva e
múltipla das existências
humanas nos dois planos da
vida: o corpóreo e o
espiritual. Todo Espírito
encarnado, enquanto seu
corpo vive, está vinculado
ao mundo em que encarnou.
Desencarnado, passa ele à
condição de Espírito
errante, que é exatamente o
indivíduo que necessita
reencarnar para depurar-se e
progredir. No estado de
erraticidade o Espírito
continua a pertencer ao
mundo onde tem de encarnar,
mas, não estando a ele
fixado pelo corpo, é mais
livre e pode até mesmo
visitar outros mundos, com a
finalidade de instruir-se.
As emigrações e imigrações
de Espíritos ocorrem também
entre mundos diferentes,
isto é, podem os Espíritos
emigrar de uns para outros
planetas.
Uns emigram por força do
progresso realizado, que os
habilita a ingressar em um
mundo mais adiantado, o que
é um prêmio para eles;
outros, ao contrário, são
banidos do mundo a que
pertencem por não haverem
acompanhado o progresso
moral atingido pela
humanidade desse mundo. O
exílio que lhes é imposto
constitui verdadeiro
castigo, que a lei de
justiça impõe aos
recalcitrantes no mal,
escravizados ao orgulho e à
sensualidade.
Além disso, os habitantes de
mundos mais adiantados, como
Júpiter por exemplo,
procuram auxiliar os mundos
mais atrasados, o que
assegura um intercâmbio
intenso entre eles.
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