CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Velas acesas
em
busca do sol
Já nos foi dado
presenciar a
mesma reação
várias vezes,
originada de uma
nuance
inoportuna,
sequer muito
sutil – mas cuja
nascente salta à
vista de pessoas
com
sensibilidade
espiritual mais
apurada, e que
ainda agora já
exercitam, em
grau
satisfatório, a
comunicação via
linguagem do
Espírito.
Quando
conversamos com
pessoas afeitas
a visões da vida
diversificadas,
e mencionamos
tudo de
maravilhoso que
vimos obtendo
através das
nossas
descobertas na
convivência com
a
Espiritualidade
Superior,
ouvimos logo o
comentário –
muita
vez precipitado,
que nos
interrompe de
abrupto o fio de
raciocínio –
típico de uma
postura
defensiva que, a
nosso ver, não
seria necessária
no trato destes
assuntos, por
razões boas que
explicaremos a
seguir:
– "É, bem, cada
um tem a sua
verdade, não é
isso mesmo? Esta
é a sua. Mas
quem vai saber o
que de fato
acontece, o que
é real neste
território?..."
– seguido o
argumento, às
vezes, da
alegação das
supostas ou
prováveis falhas
no que foi
exposto e
noutras
filosofias de
vida, ou de um
palavrório
reflexivo que, a
rigor, e no fim
das contas, não
deságua em nada
construtivo, e,
para sermos mais
exatos, provoca
em quem ouve, se
for de
constituição
espiritual
vulnerável, mais
desesperança que
outra coisa.
Amigos! Há
verdades e
Verdades. Isto,
a princípio,
pode soar
ditatorial, mas
no contexto não
é! Exemplo: o
sol existe,
brilhando nos
céus – a
despeito de as
pessoas com
restrições
visuais não
poderem vê-lo,
talvez se
achando, a
partir disso,
com o direito de
negar a sua
existência. O ar
existe, e o
respiramos, a
despeito de não
podermos vê-lo.
A eletricidade
existe, e há
alguns séculos
seria razão de
morte na
fogueira,
talvez,
alegar-se a
existência de um
tipo de energia
de molde a
iluminar as
casas sem a
utilização tosca
de archotes. E
energias outras,
sutis, existem,
como
gradativamente
nos vem sendo
provado, a
despeito da
nossa rude
limitação
sensorial para
percebê-las.
Todos os
exemplos
anteriores se
constituem em
Verdades, com V
maiúsculo,
contra as quais
argumentos em
contrário se
reverteriam
inúteis, ou
insensatos.
Mas Verdades
outras há, de
natureza ainda e
apenas mal
compreendida
pela maior parte
das pessoas,
que, e, no
entanto – como o
ar e as energias
sutis
mencionadas
acima –, não
cairão na não
existência
somente porque a
nossa ciência e
humanidade,
profundamente
condicionadas
por sentidos
físicos
limitados e
recursos
instrumentais e
técnicos ainda
insuficientes,
as negam.
A
interdimensionalidade
da Vida, nas
suas infinitas
manifestações,
se acha entre
estas Verdades –
gradativamente
sendo mais bem
compreendida
nesta época em
que a Física nos
desvenda mais um
pouco,
desbravando
fronteiras
estupendas no
universo de
atuação das
partículas e
energias. A
partir do que,
em se
depreendendo uma
realidade
energética cujas
sutilezas vão
muito além
daquilo que se
concebia como o
limiar final do
universo tido
como material e
visível, toda
uma dimensão
nova de
possibilidades se
escancara ao
nosso
entendimento,
maravilhado
diante do que se
pode admitir
como a
conciliação
final entre o
pensamento
científico e
aquilo que já
nos foi de há
muito descrito
por aqueles
indivíduos
vindos ao mundo
incumbidos da
missão especial
de, através da
sua
sensibilidade
mais
desenvolvida –
nomeie-os
paranormais,
médiuns, ou
videntes, não
importa –,
antecipar-nos
como acontece a
Vida nestas
outras dimensões
mais sutis, nas
múltiplas
paragens
energéticas e
camadas
astralinas em
torno do nosso
planeta Terra!
Existem, de
fato, verdades
pequenas
e sujeitas à
ótica de cada
um. Os
indivíduos,
segundo suas
idiossincrasias,
podem se
afeiçoar a cada
uma das
modalidades da
yoga, na busca
de um reencontro
pessoal; às
artes marciais,
à meditação, à
mensagem rica de
símbolos da
Bíblia católica
ou da Torá. O
conforto que
cada qual
experimente em
quaisquer
caminhos
eleitos e
trilhados em
benefício
próprio, e sem
prejuízo alheio,
de modo algum
poderá ser
questionado – o
que, e isto sim,
desaguaria em
tirania e
despotismo! Mas
de modo algum
estas opções
individualistas
e obedientes à
multiplicidade
de
condicionamentos
culturais,
familiares e
sociais devem
ofuscar as luzes
daquelas outras
Verdades
maiores.
Não podem!
E aí
há que se tomar
ao pé da letra:
Não podem
ofuscar,
ainda que o
pretendessem!
Por uma única
razão: porque as
Realidades do
Universo, de
fato,
prescindem de
idiossincrasias
humanas e de
suas tendências
e opiniões,
altamente
determinadas por
personalismos e
graus evolutivos
espirituais,
meras peças do
quebra-cabeças
gigantesco de
que se constitui
a majestade
indizível do
Universo em nós,
fora de nós,
e do
qual fazemos
parte!
Ciúmes da Luz!
Eis, portanto, e
partindo dessas
premissas, o que
se sobressai,
nítido, na
intenção, ainda
que
inconsciente,
dos que assim se
posicionam!
Todos querem,
destarte, estar
com o lume da
Verdade!
Todavia, em si
perdidos em
muitas
situações, sem
ao menos e
nalgum momento
terem se detido
a meditar mais
lucidamente
sobre a Vida,
entram
encarniçadamente
em discussões de
fundo meramente
filosófico, mais
mergulhados em
dúvidas e em
negação pura e
simples do que
em certezas,
propriamente
ditas. E, como
no fundo sentem
e sabem que
ainda se
acham perdidos
na encruzilhada
de seus próprios
rumos, se
empenham a, por
força, vender a
ideia
reconfortadora
para si mesmos
de que todos
assim se acham!
E que a
sua pretensa
luz, assim,
desta ótica, é a
Luz final e
verdadeira! Para
todos! Para o
Universo
inteiro!
Mas não é: é tão
e somente a sua
pequena e
transitória vela
acesa, à qual se
apegam por falta
do Lume maior,
mas cujo pavio,
em se
extinguindo, os
lançará à
necessidade de
buscarem pela
Fonte real da
Luz – no lugar
mais próximo,
haverão de
descobrir:
em si mesmos!
E tão logo
atinjam este
grau de
compreensão da
Vida,
simultaneamente,
tudo o mais
haverá de se
revelar por si
– como num passe
de mágica!
Fiat Lux!