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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 107 – 17 de Maio de 2009

EDUARDO AUGUSTO LOURENÇO
eduardoalourenco@hotmail.com
Americana, São Paulo (Brasil)

 

O amigo obsessor 

Ouvistes que foi dito: “Amareis o vosso próximo e odiareis o vosso inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tereis?” (Mateus 5.43-48)


Quantas vezes criticamos nosso irmão obsessor por suas perseguições ferrenhas, pelas armadilhas em que nos fazem cair, pelas inspirações que nos seduzem ao mau caminho.

Só que a verdade é que os nossos queridos obsessores não despertam nada daquilo que não temos no nosso íntimo. Despertam apenas tendências já existentes, e débitos do nosso passado, guardados em nossas consciências.  

O amigo obsessor contribui para buscarmos a nossa melhora. São apenas pequenos instrumentos da lei divina, pedindo o pagamento das nossas dívidas de consciência. 

O ódio é um amor que está em fase de amadurecimento e que adoeceu, se sentiu traído, injustiçado e prejudicado pelo outro.  

Na maioria das vezes, um obsessor que convive conosco fez parte intimamente de nossas vidas. Ninguém persegue alguém sem ter seus motivos, suas justificativas e suas queixas, querendo tirar do outro aquilo que lhe foi tirado. Ninguém sofre uma obsessão espiritual sem ter cometido nenhum desatino.  

Somos todos devedores das leis divinas, tentando colocar no seu devido lugar aquilo que fizemos. 

No regaço da cumplicidade, reside à intimidade do obsessor e do obsedado com dificuldade de libertação, compartilhando, identificado-se e espelhando-se um no outro.   

Interagem-se em emoções, paixões, ideais e se assemelham em valores, negando-se ao afastamento. Saciam seus interesses de se sentirem vítimas, e dão-se o direito a prerrogativas que impedem que o bom senso e a razão sobreponham-se, fazendo-os conscientes da perda de tempo diante da Lei Divina que prega “liberta para te libertares”.  

Esta ferida espiritual cresce ao longo da jornada, e estes, por sua vez, ficam mais sofridos, infelizes, transferindo no tempo o crescer, evoluir e aperfeiçoar. 

Chegam muitas vezes a cristalizarem seus sentimentos de amor e ódio, esquecidos que só o amor e a compaixão libertam.

Assim, o tempo passa e novos sentimentos de inferioridade se acumulam para o amanhã, podendo ter acertado já os débitos entre ambos e viver a felicidade mútua.  

As oportunidades aparecem, mas a catarata espiritual não os deixa ver que só eles podem se conceder a liberdade de cada um seguir seu caminho. Perdoando-se, para que a libertação os arranquem das algemas da dor.  

As preces ajudam a longa distância. Cercam-nos de vibrações amorosas, exigindo de todos a solidariedade, a compaixão e a fraternidade para se fazer mediador, sensibilizando-os pelo sofrimento de ambos, obsessor e obsedado.  

Daí a necessidade de juntos encontrarem o dedicado amigo espiritual, que se interpõe entre ambos para levar-lhes a luz que ilumina a consciência. Despertando das trevas que paralisa a evolução, fazendo-os retardar no tempo a liberdade de viverem novas experiências renovadoras. E quantos, assim, estacionam no tempo com a idéia fixa de vingança, deixando de progredir.  

No entanto, se permitem estagiar além dos limites razoáveis, na proposta de fazer justiça com seu livre-arbítrio, sem se aperceberem de que, quanto mais vibram na mesma sintonia, mais se identificam. O Evangelho apresentado por Matheus nos convida a uma reflexão sobre o amor, o perdão, e a eficiência da prece. 

Jesus manda-nos bendizer àqueles que nos amaldiçoam, a orar pelos que nos injuriam, a praticar o bem sem esperar nada em troca. Ser compassivos como Deus, perdoar a todos, ser generosos, sem cálculos ou tramas. 

Rezar por nossos inimigos revela a disposição para a reconciliação, quando elevamos nossos inimigos ao coração de “Deus” pela oração; é impossível continuar nutrindo maus sentimentos por eles.  

A oração transforma o inimigo em “alguém próximo ao coração de Deus”. Tal proximidade nos fará pessoas propensas a um novo relacionamento.  

Provavelmente, não existe nenhuma oração tão poderosa como a oração pelos inimigos, mas também, é a mais difícil, pois é exigente. Alguns santos consideram a oração feita pelos inimigos o principal critério de santidade. 

Jesus foi um exemplo através do gesto do perdão, abriu os olhos do coração para que reconheçamos, em nosso “inimigo”, um irmão que também é amado por “Deus”. Nem sempre aqueles que julgamos ser nossos inimigos são inimigos de “Deus”.  

Constatamos isto quando Jesus nos chama a atenção dizendo que “Deus” faz chover e brilhar o sol sobre os justos e sobre os injustos. Não o sol e a chuva apenas climáticos, mas, também, o “Sol da justiça”, que são as leis que regem nosso universo.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita