GERSON SIMÕES
MONTEIRO
gerson@radioriodejaneiro.am.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
A
Política e o
Espiritismo
Os adeptos do
Espiritismo não
precisam de
representantes
oficiais nos
poderes
Legislativo e
Executivo do
país para
defenderem seus
interesses. Isto
porque Jesus, o
nosso guia e
modelo, jamais
buscou o poder
político para se
proteger e
divulgar os seus
ensinamentos.
É bom frisar
também que o
Mestre, quando
esteve entre
nós, atendeu
antes de tudo os
interesses do
Pai Celestial
junto ao coração
humano, sem
necessidade de
portarias ou
decretos para
ajudar. Os
discípulos de
Jesus não
necessitam de
cargos eletivos
na administração
pública para
cumprir sua
missão neste
mundo.
Agora, o
espírita, como
todo e qualquer
cidadão
brasileiro, é
livre para
escolher o seu
candidato e
votar em quem
quiser. É claro
que, consciente
da sua
responsabilidade,
ele não
escolherá os
candidatos que
defendam o
aborto, a pena
de morte, a
eutanásia ou a
liberação das
drogas, e não
escolherá,
certamente, os
que vivam da
corrupção,
porque tudo isso
contraria os
princípios
morais
estabelecidos
pelo
Espiritismo.
Convém
esclarecer
também que o
Movimento
Espírita não
pretende formar
bancadas nos
parlamentos,
para não
desvirtuar a
verdadeira
finalidade do
Espiritismo: a
transformação
moral da
humanidade. O
seu programa é
de ordem
educativa, moral
e intelectual,
desatrelado
totalmente da
política
partidária, uma
vez que ela não
é de sua
competência, e,
na verdade, não
é de competência
das religiões.
Por outro lado,
alertamos para o
fato de que não
existem
candidatos
espíritas. Tal
fato não
significa que
qualquer
espírita que se
orienta pelas
obras
codificadas por
Allan Kardec
esteja impedido
de postular um
cargo eletivo,
mas em hipótese
alguma ele tem
delegação para
falar em nome do
Movimento
Espírita.
Queremos frisar,
por último, que
os espíritas,
mantendo essa
clara e definida
posição,
previnem-se
contra o erro
cometido por
Judas. Por sua
ambição
política, ele
acabou levando o
Cristo a morrer
na cruz, a
pretexto de
acelerar a
vitória do
Evangelho.
É por essa razão
que os espíritas
não se desviarão
do ideal traçado
por Allan
Kardec, qual
seja o de levar,
ao torturado
coração humano,
a mensagem de
esperança e de
luz do
Espiritismo – o
Consolador
prometido por
Jesus.