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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 105 – 3 de Maio de 2009

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)

 

Revelações

Não existe revelação maior do que aquela consubstanciada
no Evangelho de Jesus

“Se aguardas a revelação dos Céus, revela-te com humildade, diante do Senhor e diante de teus irmãos, com espírito de reconstrução do próprio destino” (André Luiz)

Desde a mais remota antiguidade Deus tem permitido que a Humanidade se beneficie das grandes Revelações suscetíveis de fazê-la progredir na senda da moral e da intelectualidade...

Há sete mil anos atrás, portanto, cinco mil anos antes da vinda de Jesus, no tempo dos Vedas, surge na Índia a sublime canção: Bhagavad-Gita, de Krishna.   Escrito em sânscrito, narra em forma de diálogo entre Krishna e Arjuna, a epopeia milenar da evolução do homem, desde o estágio primitivo do ego humano, até as alturas do “Eu” divino, o “Atman” do homem.

O Bhagavad-Gita foi o livro de cabeceira do grande Mahatma Gandhi, que narra em sua autobiografia ter nele haurido forças para realizar a sua gigantesca obra de libertação da Índia, sem derramamento de sangue, fato inédito na história da Humanidade. Bastaria este fato singular para aureolar de um prestígio divino um livro capaz de inspirar tamanha força à fragilidade humana. Este livro influenciou também, enormemente, a homens como Arthur Schopenhauer, Eilhelm Von Humboldt, Graf Hermann Keyserling, Goethe e outros que são unânimes nas expressões encomiásticas a essa obra, chegando mesmo Humboldt a agradecer a Deus por tê-lo deixado viver tempo bastante para conhecer a Sublime Canção indiana. 

Há dois mil e seiscentos anos atrás, na China milenar, surge o Tao Te King, de Lao-Tse, que sintetiza a sabedoria chinesa. Tao Te King pode ser traduzido como livro que leva à Divindade, ou Livro que revela Deus. 

Perlustrando num périplo filosófico em linha reta os séculos transcorridos, ainda que “a vol-d`oiseau” [superficialmente, por alto], podemos visitar os ancestrais monumentos da sabedoria de todos os tempos, desde as velhas doutrinas consubstanciadas na metafísica chinesa do Y-King até as modernas aquisições do relativismo Einsteiniano; e, nessa longa viagem, passamos pelo Hinduísmo, nas expressões luminosas de seus mais eminentes mestres, pelo Idealismo de Platão, pelo Peripatetismo de Aristóteles, pelo Racionalismo de Descartes, pelo Criticismo de Kant, pelo Panteísmo de Spinoza, pelo Monadismo de Leibniz, pelo Ocasionalismo de Malebranche, por Hume com seu Epifenomenismo, pelo Solipsismo de Berkeley, pelo Evolucionismo de Darwin, pelo Positivismo de Comte, pelo Pragmatismo de James, pelo Monismo de Haeckel, pelo Intuicionismo de Bergson, pelo Pampsiquismo de Farias Brito, pelo Hermetismo de Trimegisto... 

Não obstante, as concepções filosóficas, embora respeitáveis, são sempre visões geralmente fragmentárias, unilaterais, perfunctórias e, portanto, só mostram parcelas da realidade. A Humanidade, sempre ávida de norte, diretriz e segurança, exige mais...   

Onde encontrar a água que dessedenta nossa sede existencial? Onde podemos nos firmar quando o chão estremece sob nossos pés? Onde encontrar o lenitivo que suavizará todas as dores? Existirá mesmo essa pedra filosofal? Como transpor o muro da mediocridade, sair da cela estanque da ignorância e começar a indagar (e receber respostas corretas) sobre a nossa origem e destino? Onde encontrar guarida, aconchego, amparo, consolo e repouso para nossas Almas cansadas? Onde encontrar o repositório monumental da Sabedoria imarcescível que esquematiza todo o conhecimento Universal, manancial inesgotável que possa ofertar-nos alimentação espiritual suficientemente substancial para nutrir-nos pelos infindáveis caminhos palingenésicos? 

A resposta surge límpida, cristalina, insofismável e singular: Encontraremos tudo isso e mais ainda na Revelação Maior, consubstanciada no Evangelho de Jesus, nosso Mestre e Senhor! 

Esse Código de Luz iluminado mais ainda pelos “spotlights” do Espiritismo, que é a Terceira e definitiva Revelação de Deus, ensejar-nos-á nosso encontro conosco mesmos e, consequentemente, facultar-nos-á a definitiva alforria espiritual, que, afinal, é a meta assinada por Deus para todos os Seus filhos.  

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita