VLADIMIR POLÍZIO
polizio@terra.com.br
Jundiaí, São Paulo
(Brasil)
Por que a
cepa na capa?
Não obstante o respeito
às diversas maneiras de
entender e valorizar
tudo o que nos cerca
nesta vida terrena, a
predileção de muitas
pessoas pela uva em
termos de beleza
estética, de simbolismo
de união, de performance
visual e sabor, é
entusiástica e
surpreendente.
Associada à fruta, a
cepa, palavra
pronunciada com ‘ê’
fechado, deixa
transparecer, após a
colheita dos cachos, que
está secando, com o pé
morrendo aos poucos.
Os antigos costumam
dizer que um de seus
subprodutos, o vinho,
mesmo em tonéis ou
litros, tem vida, pois,
alguns meses depois de
já estar pronto e
armazenado em
definitivo, entra em
turbulência,
movimentando-se no
recipiente.
Afirmam alguns
produtores que essa
alteração nada tem a ver
com a chegada da época
da brota, ou outra
qualquer situação com a
planta, que fica
adormecida após a
produção e até a poda,
que ocorre cerca de
quatro meses antes da
nova safra que é no
final do ano, pois até o
ar é impedido de entrar
no local onde está o
vinho, o que em hipótese
alguma pode acontecer,
sob pena de prejudicar a
qualidade do produto, já
que as bactérias
externas vão interferir
no sabor.
Um detalhe, porém, é
importante: a exemplo de
todos os seres vivos, o
vinho também sofre
sobremaneira a
influência da lua,
durante suas mudanças.
Mais uma vez, aqui se
faz presente a poderosa
força magnética que
existe à nossa volta,
cujas alterações são
percebidas no organismo
físico das pessoas, aves
e animais, no plantio,
nas podas e no próprio
corte das madeiras, tal
a interferência que
processa.
Técnicos da área foram
consultados e, unânimes,
afirmaram que ‘isso é
mais história que fato
real e os antigos têm
muito disso’.
Tanto a uva como o vinho
são produtos já
conhecidos e citados em
toda a história,
especialmente a
religiosa. O Velho e o
Novo Testamento trazem
fartos registros dessas
presenças.
Informações dão conta de
que o Estado de São
Paulo é responsável por
cerca de quase 70% da
produção da uva chamada
de mesa (uva de chupar),
conforme boletim
divulgado dia 4 de
dezembro de 2008,
elencando as cidades de
Jundiaí, Indaiatuba,
Itupeva e Louveira como
as mais produtivas.
Os espíritas, em
particular, conhecem a
cepa e sabem-na
vinculada aos Espíritos
elevados. Na introdução
de O Livro dos
Espíritos, em sua
parte final, foram os
próprios Benfeitores da
Vida Maior que
contribuíram na
elaboração desse
conjunto harmonioso de
informações que
representa a espinha
dorsal da Doutrina
Espírita.
Esses abnegados
instrutores do Além
orientaram Allan Kardec,
por ocasião da conclusão
dessa obra, afirmando: “Coloca
na cabeça do livro a
cepa de vinha que te
desenhamos, porque ela é
o emblema do trabalho do
Criador; todos os
princípios materiais que
podem melhor representar
o corpo e o espírito
nela se encontram
reunidos: o corpo é a
cepa; o espírito é o
licor; a alma ou o
espírito encarnado unido
à matéria é o grão”.
E Kardec não teve dúvida
na manifestação
expressada pelos irmãos
invisíveis. A cepa que
se vê na parte superior
do frontispício de O
Livro dos Espíritos
foi desenhada pelas
próprias Entidades.