132. Comentando os dois
episódios, Kardec
recorda que o Sr. Sanson
também se comunicara na
câmara mortuária, antes
de seu sepultamento, mas
que o ato de descer à
cova, no caso Costeau,
não era condição
indispensável ao êxito
do contato com o
Espírito do falecido.
(P. 302)
133. A
Revue reporta-se
à conclusão das obras de
um retiro instalado em
Cempuis pelo Sr. Prévost,
membro da Sociedade de
Paris, que dava nova
prova de seu
desprendimento e de sua
dedicação aos mais
carentes, concorrendo
com parte de sua fortuna
para o atendimento aos
irmãos necessitados.
(PP. 302 a 306)
134. Dois fatos
expressivos relatados
pela “Patrie” de
abril de 1863 e pela
“Opinion du Midi” de
julho são transcritos
pela Revue: I) Um
cavalheiro passava por
uma rua no momento em
que uma família sofria
ação de despejo por não
pagamento dos aluguéis.
Vendo o desespero do
marido e o choro da
mulher e dos seus dois
filhos, o homem
aproximou-se e, ciente
da quantia devida,
deu-lhes o numerário
suficiente para quitar a
dívida, desaparecendo em
seguida. II) Um violento
incêndio consumiu quase
inteiramente a loja e as
oficinas do Sr. Marteau,
marceneiro em Nîmes. Um
doador anônimo, condoído
pelo sofrimento do
marceneiro, enviou-lhe
-- sem se identificar
-- três carretas
carregadas de madeira de
várias qualidades e
instrumentos de
trabalho. “Fatos como os
acima relatados --
assevera Kardec --
provam que a virtude não
está inteiramente banida
da Terra, como julgam
certos pessimistas.”
(PP. 306 a 308)
135. Ao publicar uma
comunicação dada
espontaneamente pelo
Espírito de François
Franckowski, Kardec diz
ser um erro pensar que
os Espíritos só vêm se
forem evocados, pois
muitos se apresentam
espontaneamente. (PP.
308 a 310)
136. Alguns membros da
Igreja -- diz Kardec
-- apoiam-se na
proibição de Moisés para
proscrever as
comunicações com os
Espíritos. Essa
proibição e seus
desdobramentos são
analisados pelo
Codificador, que
adverte, logo de início,
que há duas partes
distintas na lei
mosaica: a lei de Deus,
promulgada no Monte
Sinai, e a lei civil ou
disciplinar, apropriada
aos costumes e ao
caráter do povo. Jesus
modificou de forma
profunda a lei civil
ditada por Moisés, mas
em nenhuma parte do
Evangelho fez ele
qualquer menção à
proibição de evocar os
mortos. (PP. 310 a 313)
137. Na sequência, a
Revue transcreve uma
mensagem recebida em
Bordeaux pela sra.
Collignon, na qual
Semeão (Espírito)
explica por que Moisés
proibiu as evocações e
enumera alguns exemplos
de modificações
introduzidas por Jesus
nas prescrições
mosaicas. (PP. 313 a
315)
138. Falando sobre os
falsos devotos, Delphine
de Girardin (Espírito)
afirma que os falsos
devotos são para a
religião o que é, para a
sociedade, a mulher
falsamente honesta.
(P.315)
139. A
longevidade dos
patriarcas -- ensina
Lamennais -- é uma
figura moral e não uma
realidade. Os querubins
da Bíblia também tinham
seis asas e o Deus dos
judeus banhava-se em
sangue! Isso mostra que
é preciso extrair das
Escrituras o ensino
puro, não tomando ao pé
da letra o que não passa
de alegoria. (PP. 316 e
317)
140. Numa mensagem dada
em Thionville, um
Espírito Familiar diz
que a lei do progresso
domina tudo no
universo e que é em
virtude dessa lei que o
homem deve, como tudo
quanto existe em nosso
globo, percorrer todas
as fases que o separam
da perfeição. Assim,
depende de cada pessoa
abreviar a prova que
deve sofrer, havendo um
meio certo de abrandar
uma punição merecida: um
sincero arrependimento
aliado ao recurso à
prece feita com fervor.
(PP. 318 e 319)
141. Examinando o tema
panteísmo, Lázaro diz
que ele constitui o
primeiro passo do
paganismo para a lei do
amor, revelada e pregada
por Jesus. O panteísmo
tem duas faces, sob as
quais convém estudá-lo
-- e é isso que Lázaro
faz. (N.R.: Kardec
trata do assunto em “O
Livro dos Espíritos” e
diz que os Espíritos
repelem essa doutrina.)
(PP. 319 e 320)
(Continua no próximo
número.)