92. A
Revue noticia o
aparecimento de um novo
jornal espírita, desta
vez em Palermo, Sicília,
publicado em italiano,
com o título de “O
Espiritismo, ou Jornal
de Psicologia
Experimental”. Com o
jornal surgiu também a
Società Spiritista di
Palermo. (PP. 211 a
213)
93. Falando sobre
mediunidade, ensina
Kardec: “Ninguém poderá
tornar-se bom médium se
não conseguir
despojar-se dos vícios
que degradam a
humanidade. Todos esses
vícios se originam no
egoísmo; e como a
negação do egoísmo é o
amor, toda virtude se
resume nesta palavra:
Caridade”. Dito
isto, ele lembra que
todo homem pode
tornar-se médium, mas a
questão não é ser
médium; é ser bom
médium, o que depende
das qualidades morais.
Muitos médiuns acabam
abandonados por seus
Espíritos por não
quererem compreender que
a caridade é o único
meio de progredir. (PP.
213 e 214)
94. Relatando o caso de
um jovem de vinte e três
anos recém-convertido ao
Espiritismo, Kardec
informa que o rapaz,
graças aos conhecimentos
obtidos na doutrina
espírita, conseguiu
domar a sua inclinação
para a cólera, assunto
que o Codificador
analisa em todas as suas
nuanças, mostrando como
o poder da vontade,
secundada pelo
conhecimento espírita,
pode ajudar as pessoas a
dominar as paixões e as
inclinações inferiores.
(PP. 214 a 216)
95. A
Revue publica a
primeira de uma série de
cartas abertas dirigidas
por Kardec ao padre
Marouzeau, que escreveu
dois anos antes uma
brochura contendo
ataques contra o
Espiritismo. Eis alguns
pontos realçados pelo
Codificador em sua
carta: I) O Espiritismo
está hoje mais vivaz do
que dois anos atrás,
porque em toda parte
onde pregaram contra ele
cresceu o número de
adeptos. II) O fato
indica que os argumentos
dos seus adversários
tiveram efeito contrário
ao pretendido. III)
Reconduzir ao bem é,
para o espírita, a
verdadeira conversão. Um
homem arrancado às suas
más inclinações e
reconduzido a Deus e à
caridade pelo
Espiritismo é a mais
útil vitória. IV) O
Espiritismo não faz
milagres, salvo as
conversões
miraculosas que
aproximam os incrédulos
de Deus e convertem ao
bem pessoas que antes só
se preocupavam com o
mal, dando-lhes a força
necessária para vencer
as más paixões. (PP. 217
a 219)
96. O caso Max, o
mendigo, reproduzido em
1865 no livro “O Céu
e o Inferno”
(Segunda Parte, cap.
VIII), é focalizado em
todas as suas minúcias
na Revue. (PP.
219 a 221)
97. A
Revue traz também
a página assinada pelo
Espírito de Vianney,
cura d’ Ars,
“Bem-aventurados os que
têm os olhos fechados”,
que integra o cap. VIII,
item 20, de “O
Evangelho segundo o
Espiritismo”. (PP.
222 e 223)
98. João, discípulo,
escreve sobre o
arrependimento e diz que
esse sentimento,
semelhante às
tempestades que varam o
ar, purificando-o, é um
sofrimento fecundo, uma
força reativa e atuante
e, por isso, sobe até
Deus. “É chegada a hora
- diz João - em
que o Espiritismo deve
rejuvenescer e vivificar
a essência mesma do
cristianismo. Assim, por
toda parte e para
sempre, apagai a cruel
sentença que despoja a
alma culpada de toda
esperança.” (PP. 223 e
224)
99. Erasto, comentando a
notícia lida na
Sociedade Espírita de
Paris, a respeito das
novas sociedades
espíritas que se formam
na França e no
estrangeiro, assevera
que cego é quem não vê a
marcha triunfante das
ideias espíritas.
Lembrando uma frase de
Lamennais, que disse
oportunamente que o
futuro estava no
Espiritismo, Erasto
afirma que esse fato já
se realizou e que o
tempo é chegado! (PP.
224 e 225)
100. Lamennais,
analisando os períodos
de transição na história
da humanidade,
esclarece, referindo-se
à Igreja romana, que
desta vez a queda será
imensa. A apatia
religiosa dos padres,
unida aos heresiarcas
fanáticos, faz com que a
Igreja do Cristo se
torne humana, mas não
mais humanitária.
Pedindo que os espíritas
orem, Lamennais adverte:
“Vossa época atormentada
e blasfema é uma rude
época, que os Espíritos
vêm instruir e
encorajar”. (PP. 225 e
226)
101. Tratando da
mediunidade, Santo
Agostinho diz que feliz
é aquele que é guiado
pelo amor fraterno, e
que o mal só existe pela
ignorância do homem e
pelo mau uso que ele faz
das paixões, das
tendências e dos
instintos adquiridos em
contacto com a matéria.
“Observai – recomenda
Santo Agostinho – e
estudai com cuidado as
comunicações que
recebeis; aceitai o que
a razão não recusar;
repeli o que a choca;
pedi esclarecimentos
sobre as que vos deixam
na dúvida.” E aditou:
“Tendes aqui a marcha a
seguir para transmitir
às gerações futuras, sem
medo de as ver
desnaturadas, as
verdades que separáveis
sem esforço de seu
cortejo inevitável de
erros”. (PP. 226 e 227)
(Continua no próximo
número.)