Sinalizações da nova era
A angústia, o sofrimento
e a indecisão são as
características
marcantes da grande
transição que já se
opera na Terra. São
contradições que se
aprofundam, desastres
aparentemente
inexplicáveis que se
multiplicam e é
flagrante a infinidade
de fatos e eventos que
não mais podem ser
compreendidos a partir
da visão estreita de um
deus pessoal que deixa o
Homem entregue às
intempéries da matéria.
A humanidade precisa de
respostas ao nível da
alma, e para isso é
preciso que tenhamos a
coragem de proclamar a
falência generalizada
dos modelos
hierarquizados que
promovem uma mediação
totalmente dispensável
na relação entre Deus e
o homem, pois o Espírito
eterno está em perpétua
comunhão com o Pai
Celestial. E para chegar
a essas respostas, é
imperativo que
compreendamos com
clareza o momento de
mudança planetária que
ora vivenciamos, no
limiar de um novo
tempo.
Como todo período de
transição, nossa época é
de esgotamento de
paradigmas empoeirados e
de emergência de novos
modelos regeneradores.
Nesse sentido, a
Codificação Espírita, em
seu tríplice aspecto de
ciência, filosofia e
religião, deve dar sua
contribuição para a
transformação da Terra
ao atravessar os sólidos
muros de preconceito da
academia materialista,
lançando luzes
renovadoras no
entendimento
acadêmico-científico que
deverá nascer das
cátedras universitárias.
É somente com o esforço
destemido dos espíritas
para a validação do
Espiritismo como
discurso científico que
será superada a ideia
acanhada de que a
Doutrina Espírita é
somente uma religião. A
tarefa é árdua, mas
somente assim o
Espiritismo poderá
cumprir com sua missão
libertadora de
consciências ao levar o
valioso conhecimento
oriundo do plano
espiritual a fim de que
seja revestido com a
autoridade da ciência
material, para que,
assim, torne-se
universalmente aceito.
Portanto, caminhamos a
passos largos rumo a uma
revolução intelectual,
num movimento constante
e gradativo de expansão
da consciência no
sentido da construção de
um conhecimento global e
integrativo que deverá
estar na base da ciência
renovada que deve
emergir no porvir. A
universalização da
informação e o
aprofundamento da
interdisciplinaridade
entre os diferentes
ramos do saber formarão
sua base fundamental de
sustentação. Será uma
ciência não mais
excessivamente
analítica, materialista
e separada dos aspectos
espirituais, mas sim
constituída por um
pensamento científico
holístico, capaz de
contemplar todas as
dimensões do ser humano:
físico, psicológico,
moral e, principalmente,
espiritual.
Nesse particular,
felizmente, como prova
do avanço da força das
ideias emanadas do
Espiritismo, citamos
algumas instituições que
vêm se destacando nesse
esforço absolutamente
necessário de levar os
pressupostos da
Codificação para a
ciência, para o direito,
para a educação, para a
psicologia, para a
medicina, para a
assistência social e
para tantas outras áreas
do conhecimento humano.
Como exemplos
ilustrativos e para
destacar algumas
áreas-chave nas quais
temos visto ditoso
progresso nessa
caminhada, realçamos o
trabalho da
Associação
Jurídico-Espírita do
Estado de São Paulo,
que cada vez mais avança
no sentido de
sensibilizar os
operadores do Direito
para a necessidade
gritante de humanização
da justiça brasileira,
promovendo estudos e
importantes debates no
sentido de provar que a
justiça dos homens tem
que se aproximar cada
vez mais do modelo
perfeito da Justiça
Divina; da Associação
Médico-Espírita do
Brasil, que objetiva
promover a integração da
medicina com a
espiritualidade,
buscando construir
pontes entre o
conhecimento
médico-científico e os
pressupostos do
Espiritismo, forjando as
bases da aliança que vai
ser a mola propulsora da
regeneração da Terra; da
Associação Brasileira
de Pedagogia Espírita,
que se propõe a
contestar a massa falida
da educação brasileira,
pesquisando e testando
novos modelos para a
educação, ao enxergar as
crianças como seres
imortais portadores de
milenar bagagem
intelecto-moral
integrante do patrimônio
espiritual de cada
Espírito imortal.
Em síntese, esses
movimentos
progressistas, somados à
força moral de
instituições protetoras
que vêm dar suporte a
tantas mudanças
necessárias, serão a
mais poderosa arma para
livrarmo-nos
terminantemente do
pessimismo materialista
que destrói e desagrega
os homens ao invés de
uni-los na gigantesca
missão da construção do
mundo de regeneração.
Assim sendo, a
edificação desse mundo
novo não admite
passividade e omissão,
mas determina que todos
aqueles que já foram
esclarecidos pelo
Consolador Prometido
tornem-se agentes
multiplicadores do bem e
da luz.
Portanto, apesar das
penas morais e do
sofrimento que todos
somos obrigados a
suportar como Espíritos
errantes, vivendo uma
experiência material
transitória num mundo de
provas e expiações, com
jubilosa alegria já
vislumbramos no
horizonte os primeiros
raios da Nova Era que
deverá tornar nosso
planeta um lugar mais
humano, mais justo e
mais de acordo com os
planos da benevolência
de Deus.