ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(Parte
27 e final)
Concluímos nesta edição
o estudo
do clássico A Alma é
Imortal, de Gabriel
Delanne, conforme
tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. As criações ou
formações fluídicas
podem dar-se
involuntariamente?
R.: Sim. Os estados do
sonho parecem indicar
como a ação se executa.
Quando temos um sonho
lúcido, habitualmente
nos achamos nele
vestidos de um modo
qualquer, o que provém
da circunstância de
estar a ideia de
vestimentas associada
sempre, de forma
inteira, à imagem da
nossa pessoa. Podemos,
pois, imaginar que nos
casos de desdobramentos,
que são objetivações
inconscientes, a imagem
das vestes acompanha o
Espírito e experimenta,
como ele, um começo de
materialização. Dá-se o
mesmo com os objetos
usuais de que costumamos
servir-nos. (A Alma é
Imortal, págs. 298 a
300.)
B. A alma não é, na
concepção espírita, uma
função do sistema
nervoso nem uma entidade
imaterial, como ensina o
espiritualismo clássico.
Como Delanne a descreve?
R.: A alma é um ser
dotado de existência
independente do
organismo e que se
revela com todas as suas
faculdades, quando o
corpo físico se tornou
inerte, insensível,
aniquilado. Ela possui
um substrato
material, formado de
matéria especial,
infinitamente sutil,
cujo grau de rarefação
ultrapassa de muito
todos os gases até hoje
conhecidos. (Obra
citada, págs. 310 e
311.)
C. Com relação ao estudo
do perispírito, que é
que as materializações
mostraram?
R.: As materializações
mostraram que o
perispírito é a fôrma
ideal sobre que se
constrói o corpo físico
e contém todas as leis
organogênicas do ser
humano, leis essas que,
se encontradas em estado
latente no espaço,
subsistem, prontas
sempre a exercer a ação
que lhes é própria,
desde que para isso se
lhes forneça matéria e
essa forma de energia a
que se dá o nome de
força nervosa ou
vital. (Obra citada,
págs. 313 e 314.)
Texto para leitura
288. Se tais formações
derivam da vontade do
Espírito, poderia isso
se dar
involuntariamente? Os
estados do sonho parecem
indicar como a ação se
executa. Quando temos um
sonho lúcido,
habitualmente nos
achamos nele vestidos de
um modo qualquer, o que
provém da circunstância
de estar a ideia de
vestimentas associada
sempre, de forma
inteira, à imagem da
nossa pessoa. Podemos,
pois, imaginar que nos
casos de desdobramentos,
que são objetivações
inconscientes, a imagem
das vestes acompanha o
Espírito e experimenta,
como ele, um começo de
materialização. Dá-se o
mesmo com os objetos
usuais de que costumamos
servir-nos. (Págs.
298 e 299)
289. Na sequência,
Delanne relata uma série
de experiências, levadas
a efeito pelos Srs.
Binet e Ferré, as quais
parecem deixar firmado
que a criação fluídica é
uma realidade. As
informações transcritas
pelo autor foram tiradas
do livro “O
magnetismo animal”.
(Págs. 300 a 307)
290. Depois que redigiu
esse texto (julho de
1895), Delanne informa
ter obtido inúmeras
provas objetivas da
realidade da criação
fluídica pela ação da
vontade. Dentre essas
provas, ele afirma que
o comandante Darget
conseguiu por duas vezes
exteriorizar o seu
pensamento fixado numa
garrafa, de modo a
reproduzir essa imagem
sobre uma chapa
fotográfica, sem uso da
máquina, apenas tocando
com a mão a chapa, do
lado do vidro. O
americano Sr. Ingles
Roggers, após olhar
durante longo tempo uma
moeda, fixou com toda a
atenção uma chapa
fotográfica, obtendo um
clichê em que se acha
reproduzida a forma da
moeda. E, por fim,
Édison filho disse ter
construído um aparelho
por meio do qual a
fotografia do pensamento
se tornaria uma
realidade positiva.
(Pág. 307)
291. Depois de assinalar
que o hipnotismo prestou
um serviço imenso à
Psicologia, com o
facultar que se
dissecasse, por assim
dizer, a alma humana,
Delanne reitera sua
convicção, anteriormente
expressa, de que a alma
humana não é, conforme o
julgam os materialistas,
uma função do sistema
nervoso, mas sim um ser
dotado de existência
independente do
organismo e que se
revela com todas as suas
faculdades, quando o
corpo físico se tornou
inerte, insensível,
aniquilado. (Pág.
310)
292. A alma humana não
é, contudo, como o
afirmam os
espiritualistas, uma
entidade imaterial, um
ser intangível, pois
possui um substrato
material, formado de
matéria especial,
infinitamente sutil,
cujo grau de rarefação
ultrapassa de muito
todos os gases até hoje
conhecidos. (Pág.
310)
293. Possuímos, diz ele,
provas de todos os
gêneros atestando que o
ser pensante resiste à
desagregação física e
persiste na posse
integral de suas
faculdades intelectuais
e morais. E mais: embora
remonte por vezes a uma
época distante do
momento de sua
desencarnação, esse ser
nenhum traço revela de
decrepitude e, em geral,
mostra-se mesmo
rejuvenescido, isto é,
gosta de ser
representado na fase da
sua existência em que
dispunha do máximo de
atividade física.
(Pág. 311)
294. As materializações
mostraram que o
perispírito é a fôrma
ideal sobre que se
constrói o corpo físico
e contém todas as leis
organogênicas do ser
humano, leis essas que,
se encontradas em estado
latente no espaço,
subsistem, prontas
sempre a exercer a ação
que lhes é própria,
desde que para isso se
lhes forneça matéria e
essa forma de energia a
que se dá o nome de
força nervosa ou
vital. (Pág. 313)
295. Nossa passagem por
este mundo não é mais do
que um degrau da eterna
ascensão. Somos chamados
a desenvolver-nos
sempre. Há para todos os
seres uma igualdade
absoluta de origem e de
destino. E um dia, com
certeza, veremos
efetuar-se a evolução
espiritual e moral que
há de acarretar o
advento da era augusta
da regeneração humana,
pela prática da
verdadeira fraternidade.
(Pág. 314)
Fim