ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(Parte
24)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A Alma é
Imortal, de Gabriel
Delanne, conforme
tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Resumindo suas
conclusões a respeito
das aparições tangíveis,
Delanne as sintetiza em
cinco pontos. Quais são
eles?
R.: Eis as conclusões de
Delanne a respeito do
assunto: 1a -
Os Espíritos possuem um
organismo fluídico. 2a
- Quando esse corpo
fluídico se materializa,
reproduz fielmente um
corpo físico que o
Espírito revestiu
durante sua vida
terrestre. 3a
- Nenhuma experiência
demonstrou que o grau de
variação dessa forma
possa ir ao ponto de
reproduzir outra forma
inteiramente distinta.
Se alguma variação se
opera, não passa de uma
diferença para mais ou
para menos do mesmo
tipo. 4a -
Estabelecido por
inúmeras provas que
aquele organismo existe
nos vivos, pode-se
afirmar a sua existência
depois da morte, uma vez
que ela - a existência -
se nos impõe pelos
mesmos fatos que a
positivam com relação
aos vivos. 5a
- Até prova em
contrário, a aparição de
um Espírito que fala e
se desloca, que se pode
reconhecer como sendo
uma pessoa que viveu na
Terra, é prova excelente
de sua identidade. (A
Alma é Imortal, págs.
274 a 276.)
B. Que argumentos
Delanne opõe à tese de
Aksakof de que é muito
difícil, se não
impossível, estar certo
da identidade de um
Espírito, ainda quando
ele revela fatos
referentes à sua
existência terrestre?
R.: Delanne diz que essa
proposição reclama
estudo mais acurado
porque, entende ele, no
espaço muitos Espíritos
são absolutamente
incapazes de apreender
os pensamentos dos
demais Espíritos. A
faculdade da
clarividência está
relacionada com a
elevação moral e
intelectual do Espírito.
Além disso, a morte não
confere à alma
conhecimentos que ela
não adquiriu pelo seu
trabalho. Se, uma ou
outra vez, o Espírito se
revela superior ao que
parecia ser neste mundo,
é que manifesta
aquisições anteriores,
obnubiladas
temporariamente na sua
última existência. Ainda
que um Espírito conheça
os fatos da vida
terrestre de um outro
Espírito, bastará isso
para lhe dar o caráter
do segundo e a maneira
pela qual este se
exprime? Se o observador
tiver conhecido
suficientemente a pessoa
que o Espírito tenta
imitar, ele será
facilmente desmascarado,
porque - se o estilo é o
homem - é quase
impossível que alguém
simule o modo pelo qual
se exprime um indivíduo.
(Obra citada, págs.
276 a 278.)
C. Em que consiste,
segundo Delanne, o
inconsciente?
R.: O inconsciente não é
mais do que o resíduo do
Espírito, isto é,
vestígios físicos das
sensações, dos
pensamentos, das
volições fixadas sob a
forma de movimentos no
invólucro perispirítico
e cuja intensidade
vibratória não basta
para fazê-los aparecer
no campo da consciência.
(Obra citada, págs.
279 e 280.)
Texto para leitura
258. Reportando-se à
natureza das aparições
tangíveis, Alfred Russel
Wallace disse em carta
dirigida ao Sr. Erny
que, em certas
circunstâncias, “a
forma tem todos os
característicos de um
corpo vivo e real,
podendo mover-se, falar,
mesmo escrever e
revelando calor ao
tato”. “Tem, sobretudo,
individualidade e
qualidades físicas e
mentais totalmente
diversas das do médium.”
(Pág. 274)
259. Numa carta enviada
ao Sr. Aksakof, o Dr.
Hitchman, autor de
várias obras sobre
Medicina, disse-lhe ter
adquirido a mais
científica certeza de
que “cada uma dessas
formas que apareceram
era uma individualidade
distinta do envoltório
material do médium,
porquanto, tendo-as
examinado com o auxílio
de diversos
instrumentos, comprovei
nelas a existência da
respiração e da
circulação; medi-lhes o
talhe, a circunferência
do corpo, tomei-lhes o
peso, etc.” (Pág.
275)
260. Encerrando o
assunto, Delanne afirma
que, com base no
conjunto dos fatos
observados, podem-se
extrair as seguintes
conclusões: 1a
- Que os Espíritos
possuem um organismo
fluídico; 2a
- Que, quando esse corpo
fluídico se materializa,
reproduz fielmente um
corpo físico que o
Espírito revestiu
durante sua vida
terrestre; 3a
- Que nenhuma
experiência demonstrou
que o grau de variação
dessa forma possa ir ao
ponto de reproduzir
outra forma inteiramente
distinta. Se alguma
variação se opera, não
passa de uma diferença
para mais ou para menos
do mesmo tipo; 4a
- Que, estabelecido por
inúmeras provas que
aquele organismo existe
nos vivos, pode-se
afirmar a sua existência
depois da morte, uma vez
que ela - a existência -
se nos impõe pelos
mesmos fatos que a
positivam com relação
aos vivos; 5a
- Logo, até prova em
contrário, a aparição de
um Espírito que fala e
se desloca, que se pode
reconhecer como sendo
uma pessoa que viveu na
Terra, é prova excelente
de sua identidade.
(Pág. 276)
261. Fiel ao seu método,
o Sr. Aksakof não
acredita também que se
possa estar certo da
identidade de um
Espírito, ainda quando
ele revela fatos
referentes à sua
existência terrestre,
porque outro Espírito
pode conhecê-los.
(Pág. 276)
262. Delanne diz que
essa proposição reclama
estudo mais acurado
porque, entende ele, no
espaço muitos Espíritos
são absolutamente
incapazes de apreender
os pensamentos dos
demais Espíritos. A
faculdade da
clarividência está
relacionada com a
elevação moral e
intelectual do Espírito.
Além disso, a morte não
confere à alma
conhecimentos que ela
não adquiriu pelo seu
trabalho. Se, uma ou
outra vez, o Espírito se
revela superior ao que
parecia ser neste mundo,
é que manifesta
aquisições anteriores,
obnubiladas
temporariamente na sua
última existência.
(Págs. 277 e 278)
263. Admitamos, contudo,
que um Espírito conheça
os fatos da vida
terrestre de um outro
Espírito. Bastará isso
para lhe dar o caráter
do segundo e a maneira
pela qual este se
exprime? Se o observador
tiver conhecido
suficientemente a pessoa
que o Espírito tenta
imitar, ele será
facilmente desmascarado,
porque - se o estilo é o
homem - é quase
impossível que alguém
simule o modo pelo qual
se exprime um indivíduo.
(Pág. 278)
264. Evidentemente,
torna-se difícil
estabelecer a identidade
das personagens
históricas, mas o mesmo
não sucede quando se
trata de um amigo que
conhecemos bem, ou de um
parente de nossas
relações. (Pág. 278)
265. Pretendeu-se
algures que a
consciência sonambúlica
do médium pudesse ler no
inconsciente do
evocador, de modo a
fornecer as
particularidades que
parecem provar a
identidade e que, por
isso, há sempre
possibilidade de ilusão.
Mas, semelhante fato
nunca foi demonstrado
rigorosamente. (Pág.
279)
266. Os trabalhos dos
hipnotizadores modernos
não demonstram - diz
Delanne - que haja no
homem duas
individualidades que se
ignoram mutuamente. O
inconsciente não é mais
do que o resíduo do
Espírito, isto é,
vestígios físicos das
sensações, dos
pensamentos, das
volições fixadas sob a
forma de movimentos no
invólucro perispirítico
e cuja intensidade
vibratória não basta
para fazê-los aparecer
no campo da consciência.
(Pág. 279)
267. Se, entretanto,
pela ação da vontade se
intensifica o movimento
vibratório desses
resíduos, o eu
torna a
percebê-los sob a forma
de lembranças. O
sonambulismo, ao
desprender a alma e dar
ao perispírito um novo
tônus vibratório, cria
condições diferentes
para o registro dos
pensamentos e das
sensações e facilita o
exercício das faculdades
superiores do Espírito:
telepatia,
clarividência, etc., que
habitualmente não se
exercem durante o estado
de vigília. (Págs.
279 e 280)
(Continua no próximo
número.)